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MEIO AMBIENTE

Monitoramento preciso e ação coordenada: A estratégia do Acre contra as enchentes

Colaboração para minimizar impactos e proteger comunidades vulneráveis

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O Governo do Estado do Acre, por meio de várias instituições e órgãos, está concentrando esforços para lidar com as enchentes que impactam diversas regiões do estado. O Centro Integrado de Geoprocessamento e Manutenção Ambiental (CIGMA), vinculado à Secretaria de Ambiente (SEMA), desempenha um papel fundamental na coleta, análise e distribuição de dados geoespaciais e hidrometeorológicos necessários para decisões estratégicas.

Dados indicam a presença de um sistema meteorológico denominado Alta da Bolívia, operando em elevadas altitudes atmosféricas, cerca de 12 km acima do solo, com atividade intensa no sul da Amazônia. Esse fenômeno está contribuindo para a ocorrência de chuvas intensas em toda a região.

Acompanhamos as atividades no CIGMA, onde a secretária de Meio Ambiente do Acre, Julie Messias, destaca a necessidade de um monitoramento eficaz diante dos eventos extremos, que se tornam cada vez mais frequentes na região. “Os eventos extremos na Amazônia estão intensificando. No Acre, temos notado, semelhante ao ocorrido em 2023, uma elevação no nível dos rios e inundações nos igarapés em março. Neste ano, ainda em fevereiro, já estamos enfrentando o evento extremo da cheia dos rios em vários municípios,” declara Messias.

Ela destaca a contribuição do CIGMA na orientação das ações preventivas e eficientes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, baseando-se em dados de previsão de chuva e análise de inundação. O trabalho do CIGMA envolve planejamento e organização meticulosos dos dados geoespaciais, cruzando informações de diversas plataformas para gerar análises em tempo real. Essa abordagem permite ao governo estadual criar relatórios detalhados, mapas e imagens que são essenciais para direcionar as ações de resposta.

Essa colaboração possibilita a previsão de áreas suscetíveis a enchentes, aprimorando as ações de evacuação e reduzindo os prejuízos. “É crucial para o Estado contar com um monitoramento eficaz, e nosso Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental oferece essas informações, que são analisadas por meio de diversas bases de dados,” destaca Messias.

Ela explica que o CIGMA possibilita uma análise aprofundada dos dados, considerando os impactos nas áreas de educação, saúde e economia, além de incorporar aspectos sociais e ambientais. Essa análise integrada fortalece a capacidade do governo de implementar políticas públicas efetivas, demonstrando a importância do Centro não apenas como uma ferramenta de resposta imediata, mas também como um componente vital na gestão de longo prazo dos recursos naturais e na mitigação dos impactos das mudanças climáticas.

O Estado em Ação

O Coronel Batista, coordenador da Defesa Civil Estadual, enfatiza o esforço coletivo na resposta às inundações. “Todo o sistema estadual de proteção e Defesa Civil, neste momento, está acompanhando a situação das inundações em todos os municípios do estado do Acre,” explica. A estratégia inclui o monitoramento constante dos níveis dos rios, a retirada de famílias das áreas de risco e a coordenação de apoio técnico e financeiro tanto em nível estadual quanto federal.

Além do suporte imediato, o Corpo de Bombeiros garante a comunicação eficaz com a população por meio do número de emergência 193 e, nas áreas onde não estão presentes, a assistência é fornecida pelas defesas civis municipais.

Alysson Bestene, secretário de Estado de Governo (Segov), destaca a integração entre as secretarias e órgãos estaduais para o apoio às vítimas das enchentes. “Através da Secretaria de Governo, que integra todas as áreas, todas as secretarias, a pedido do governador Gladson Cameli, nós nos reunimos, a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiro, a SEMA, monitorando todos esses dados das áreas críticas,” afirma Bestene.

Ele ressalta o comprometimento do Estado em fornecer assistência humanitária, logística e apoio contínuo às famílias afetadas. “A gente está apoiando as famílias para retirada através do Corpo de Bombeiro, Defesa Civil, dando toda a logística necessária e apoio a essas instituições com o DERACRE, com todas as embarcações da SEAGRI e IMAC, todos nós envolvidos no propósito de cuidar dessas famílias, dessas vítimas atingidas pela alagação”, explica.

Fotos: Jean Andrade

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Acre é destaque com programa de desenvolvimento sustentável na COP 16

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O Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA) foi destaque na 16ª Conferência das Partes (COP 16) da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (CBD), realizada em Cali, Colômbia. O projeto, executado pelo governo do Acre com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foi o único da Amazônia financiado pela instituição que obteve uma avaliação positiva em sua conclusão.

Iniciado em 2003, o PDSA foi desenvolvido em duas fases, encerrando suas atividades em 2021. O programa teve como foco o desenvolvimento sustentável da região, promovendo o manejo florestal, a redução do desmatamento e o incentivo à geração de renda em pequenas propriedades familiares e comunidades extrativistas. Entre as principais atividades implementadas estão o aproveitamento do látex, castanha e madeira, recursos manejados de forma sustentável pelas populações da floresta.

Durante a conferência, o BID apresentou um vídeo destacando os resultados do PDSA, com foco na experiência da comunidade do Seringal Rio Branco, em Xapuri. O material audiovisual acompanha o trabalho de moradores locais que se beneficiaram do programa, como a jovem Raiara de Barros, presidente da Associação de Produtores e Produtoras Agroextrativistas do Seringal Floresta e Adjacências. Barros, que cresceu durante a implementação do PDSA, coordena atualmente o Ateliê da Floresta, uma iniciativa que reaproveita resíduos de madeira para a produção de artefatos.

O evento é um marco importante para a discussão de estratégias de preservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável. A COP 16 reuniu líderes globais para negociar acordos e revisar políticas ambientais, destacando a importância de modelos de desenvolvimento que aliam preservação ambiental e geração de renda para comunidades tradicionais.

Fontes: BID, Governo do Acre

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MEIO AMBIENTE

Ministério do Meio Ambiente amplia Bolsa Verde para beneficiar mais famílias no Acre

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O Ministério do Meio Ambiente anunciou a ampliação do Programa Bolsa Verde, que oferece um benefício de R$ 600 trimestrais a famílias que utilizam de maneira sustentável os recursos naturais em áreas protegidas. O anúncio foi feito pela ministra Marina Silva no dia 18 de outubro, durante evento em Brasília.

A ampliação do programa inclui 71 novas áreas nos estados do Acre, Pará, Amazonas, Amapá, Maranhão e Rondônia, beneficiando famílias que vivem em territórios considerados prioritários para a conservação ambiental. Com essa inclusão, o número de famílias atendidas pelo Bolsa Verde deverá aumentar de 42 mil para 50 mil em todo o país.

Criado para incentivar a preservação ambiental, o Bolsa Verde havia sido interrompido em gestões anteriores, mas foi retomado em 2023 com o objetivo de apoiar a manutenção das áreas de conservação e garantir uma renda mínima para as populações que vivem nessas regiões.

Além da ampliação do programa, o Ministério do Meio Ambiente lançou um edital de R$ 60 milhões para a contratação de entidades que oferecerão assistência técnica e extensão rural a 15 mil famílias participantes do Bolsa Verde na Amazônia e em áreas costeiras. O prazo para inscrição das entidades interessadas vai até 20 de novembro.

As ações do Bolsa Verde fazem parte de uma estratégia maior do governo federal para conciliar preservação ambiental e desenvolvimento social, buscando fortalecer a gestão sustentável dos recursos naturais e melhorar as condições de vida das famílias em áreas protegidas.

Foto: Arison Jardim

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MEIO AMBIENTE

Multas por queimadas ilegais no Acre chegam a quase R$ 19 milhões

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A Advocacia-Geral da União (AGU) aplicou aproximadamente R$ 19 milhões em multas a responsáveis por queimadas ilegais no Acre em 2024. A maior parte das autuações ocorreu na Reserva Extrativista Chico Mendes, onde foram lavrados 99 autos de infração, totalizando R$ 17,9 milhões. Na Reserva Extrativista do Alto Acre, outros 13 autos de infração geraram multas no valor de R$ 268 mil.

As ações de fiscalização foram intensificadas devido ao aumento das queimadas criminosas nas áreas protegidas do estado. A prática ilegal tem causado danos significativos às reservas extrativistas, afetando diretamente a vegetação local e ameaçando a biodiversidade.

Os recursos provenientes das multas serão destinados à recuperação ambiental dessas áreas e ao fortalecimento de políticas de combate ao desmatamento e às queimadas ilegais.

Foto: Sérgio Vale / Vale Comunicação

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