Com mais de 10 anos de estrada, a banda Os Descordantes, uma das principais referências da cena musical do Acre, fará uma apresentação especial na Concha Acústica de Rio Branco no dia 9 de abril, domingo de Páscoa.
Esperando um público estimado em 5.000 pessoas, a banda conta com a parceria, apoio e financiamento das Fundação Elias Mansour (FEM), Governo do Estado do Acre, Fundação Garibaldi Brasil (FGB) da Prefeitura Municipal de Rio Branco.
Formado por Dito Bruzugú (voz e guitarra), Saulo Olímpio (baixo) e Heriko Rocha (teclados), além dos músicos de apoio Sotero Júnior (bateria) e Felipe Queiroga (guitarra), o grupo já participou de diversos programas de rádio, TV e na internet, como Estúdio Show Livre, Rádio Kiss FM (SP), Radio Cidade (RJ) e CBN Brasília. Já fez shows em diversas cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Cuiabá, levando a música e o nome do Acre na bagagem.
Depois de um bom tempo longe dos palcos acreanos os músicos estão ansiosos para o reencontro com fãs da banda, que sempre prestigiam seus shows. O repertório é composto por músicas autorais, com alguns sucessos, entre eles: “Enquanto Puder”, “Hoje de Manhã”, “Três Dias”, “Desamor” e “Simplesmente”.
A expectativa é grande e promete um encontro cheio de saudade e afetividade. “Estamos felizes em retornar ao palco da Concha Acústica, representa muito para nós. E poder fazer o que mais gostamos que é tocar junto com uma ação de solidariedade ao nosso povo que sofre com a alagação isso nos deixa muito felizes” destacou Saulo Olímpio, baixista da banda.
Cheia do Rio Acre
Por conta da cheia do Rio Acre, que desabrigou milhares de famílias em todo o estado, o show ganha também um caráter beneficente. A banda já está divulgando nas redes uma campanha de arrecadação e parte dos patrocínios dados ao evento serão convertido em doações para os afetados.
Para o público que terá a oportunidade de prestigiar os shows Jambú Elétrico, Hilydae, Duda Modesto e Tarja, que farão a abertura, pode também fazer uma doação de alimentos, material de limpeza e higiene pessoal, fraldas ou valores no PIX/CNPJ 33.600.477/0001-67 , no dia do evento ou já a partir de hoje, no ponto de arrecadação localizado na Barbearia La República, na Estrada Dias Martins, número 1061. Mais informações procure Grupo Social Pela Vida telefone 68 99923-7024 instagram @gspelavida
O governo do Acre recebeu R$ 14,4 milhões referentes ao segundo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), executada pelo Ministério da Cultura. O repasse foi autorizado após a aprovação do Plano de Aplicação de Recursos elaborado pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), com participação da sociedade civil. O Acre foi um dos quatro estados que superaram a meta de execução financeira da primeira etapa do programa, atingindo 106% do valor aplicado, incluindo os rendimentos financeiros.
A nova etapa da PNAB no Acre contempla investimentos em diferentes eixos, definidos durante fóruns estaduais realizados entre maio e junho de 2025. O plano aprovado pelo Ministério da Cultura inclui ações voltadas à valorização das culturas tradicionais, como expressões indígenas e mestres da cultura popular, além do fortalecimento de novos talentos, coletivos e entidades culturais em todo o estado. As diretrizes também preveem a adoção integral de cotas e ações afirmativas, garantindo a execução conforme as normas nacionais de equidade e diversidade.
Em outubro, durante o 1º Seminário Nacional de Ações Afirmativas na Cultura, promovido pelo Ministério da Cultura em São Paulo, o Acre foi reconhecido como referência na implementação de políticas voltadas a grupos historicamente marginalizados. Para o presidente da FEM, Minoru Kinpara, os resultados obtidos refletem o esforço coletivo de artistas, gestores e representantes culturais. “A Política Nacional Aldir Blanc representa um marco histórico para a cultura brasileira, e o Acre tem mostrado que é possível transformar esse investimento em resultados concretos. A escuta ao movimento cultural foi decisiva para construirmos um plano coerente com as realidades do nosso povo, respeitando as identidades e potencialidades de cada território”, afirmou.
Segundo Kinpara, o novo ciclo da PNAB marca uma fase de fortalecimento institucional da cultura como política pública permanente. Ele destacou que o estado passou a integrar um grupo de entes federativos que tratam o setor cultural como estratégico para o desenvolvimento social e econômico. “Vivemos um novo momento: a cultura deixou de ser coadjuvante e passou a ocupar o lugar de política estratégica, com planejamento, participação social e impacto direto na vida das pessoas. Essa conquista é coletiva — de artistas, mestres, gestores, conselheiros e todos que acreditam no poder transformador da cultura”, completou o presidente da FEM.
Com os novos recursos, o Acre pretende ampliar editais, prêmios, ações formativas, projetos de salvaguarda patrimonial e o apoio a redes e coletivos culturais em todas as regiões do estado. O desempenho do Acre no programa consolida a presença do estado entre os protagonistas nacionais na execução de políticas culturais, evidenciando um modelo de gestão articulado com a sociedade civil e com o sistema nacional de fomento à cultura.
O Museu da Pessoa iniciou as inscrições para a nova edição da Mostra Educativa, que neste ano tem como tema “Vidas Indígenas”. O projeto convida educadores e produtores de conteúdo de todo o Brasil a transformar histórias do acervo do museu em planos de aula, atividades pedagógicas e projetos educacionais voltados à valorização das culturas e memórias dos povos originários.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 4 de novembro pelo site do museu. Serão selecionadas 11 propostas vencedoras, que receberão prêmios no valor total de R$ 40 mil. Um terço dos prêmios será destinado a educadores ou grupos indígenas. O resultado será divulgado um mês após o encerramento das inscrições.
Podem participar professores e coordenadores do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, educadores de projetos extracurriculares e representantes de organizações sociais, além de produtores de conteúdo digital com fins educativos. As propostas deverão utilizar pelo menos dois itens do acervo relacionados ao tema e concorrerão em três categorias: Na sala de aula, Além da sala de aula e No digital.
De acordo com a fundadora e diretora do museu, Karen Worcman, a iniciativa busca ampliar o acesso à memória social e promover o diálogo sobre diversidade e cidadania. “A Mostra Educativa reforça a missão do Museu da Pessoa de democratizar o acesso à memória social. Ao trazer as histórias de vida indígenas para a sala de aula e para os espaços educativos, incentivamos novas gerações a refletirem sobre diversidade, identidade e cidadania”, afirmou em nota.
Criado como museu virtual e colaborativo, o Museu da Pessoa reúne depoimentos, documentos e registros audiovisuais que preservam histórias individuais e coletivas. A Mostra Educativa integra suas ações voltadas à educação, estimulando o uso pedagógico do acervo para aproximar a memória das comunidades das práticas de ensino e aprendizagem em todo o país.
A Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul aprovou, na terça-feira (14), o Projeto de Lei nº 7/2025, que declara a música Cruzeiro do Sul, do compositor e cantor Alberto Rodrigues de Brito Filho, conhecido como Alberto Lôro, como patrimônio cultural e imaterial do município. A proposta foi apresentada pelo presidente da Casa, vereador Elter Nóbrega, e segue para sanção do Executivo Municipal.
De acordo com o texto aprovado, a canção passa a integrar o acervo de bens imateriais de Cruzeiro do Sul e deverá ser incentivada em eventos cívicos, culturais e educacionais. O projeto assegura que os direitos autorais permanecem com os herdeiros do compositor, sem interferência do poder público municipal.
Durante a votação, Elter Nóbrega afirmou que a iniciativa busca valorizar a história e a memória do povo cruzeirense. “Estamos reconhecendo, valorizando e preservando esse legado. A música Cruzeiro do Sul fortalece o sentimento de pertencimento do nosso povo. É um símbolo da nossa cultura que deve continuar inspirando gerações presentes e futuras”, declarou o parlamentar.
O vereador também lembrou a trajetória de Alberto Lôro, que faleceu em 2019. “Lôro foi um artista que deixou saudade e marcou a história de nossa cidade. Precisamos reconhecer as pessoas que contribuíram para o desenvolvimento de Cruzeiro do Sul, seja na política, na cultura, na educação ou em qualquer outro setor”, completou.
Natural do Acre, Alberto Lôro morreu no dia 16 de novembro de 2019, em Rio Branco, onde tratava um câncer no fígado. Além da canção homenageada, ele é autor de músicas como Vale do Juruá e BR-364, que retratam aspectos culturais e socioambientais da região.