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MEIO AMBIENTE

Benki Piyãko compartilha saberes em seu Centro Yorenka Tasorentsi 

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O líder indígena Benki Piyãko tem usado suas redes sociais para compartilhar os trabalhos realizados em seu Centro Yorenka Tasorentsi, na margem do Rio Juruá, em Marechal Thaumaturgo, Acre. Nos últimos dias, ele mostrou a colheita de Bacaba. A fruta, que tem o nome científico de Oenocarpus, é uma palmeira nativa da Região Amazônica, com maior frequência nos estados do Amazonas e Pará. Parecida com o açaí, mas com menos popularidade, esta palmeira é de alto porte, podendo atingir até 20 metros de altura e do fruto é possível extrair polpa, óleo e amêndoa.

No post em suas redes, Benki salientou a importância de manter a floresta em pé. “Estamos tirando aqui a bacaba, esse é um teste aqui no nosso espaço de quantas toneladas podemos coletar. Vamos fazer com a maior sustentabilidade possível, porque a floresta em pé é vida para muita gente. Bacaba é conhecida por ser prima do “açaí” aqui no Acre. O tempo de inverno (estação chuvosa) é emocionante porque a terra Yorenka Tasorentsi está recheada com estas deliciosas frutas. Bacaba tem um bom sabor, leitoso e nozes. Não há nada igual e é por isso que o nosso plano é plantar”

Em outros tantos vídeos, o líder, do povo Ashaninka da Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, apresenta a diversidade cultural e florestal que está trabalhando na região. Em seu Centro, onde recebe diversos turistas, autoridades e diversos eventos, está sendo construído um conjunto de açudes para criação de peixe, também.

MEIO AMBIENTE

Estudo alerta que Amazônia pode perder quase 3 bilhões de toneladas de carbono até 2030

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A Amazônia poderá deixar de capturar 2,94 bilhões de toneladas de carbono até 2030 caso os países da região mantenham pouco ou nenhum controle sobre o desmatamento. O alerta é da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (RAISG), formada por oito organizações da sociedade civil, que divulgou novo levantamento sobre o tema em 23 de outubro de 2025. O estudo abrange Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, e aponta que, mesmo com a manutenção das atuais políticas ambientais, a perda na capacidade de captura de carbono pode chegar a 1,113 bilhão de toneladas nos próximos cinco anos.

A RAISG explica que as florestas mais preservadas da Amazônia, especialmente em Terras Indígenas e Áreas Naturais Protegidas, são responsáveis por 61% do carbono capturado em 2023. A proteção desses territórios é considerada fundamental para conter o aquecimento global e manter a floresta como aliada no equilíbrio climático. “Se não forem fortalecidas as políticas de proteção e reconhecido o papel dos povos indígenas e das comunidades locais, a Amazônia deixará de ser um aliado climático e se tornará uma fonte de crise”, afirmou Renzo Piana, diretor do Instituto do Bem Comum, integrante da RAISG.

O estudo foi desenvolvido no âmbito do projeto Ciência e Saber Indígena pela Amazônia, em parceria com o Woodwell Climate Research Center, e utilizou a plataforma Dinâmica Ego, que integra dados de satélite e modelagem ambiental. Foram projetados três cenários para o futuro das reservas de carbono. No pior deles, com avanço descontrolado de atividades como agricultura, pecuária e mineração, a Amazônia reduziria em 3,5% sua capacidade de captura, passando de 85 bilhões de toneladas de carbono em 2023 para 82,257 bilhões em 2030.

No cenário intermediário, os pesquisadores simularam políticas ambientais menos rigorosas, o que levaria à perda de 2,294 bilhões de toneladas de carbono — uma redução de 2,7% em relação a 2023. Já no melhor cenário, com manutenção das políticas atuais, haveria ainda assim perda de 1,113 bilhão de toneladas, equivalente a 2% do total capturado. Mireya Bravo Frey, coordenadora regional do projeto, afirmou que “cada tonelada de carbono que se consegue manter nas florestas amazônicas é um investimento no futuro do planeta”, destacando que fortalecer a proteção de Terras Indígenas e Áreas Protegidas é essencial para conservar as maiores reservas de carbono florestal do mundo.

A RAISG também alerta para o impacto histórico da devastação na Amazônia, que desde 1985 perdeu mais de 88 milhões de hectares de floresta, transformados em áreas agropecuárias, urbanas e mineradoras. Essa transformação já resultou em uma redução de 6,3% na captura de carbono, com 5,7 bilhões de toneladas a menos em 2023 comparadas ao ano 2000. O especialista em sensoriamento remoto da rede, José Victorio, explicou que a redução das florestas implica em menos reservas de carbono e, portanto, mais emissões poluentes para o planeta, agravando eventos como secas, inundações e incêndios florestais.

O estudo recomenda que os países amazônicos articulem políticas que integrem ciência e saberes tradicionais, promovam o uso sustentável dos recursos naturais e eliminem o desmatamento e atividades ilegais no bioma. As conclusões reforçam que o futuro da Amazônia e o equilíbrio climático global dependem diretamente da proteção das florestas e da valorização dos povos que as habitam.

Fonte: umsoplaneta.globo.com

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Sebrae apresentará ações de sustentabilidade e economia circular na COP30

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O Sebrae participará da COP30 com a apresentação de iniciativas voltadas à resiliência climática e à economia circular em quatro painéis que ocorrerão no dia 13 de novembro. A instituição levará experiências desenvolvidas em programas como Cidade Empreendedora, Territórios Empreendedores e Prêmio Sebrae Prefeitura Empreendedora, destacando projetos de gestão de resíduos sólidos, educação ambiental, bioeconomia e empreendedorismo sustentável.

O gerente de Desenvolvimento Territorial do Sebrae, Jeconias Rosendo, afirmou que a economia dos pequenos negócios depende diretamente da capacidade de adaptação às mudanças climáticas. “Quando articulados de forma estratégica, os esforços locais se convertem em ganhos expressivos, como a redução de emissões de gases de efeito estufa, recuperação de áreas degradadas e aumento da renda das famílias”, disse.

As ações selecionadas abrangem 19 iniciativas de 14 estados brasileiros e estarão reunidas em um catálogo digital que será divulgado durante a conferência. O material inclui projetos de reciclagem e logística reversa, reflorestamento, turismo sustentável, inclusão socioprodutiva e fortalecimento de lideranças locais. Segundo Rosendo, o engajamento de prefeituras, organizações da sociedade civil e empreendedores tem mostrado que a agenda climática, integrada ao desenvolvimento territorial, é capaz de gerar resultados econômicos e ambientais consistentes.

O Sebrae avalia que a COP30 será uma oportunidade para aprimorar parcerias e conectar experiências nacionais e internacionais na área da sustentabilidade. A instituição criou o portal Sebrae COP30, voltado a micro e pequenos empresários interessados em se preparar para as oportunidades de negócios que o evento trará. O ambiente digital reúne conteúdos sobre empreendedorismo internacional, agenda global de desenvolvimento sustentável e exemplos de soluções aplicadas por empreendedores em diferentes regiões do país.

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Governo federal amplia subvenção para extrativistas do Acre com prazo até dezembro

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Os extrativistas do Acre têm até 20 de dezembro para solicitar à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) o pagamento do programa Sociobio Mais, iniciativa do governo federal que garante subvenção a produtos extrativos comercializados abaixo do preço mínimo estabelecido. O novo prazo substitui o antigo calendário, que se estendia até fevereiro do ano seguinte, e foi antecipado para dar mais agilidade, transparência e segurança aos pagamentos, segundo o gerente de Produtos da Sociobiodiversidade da Conab, Fernando Motta.

O benefício é voltado a produtores com Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ativo e situação regular junto à Conab. Para receber a subvenção, é necessário apresentar notas fiscais que comprovem a venda de produtos por valores inferiores ao preço mínimo oficial. A solicitação passou a ser feita de forma digital, por meio do sistema SociobioNet, que permite o preenchimento das informações mesmo sem conexão com a internet, exigindo acesso apenas no momento do envio final dos documentos.

Entre as mudanças do Sociobio Mais está a criação, a partir de 2025, de um valor fixo de pagamento para três produtos: borracha natural, amêndoa de babaçu e pirarucu de manejo. Os valores definidos são de R$ 3,00 por quilo de borracha, R$ 2,50 por quilo de babaçu e R$ 2,50 por quilo de pirarucu. De acordo com a Conab, a medida busca incentivar melhores negociações e reduzir a dependência dos produtores em relação a intermediários. Os demais produtos continuam com cálculo baseado na diferença entre o preço mínimo e o valor de venda.

No Acre, o programa tem relevância econômica para comunidades que vivem do extrativismo de borracha, castanha e pirarucu manejado, produtos que sustentam a base de várias reservas extrativistas do estado. Atualmente, a Conab assegura preço mínimo para 17 itens da sociobiodiversidade, entre eles açaí, andiroba, buriti, cacau, castanha-do-brasil, murumuru, pequi, piaçava e umbu. O Sociobio Mais é executado pela Conab sob coordenação do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e conta com a participação dos ministérios da Agricultura, da Fazenda, do Planejamento e do Meio Ambiente.

A iniciativa tem como finalidade fortalecer a economia das florestas, garantir renda às populações tradicionais e incentivar o uso sustentável dos recursos naturais. Com a ampliação do programa e a definição de valores fixos para produtos-chave, o governo federal busca consolidar uma política de apoio contínuo aos extrativistas e reforçar o papel dessas comunidades na conservação ambiental e no desenvolvimento rural da Amazônia.

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