O Instituto Federal do Acre (Ifac) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) assinaram, nesta quarta-feira (5), um convênio para implantação do Centro de Inovação Aquiry InovaHub no campus Rio Branco. O ato marcou o início da obra com o lançamento da pedra fundamental. O investimento total é de R$ 3,7 milhões, sendo R$ 3,2 milhões da ABDI e R$ 564 mil de contrapartida do Ifac.

A solenidade ocorreu no campus Rio Branco e contou com a presença do reitor do Ifac, Fábio Storch, da diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, do diretor-geral do campus, Cleilton Sampaio, e de representantes da Fundação de Educação, Tecnologia e Cultura da Paraíba (Funetec/PB), responsável pela gestão administrativa e financeira do projeto.

Durante o evento, a diretora de Ensino, Pesquisa e Extensão do campus Rio Branco, Josina Pontes Ribeiro, explicou que a proposta nasceu para fortalecer arranjos produtivos locais e apoiar cadeias como a do café. Segundo ela, o projeto prevê um habitat de inovação que integrará ensino, pesquisa e extensão. “Propomos a criação de um habitat de inovação, o Aquiry InovaHub”, afirmou. Ribeiro destacou ainda que a fundação parceira atuará garantindo execução do projeto, cumprimento de prazos e transparência na aplicação dos recursos.

O reitor do Ifac, Fábio Storch, afirmou que o convênio fortalece atividades já existentes, como a incubadora de empresas e o laboratório de prototipagem. “Esses investimentos visam fortalecer a principal missão do Ifac, que é oferecer à sociedade formação técnica e tecnológica, além de prestar assessoria para transformar ideias em negócios”, disse.

O diretor-geral do campus Rio Branco, Cleilton Sampaio, afirmou que o espaço ampliará os serviços oferecidos à comunidade externa e interna. “O espaço abrigará iniciativas voltadas à formação, à inovação e à difusão do conhecimento, fortalecendo o papel do Ifac como agente de desenvolvimento regional”, declarou.

Representando a ABDI, Perpétua Almeida afirmou que a parceria busca formar profissionais para atender indústrias e cooperativas em áreas estratégicas, como gestão e tecnologias para o agronegócio. “Como a ABDI está atraindo indústrias para o Acre, precisamos de profissionais qualificados”, disse. A agência também anunciou que indústrias ligadas à produção cooperativista estão em implantação no estado, envolvendo setores como café e açaí.

O Aquiry InovaHub será integrado a estruturas existentes no Ifac, como a incubadora de empresas e o laboratório de inovação. O espaço contará com laboratório modernizado, salas de treinamento, estúdio de videocast, arena de inovação e coworking, além de atividades como cursos, hackathons, desafios e bolsas de estímulo para pesquisa e extensão.

O projeto tem potencial para atender Rio Branco e outros municípios do Acre, articulando ensino, inovação e fortalecimento de cadeias produtivas, com início pela cadeia do café.

A Prefeitura de Rio Branco participou, entre 3 e 5 de novembro, no Rio de Janeiro, do 4º Encontro Nacional do Fórum CB27, que reúne secretários de meio ambiente das capitais brasileiras para discutir políticas públicas de mitigação, adaptação e cooperação internacional relacionadas às mudanças climáticas . O encontro marcou a etapa de preparação das cidades para a COP30, que ocorrerá em 2025, em Belém (PA), e resultou na aprovação da Carta CB27, documento que reúne propostas das capitais para apresentação na conferência .

Durante o evento, foram tratadas pautas sobre governança climática urbana, financiamento climático para municípios e articulação internacional. A programação incluiu visitas técnicas ao Centro de Operações e Resiliência do Rio de Janeiro e à Casa Clima, onde foi lançado o Cities & Regions Hub rumo à COP30, espaço para aproximar governos locais das negociações internacionais sobre clima . O Fórum CB27 é formado pelas secretarias de meio ambiente das 27 capitais do país e atua para fortalecer a ação climática local .

A secretária de Meio Ambiente de Rio Branco, Flaviane Stedille, afirmou que a presença da capital no encontro reforça a inserção do município na agenda climática global. Segundo ela, Rio Branco atualizou o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa, elaborou o Plano Municipal de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima e criou o Comitê Intersecretarial de Mudanças Climáticas. “Estar presente em um fórum como o CB27 é reafirmar o compromisso da capital acreana com a agenda climática global e com uma transição justa, inclusiva e sustentável”, declarou .

A Carta CB27 estabelece que as capitais atuem como pontes entre a formulação de políticas internacionais e a implementação de ações locais, com foco na cooperação técnica e no fortalecimento da governança climática municipal . A expectativa é que as ações apresentadas no encontro contribuam para a inserção de Rio Branco e demais cidades brasileiras na agenda de decisões da COP30, ampliando o acesso a oportunidades de financiamento e parcerias internacionais.

O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (5), o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda de Pessoa Física quem recebe até R$ 5 mil mensais. A proposta, enviada pelo governo no início do ano e já aprovada pela Câmara dos Deputados, segue agora para sanção presidencial e está prevista para entrar em vigor em 2026. Segundo levantamento do Sebrae, a medida deve alcançar quase 80% dos pequenos negócios do país, já que a maioria dos empreendedores se concentra na faixa de renda de até três salários-mínimos.

O Atlas dos Pequenos Negócios mostra que, no final de 2024, 34% dos empreendedores brasileiros tinham rendimento de até um salário-mínimo, 28% recebiam até dois salários e 16% estavam na faixa de até três salários, equivalente ao teto fixado para a isenção. A estimativa do governo federal é de que ao menos 15 milhões de pessoas sejam beneficiadas com a nova regra. Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a mudança tem impacto direto na rotina dos microempreendedores: “É justiça tributária e redução de desigualdades com uma única ação. Além disso, é uma medida que beneficia milhões de empreendedores e empreendedoras que acordam cedo todos os dias, enfrentam as dificuldades de um mercado voraz em busca de realizar seus sonhos, além de gerar emprego e renda para a população”.

O texto aprovado também prevê descontos proporcionais na cobrança do imposto para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais. Para compensar a renúncia fiscal gerada pela isenção, haverá taxação de até 10% sobre rendimentos considerados de altos ganhos, classificados como “super-ricos”, grupo formado por contribuintes que ganham mais de R$ 50 mil por mês, cerca de 140 mil pessoas no país. A proposta altera a estrutura de arrecadação ao ampliar a contribuição sobre rendimentos mais elevados e aliviar a carga tributária para trabalhadores e empreendedores de baixa renda.

Os dados utilizados pelo Sebrae para estimar o alcance da medida fazem parte do Atlas dos Pequenos Negócios, disponível na plataforma DataSebrae, criada há dez anos para apoiar o planejamento de empreendedores e instituições. A expectativa é que a mudança na faixa de isenção gere impacto direto no fluxo financeiro de micro e pequenos negócios, setor responsável por grande parte da geração de renda e empregos no país.