A programação do Transamazonico Festival Internacional de Cinema LGBTQIA+ 2022 começa nesta quinta-feira, 28, no Theatro Hélio Melo, em Rio Branco, a partir das 18h30. O projeto, financiado pela Lei Emergencial Aldir Blanc por meio da Fundação Elias Mansour (FEM), vai exibir produções do Brasil, Paraguai, Chile, Espanha, Quênia e China.
O evento, que este ano, será totalmente presencial, incluindo a exibição dos filmes. Na abertura, a plateia vai desfrutar de um show artístico do cantor Pedro Lucas. Em seguida, às 19h30, será exibido o longa-metragem “Germino Pétalas no Asfalto – uma produção brasileira, com indicação para a partir 12 anos. Posteriormente, a produção do Transamazonico vai apresentar o longa espanhol “Mariquinhas: O Cinema das 5QK’s” (classificação 16+).
Durante os quatro dias de festival – 28 de abril a 1 de maio –, o público vai poder apreciar 8 longas-metragens e 3 curtas-metragens que fomentam debates e reflexões sobre diversidade e aos direitos e vivências da comunidade LGBTQIA+, em diferentes recortes, com foco no respeito às liberdades.
Na sexta-feira, 29, serão exibidas quatro produções, a partir das 19 horas: o curta paraguaio “Yo Drag” (14+), o longa brasileiro “Transamazonia” (16+), o curta brasileiro “Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui” (18+) e o longa-metragem chileno “A Viagem de Monalisa” (18+).
No penúltimo dia de evento, sábado, 30, a partir das 19 horas, o público vai apreciar a exibição do filme espanhol “Também Encontrei Mariquitas Felizes” (18+), o longa-metragem “Rafiki” (16+) – uma produção da Quênia –, e, para finalizar a noite, será apresentado o longa chinês “Suk Suk – Um Amor em Segredo” (18+). No último dia do Festival Transamazônico, domingo, 1, a programação começa mais cedo, às 17 horas. Na chegada, o público vai poder se de deleitar com a arte e o talento da musicista Maiara Rio Branco e as vozes de Leandre e Amanda Schoenmaker. O trio apresentará a música “Coração Leve”, do artista Beto Brasiliense, com o arranjo musical de Maiara Rio Branco autora da trilha sonora do filme. Posterior ao show, a produção do Festival Internacional LGBTQIA+ vai exibir dois longas-metragens e um curta brasileiro: “Maués: A Garça” (12+), uma produção acreana, que será lançada no Transamazonico; “Os Primeiros Soldados” (14+); “Seguindo Todos os Protocolos” (18+).
O evento é totalmente gratuito, mas, somente pessoas que seguiram as recomendações do protocolo de saúde e concluíram seu esquema vacinal poderão participar do evento. A carteira de vacina e documento com foco serão solicitados na entrada do festival.
Um grupo de jovens comunicadores indígenas do Acre produziu um vídeo baseado em narrativas tradicionais do povo Huni Kuĩ. O trabalho foi realizado durante a 5ª Oficina de Comunicadores Indígenas, ocorrida entre os dias 9 e 20 de setembro, no Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF).
A produção apresenta a história do Quatipuru encantado, um conto tradicional Huni Kuĩ que relata a transformação de um animal em ser humano. No enredo, uma mulher encontra um quatipuru encantado enquanto busca água no igarapé. Após um breve diálogo, o quatipuru se transforma em homem, casa-se com a mulher, tem três filhos e contribui com a comunidade ao cultivar uma plantação de legumes. O desfecho da narrativa envolve a fuga do personagem principal com seus filhos após descobrir um plano contra sua vida.
O vídeo foi idealizado e produzido pelos próprios participantes da oficina, como parte de uma iniciativa voltada à valorização das culturas indígenas e ao fortalecimento da comunicação feita por jovens das comunidades.
A oficina integra um esforço coletivo para registrar e divulgar saberes tradicionais por meio de linguagens audiovisuais, promovendo o protagonismo indígena na produção de conteúdos culturais.
O Acre será representado na 27ª edição do Palco Giratório, maior projeto de circulação de artes cênicas do Sesc, com o espetáculo Fiandeiro de Tempos, dirigido e encenado por Victor Onofre. A montagem, produzida pelo Coletivo Iluminar, integra a programação nacional ao lado de outros 15 trabalhos selecionados de diferentes regiões do Brasil.
A peça foi criada a partir de vivências nas comunidades ribeirinhas do Rio Murú, Rio Croa e Serra do Môa, e aborda aspectos do cotidiano e dos saberes tradicionais dessas populações. Estreada em dezembro de 2021, em Rio Branco, a obra também passou por nove estados durante o projeto Sesc Amazônia das Artes em 2023.
Neste ano, Fiandeiro de Tempos será apresentado em Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Alagoas, Rondônia, Paraná e Rio de Janeiro, entre os meses de abril e outubro.
Natural de Cruzeiro do Sul, Victor Onofre destacou o significado da participação no circuito nacional: “Nasci em uma comunidade ribeirinha e hoje cheguei a um dos maiores festivais de teatro do país. Honra é a palavra e gratidão também”, disse o artista.
A ficha técnica inclui nomes como Quílrio Farias, Dino Camilo e Jaqueline Chagas, responsáveis pelo texto, cenário e figurino. A trilha sonora é assinada por Farias, Marcos Casas e Mara Mattero. A operação de luz será feita por Marques Izitio.
O Museu do Xapury foi reinaugurado nesta terça-feira, 15 de abril, no município de Xapuri, após processo de revitalização realizado pelo governo do Acre, por meio da Fundação Elias Mansour (FEM). O investimento foi de R$ 640 mil, com recursos do tesouro estadual.
Instalado em um casarão de 1927 que já abrigou a primeira sede da Prefeitura de Xapuri, o museu tem como foco a preservação da história local, com ênfase no Ciclo da Borracha, na Revolução Acreana e na trajetória do líder seringueiro Chico Mendes. O acervo reúne armas históricas, mobiliário, objetos do cotidiano dos trabalhadores da floresta e peças que representam a cultura indígena e extrativista da região.
Durante a entrega, o governador Gladson Cameli destacou o papel do museu na formação da identidade local. “Eu entendo que um povo que não conhece a sua história não pode sonhar com um futuro promissor. Portanto, um museu não é um lugar para acumular coisas velhas, mas sim um lugar que guarda memórias afetivas de uma população, as quais sinalizam para o futuro”, afirmou.
O museu foi originalmente inaugurado em 2005 e é considerado um dos principais espaços culturais de Xapuri. A reabertura do espaço integra uma série de ações voltadas à preservação do patrimônio histórico do município, que incluem também a revitalização da Casa de Chico Mendes e da Trilha Chico Mendes, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).