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Política

Socorro Neri e Cesário Braga – Alianças políticas e mudanças de posição na corrida eleitoral de Rio Branco

Editorial

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“Queriam sugar a gestão municipal, como eu ouvi. Eles iriam sugar a gestão municipal e eu não permiti”, disse Socorro Neri,(PP), sobre o Partido dos Trabalhadores (PT), durante debate à prefeitura em 2020, na ocasião Neri estava no PSB, mas era a candidata do governador Gladson Cameli (PP).

Neste mesmo debate, Neri deu outra alfinetada aos antigos companheiros de aliança, ao afirmar que percebeu junto ao então presidente do PT na época, Cesário Braga, e de Jorge Viana, que ela não estava atendendo às expectativas do partido. “Demonstrado quando me disse [Cesário e Jorge Viana] que não se sentia motivado a me apoiar, a medida que eu não havia dado dinheiro em 2018, a medida que eu não estava dando dinheiro a ele [Jorge] pra ele sanar as contas pessoais e etc”. Isso mesmo, Neri afirmou que Jorge Viana e Cesário não queriam apoiá-la, porque “não havia dado dinheiro em 2018, à medida que eu não estava dando dinheiro a ele [Jorge] pra ele sanar as contas pessoais”.

A política é um cenário dinâmico, sujeito a mudanças e rearranjos de acordo com os interesses e circunstâncias do momento

Cesário Braga que em 2020 acabou, diante da acusação da Neri, declarando voto a Tião Bocalom, para prefeitura de Rio Branco, agora, já em 2023, Cesário, a liderança do PT do Acre e atualmente ocupando o cargo de superintende do MDA no estado, busca aliança com, Gladson e Socorro Neri, para concretizar o sonho de ver Marcus Alexandre (MDB) na mesma chapa que Alysson Bestene (PP) para a prefeitura de Rio Branco em 2024. Mas Cesário parece esquecer que Marcos Alexandre não é mais filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

A Reviravolta nas Alianças: Enquanto o MDB, partido que acolheu Marcus Alexandre, conta com figuras políticas influentes como Vagner Sales, Flaviano e Jéssica Sales, a condução da articulação da chapa majoritária nas eleições de Rio Branco parece estar nas mãos de Cesário Braga. Isso levanta a questão: Marcus Alexandre, que foi liderado por Jorge Viana no PT, está agora sob a orientação política de Cesário? Será que ele abriu mão de fazer sua própria articulação política em busca de um novo alinhamento estratégico?

Nesta semana, Cesário comemorou, em suas redes sociais, uma reunião do governador Gladson com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Agradeço ao ministro Padilha que nos recebeu no Palácio do Planalto e principalmente ao governador Gladson Cameli e à deputada federal Socorro Neri, que tem colocado as diferenças políticas pretéritas de lado e pensando no que é melhor para o Acre na construção futura! Agradeço também ao secretário Alysson Bestene e ao assessor especial Weverton Matias que acompanharam essa agenda importante de unidade.”

Encontro que foi visto por militantes e por parte da imprensa como uma possível aproximação do PT com o governador Gladson Cameli.

Petecão e a Interação com o Governo Federal: No contexto da relação entre o Acre e o governo federal, o papel do senador Sérgio Petecão como interlocutor junto ao governo tem sido notável. Como ele enxerga a recente mudança de postura de Cesário Braga? Cesário tem se aproximado do governo, e Petecão também através da vice-governadora, deixando muitos a se perguntarem sobre as implicações desse movimento para a dinâmica política estadual.

Várias criticas e opiniões fazem as rodas politicas movimentadas, entre elas que Cesário esquece, que o governador é investigado por corrupção na Operação Ptolomeu, mesmo assim, Cesário tem reafirmado em várias entrevistas e declarações que defende a aproximação com o governador do PP para as eleições de 2024 e “construção futura”. “Unir governo federal, governo estadual e prefeitura no mesmo caminho seria bom para a cidade. Por isso defendo a chapa Marcus/Alysson”, declarou Cesário em uma das últimas entrevistas à imprensa.

O Potencial de Alysson Bestene na Chapa Majoritária: A figura de Alysson Bestene, até então pouco mencionada nesse cenário, suscita questionamentos sobre o seu potencial e o seu papel na chapa majoritária. Ele já abriu mão de ser candidato? Seria ele o articulador oculto por trás das movimentações políticas, desempenhando um papel estratégico que talvez ainda não tenha sido completamente compreendido? Essas são questões que continuam a intrigar observadores políticos no Acre.

Alguns acreditam que o atual cenário apequena o PT, e o silêncio e falta de atitudes de lideranças como Tião Viana, Binho Marques, Nazaré Araújo, Anibal Diniz, Raimundo Angelim, dá espaço para esse cenário que Cesário tenta impor ao PT, além de incomodar a militância do partido, pode gerar efeitos colaterais irreversíveis.

Mesmo com a afirmação do presidente estadual do PT no Acre Daniel Zen, “Na minha sincera opinião, quem deve conduzir – e opinar – sobre a política de alianças é o pré-candidato e o seu respectivo partido, no caso, o Marcus Alexandre e o MDB. Nessas eleições de 2024 nós, do PT, seremos apenas aliados. E aliado participa da aliança na condição de convidado, quem dá o tom na construção da aliança não são os convidados e sim quem convida”, disse Zen. Cesário insiste em declarar publicamente sua opinião mesmo o Marcos não sendo mais do PT.

O PT precisa não só querer voltar ao poder, precisa protagonizar sua história, apresentar caminhos e construir a unidade partidária, algo que parece está longe de conseguir. Construção de alianças é um processo complexo que envolve a criação de relações baseadas em interesses comuns, valores compartilhados e entendimento mútuo. O que também está longe de se alcançar. Afinal uma aliança com Marcos Alexandre(MDB) incondicional, como defende setores do partido pode na pratica não ser bem sucedida. A militância não esqueceu o GOLPE que culminou no processo de impeachment da presidente Dilma.

Enquanto isso, Bocalom segue, “dando milho ao pombos” e sem dúvidas, não será nada fácil vence-lo.

Política

Mailza e Bocalom falam sobre futuro político e abrem o jogo sobre 2026

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A corrida pelo governo do Acre em 2026 começou a ganhar forma com declarações importantes nesta semana. De um lado, a vice-governadora Mailza Assis (Progressistas) confirmou que está pronta para disputar o cargo. Do outro, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), admitiu que pode entrar na disputa se houver um chamado da direita.

Mailza recebeu o apoio oficial do PRD, partido recém-formado a partir da fusão entre PTB e Patriota, e disse estar disposta a liderar uma nova fase no estado. Segundo ela, o momento é de construir alianças e ouvir a população. “Estamos montando um projeto político que não é só sobre eleição. É sobre governar com participação, olhando para as pessoas, principalmente as mulheres e os jovens”, afirmou em entrevista ao site ContilNet.

A vice-governadora disse que quer dar continuidade ao trabalho do governador Gladson Cameli e que pretende enfrentar de forma direta os altos índices de violência doméstica e feminicídio. “O Acre não pode continuar sendo cenário de tanta dor. A gente precisa mudar isso, e mudar agora”, disse.

Já Bocalom, em conversa com o Blog do Crica, disse que sua prioridade continua sendo a prefeitura de Rio Branco, mas não descartou totalmente a possibilidade de disputar o governo estadual. “Não vou colocar meu nome e não estou colocando de jeito nenhum. Mas se lá na frente a direita se reunir e achar que o meu nome é um bom nome e que ganha a eleição, eu vou. Sempre fui pau para toda obra”, afirmou.

A fala mostra que, mesmo sem se declarar pré-candidato, o prefeito está atento aos movimentos e pode se tornar uma opção no futuro, caso haja consenso entre os partidos do seu campo político.

Com as duas falas, o cenário político acreano começa a se desenhar para 2026. De um lado, Mailza se apresenta como herdeira do projeto de Gladson Cameli. Do outro, Bocalom acena para a possibilidade de liderar uma chapa, dependendo do rumo das articulações.

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Política

Para Gladson, Mailza e Nicolau são “plano A” para próximas eleições

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Durante entrevista concedida nesta terça-feira (15), o governador Gladson Cameli fez uma declaração que revela a estratégia política do Progressistas para a sucessão ao governo do Acre em 2026. Ao afirmar que a vice-governadora Mailza Assis e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nicolau Júnior, são “dois planos A”, Gladson sinaliza que o partido trabalha com múltiplas opções prioritárias — e não com um nome único já definido.

A fala ocorre em um contexto de movimentação antecipada nos bastidores da política acreana. Ainda que as eleições estejam a mais de um ano e meio de distância, há disputa interna no Progressistas sobre quem deve liderar o projeto de continuidade da atual gestão. A declaração de Gladson, ao evitar a hierarquização entre Mailza e Nicolau, funciona como um recado interno: o partido deve manter a unidade e permitir que ambos se fortaleçam até a definição do nome que vai à disputa.

“Tenho dito tanto para o Nicolau, dentro do meu partido, para os nossos aliados, para a nossa vice-governadora, que nós temos que – eu não quero antecipar a eleição, mas como nós somos um Estado politizado, sabemos que só se fala em eleição – as articulações são naturais do processo democrático”, disse o governador, reforçando a ideia de que o processo de escolha será construído coletivamente.

Gladson também destacou o papel que os dois vêm desempenhando dentro da gestão estadual. Ao mencionar a atuação de Nicolau no apoio ao Executivo e a posição institucional de Mailza como vice-governadora, ele constrói uma narrativa de continuidade administrativa e reforça que o Progressistas deve manter o comando do estado com base na atual aliança.

Ao dizer que “são dois planos A”, o governador busca ainda neutralizar especulações sobre eventuais disputas internas e reafirmar o controle político sobre o processo sucessório. A mensagem é clara: o partido tem dois nomes viáveis e competitivos, e não trabalha com um “plano B”.

A declaração de Gladson abre espaço para interpretações sobre qual será o critério de escolha entre Mailza e Nicolau. Até lá, ambos devem continuar investindo na visibilidade pública, ampliando alianças e fortalecendo seus projetos políticos dentro e fora da base governista.

Nas movimentações políticas rumo às eleições estaduais de 2026 no Acre, a vice-governadora Mailza Assis e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Nicolau Júnior, ambos do Progressistas, têm adotado estratégias distintas para viabilizar suas candidaturas ao governo.

Mailza Assis: articulação institucional e mobilização partidária

Mailza Assis intensificou sua presença em eventos públicos e partidários. Em abril, participou do encontro “Conect@dos com Mailza”, promovido pelo Progressistas em Rio Branco, que reuniu prefeitos, parlamentares e lideranças municipais em apoio à sua pré-candidatura . A vice-governadora também tem buscado diálogo com outras lideranças políticas, como o senador Alan Rick e o prefeito Tião Bocalom, visando a unidade das forças de direita no estado.

Apesar de aparecer em posição inferior em pesquisas de intenção de voto, Mailza reafirmou sua pré-candidatura, destacando que pesquisas realizadas com antecedência têm a finalidade de influenciar o jogo eleitoral.

Nicolau Júnior: fortalecimento regional e institucional

Nicolau Júnior tem focado em fortalecer sua base política, percorrendo agendas em diversas regionais do estado, incluindo encontros com vários prefeitos. Como presidente da Assembleia Legislativa, tem visitado municípios para aproximar o legislativo das câmaras municipais. Embora não tenha oficializado sua pré-candidatura, Nicolau não descarta a possibilidade e mantém alinhamento com o governador Gladson Cameli.

Analistas políticos observam que, caso Mailza não consiga ampliar sua popularidade, Nicolau pode emergir como uma alternativa viável dentro do Progressistas.

Podemos dizer que as articulações de Mailza Assis e Nicolau Júnior refletem estratégias distintas: enquanto a vice-governadora busca consolidar apoio institucional e partidário, o deputado estadual fortalece sua presença regional e institucional. A definição do candidato do Progressistas ao governo do Acre em 2026 dependerá do desempenho de ambos nas articulações políticas e na aceitação popular nos próximos meses.

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Política

Rio Branco: Joabe propõe intermediação com FGB após protesto de quadrilhas juninas na Câmara

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Integrantes do movimento junino de Rio Branco protestaram nesta terça-feira (15) na Câmara Municipal após a declaração da Fundação Garibaldi Brasil (FGB) de que não haverá recursos para o calendário junino de 2025. O grupo reivindicou apoio do poder legislativo para garantir a realização do evento, que ocorre anualmente há 16 anos e é considerado um dos principais do calendário cultural da capital.

Durante a sessão, representantes das quadrilhas juninas se reuniram com vereadores para buscar alternativas. A presidente da Liga de Quadrilhas Juninas do Acre, Francilene Santos, afirmou que o evento movimenta diversas comunidades e setores da economia local, como costureiras, músicos, técnicos de som e vendedores de alimentos. Segundo ela, a ausência de apoio financeiro compromete a realização de atividades como o concurso, o esquenta junino e os arraiais comunitários.

O presidente da FGB, Klowsbey Pereira, declarou que não haverá repasse financeiro este ano porque o movimento não conseguiu captar recursos via emenda parlamentar. Ele explicou que a prefeitura seguirá oferecendo apoio logístico, como estrutura de palco, som e banheiros químicos.

Diante da situação, o presidente da Câmara de Rio Branco, vereador Joabe Lira (União Brasil), anunciou que o legislativo vai intermediar o diálogo entre o movimento junino e a FGB. Segundo ele, a Câmara reconhece a importância cultural e econômica do evento e pode discutir o envio de emendas para apoiar a realização do calendário junino a partir do próximo ano.

A proposta de intermediação ocorre após mobilização dos grupos culturais e apoio de parlamentares como André Kamai (PT) e Neném Almeida (MDB), que participaram das discussões com os representantes do movimento. A Câmara deve continuar acompanhando o tema nos próximos dias.

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