Centelha é um curta produzido pelo cineasta Renato Vallone e protagonizado pelo ator Cléber Barros , com participação especial de Karine Guimarães. A obra está concorrendo à premiação no Festival do Rio de Janeiro que inicia no dia 9 de dezembro e vai até o dia 19 de dezembro. O Festival é um dos maiores da América Latina. A atividade está retomando sua programação após quase dois anos, cumprindo todos os protocolos de segurança contra a Covid-19.
A produção foi exibida pela primeira vez no Cine Teatro Recreio no dia 26 de agosto, e a segunda ocorreu no Via Verde Shopping, as duas foram cabines de exibição para convidados. Centelha se encaixa na categoria “Novos Rumos” que é uma mostra destinada para novas linguagens e experimentos. O Festival do Rio ocorre do dia 9 ao dia 19 e as exibições do Centelha nos dias 16 e 18 de dezembro.
“Centelha é o vazio de um personagem que trás dentro de si um retrato social.”
Sinopse
Delírio da fome de um homem que incorpora no decorrer de um ritual ancestral, os demônios de um país doente. Casa e homem tornam-se testemunhos vivos da história. Santuário ou quartel general, as transformações afetam tudo ao redor e provocam a “fúria do céu”. O protagonista possui características marcantes como por exemplo o fato de ser um anarquista subversivo.cria cachorros e gatos que são a sua única companhia.Na sua solidão, busca a cura para todos os males através dos devaneios que tem, até que certo dia, algo de diferente acontece e muda sua perspectiva.
O curta de 27 minutos é editado em P&B fazendo uma crítica às ruínas do país, e emerge das faíscas da humanidade, embora o protagonista esteja vivendo a miserabilidade de um país órfão. O diretor Renato Vallone é um cineasta do Rio de Janeiro, nascido no bairro da Pavuna e, de acordo com sua vivência, Centelha é o vazio de um personagem que trás dentro de si um retrato social. Apresenta uma manhã cinzenta que nos assola, a qual, para o cineasta, todos os brasileiros vivem nesse momento.” explica.
Sobre o ator
Dramaturgo, ator, diretor e formado em Cenografia pela universidade de Macerata na Itália, Cléber Barros é professor de teatro há 37 anos na Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM). Foi coordenador do setor de comunicação e radiodifusão. Nascido no Seringal Campinas, aos 13 anos foi para o Rio de Janeiro, onde realizou seu primeiro trabalho de teatro em uma peça dirigida por Maria Clara Machado, criadora do Teatro Tablado, são 61 anos de teatro pelo mundo. Cléber já esteve no norte ao sul do Brasil, mas também na Inglaterra, França e vários outros países da Europa. Participou da série “De Galvez a Chico Mendes”, escrita por Glória Peres. Centelha é seu trabalho mais recente.
Foto: Arquivo pessoal. Protagonista do curta “Centelha”, Cléber Barros.
Confira a programação
16/12 (quinta-feira), às 19h : Sessão de gala para convidados, no CINÉPOLIS LAGOON – Av. Borges de Medeiros, 1424, Lagoa.
18/12 (sábado), às 15h: Sessão para público com debate, no ESTAÇÃO NET RIO – R. Voluntários da Pátria, 35, Botafogo.
A cantora Alcineia Galdino estreia neste sábado (10), às 19h30, o projeto solo Negra Voz, com apresentação gratuita na Usina de Arte João Donato, em Rio Branco. O espetáculo será acessível em Libras e homenageará grandes nomes da música negra brasileira, como Elza Soares, Djavan, Cartola e Iza.
Conduzido pela Acreativa Produções, o projeto busca valorizar compositores e intérpretes negros, aproximando o público da história e do contexto das músicas apresentadas. “Quero mostrar ao público a história por trás das músicas. É uma forma de envolver mais as pessoas com a arte musical, compreendendo melhor o contexto de cada letra”, explicou Alcineia.
A direção artística é de Narjara Saab e a direção musical de James Fernandes, que também integra a banda ao lado de João Gabriel Brito, José Luíz, Marcone Potta, Maurício Potta e Nilton Castro. Os backing vocals são de Jehnny Lima e da própria Narjara Saab. A iluminação cênica será de Ivan de Castela, com apoio técnico de Carol Di Deus.
Além do show principal, o projeto incluiu um minicurso sobre a influência dos ritmos africanos na musicalidade brasileira, ministrado por João Gabriel Brito no Museu dos Povos Acreanos, em 4 de abril, e um pocket show na Casa Rosa Mulher, no dia 11 do mesmo mês.
O projeto Negra Voz foi contemplado no Edital de Arte e Patrimônio para Iniciantes da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), em parceria com o Governo do Acre.
O Seminário Internacional Txai Amazônia não será apenas um espaço de debates e reflexões, mas também um palco vibrante para a efervescência cultural da região. A Mostra Txai Amazônia, integrada ao evento, preparou uma programação artística diversa e impactante, onde a arte se manifesta como a própria voz da floresta. Um destaque essencial: todos os artistas que se apresentarão no palco do Txai Amazônia são originários da região, com uma marcante presença de talentos do Norte do país, celebrando a riqueza e a diversidade cultural local.
Ao todo, mais de 160 artistas deixarão suas mensagens em forma de canto, dança e das mais diversas expressões, no palco do Txai Amazônia, em quatro dias de evento e 23 apresentações. Em tempos de crise climática e disputas simbólicas sobre a Amazônia, a Mostra Txai Amazônia emerge como um manifesto, no qual a bioeconomia vai além do conceito técnico ou uma agenda de desenvolvimento, mas um modo de vida ancorado em saberes, ritos, celebrações e práticas que entrelaçam território, memória e criação.
Marcado para iniciar no dia 25 de junho, no eAmazônia, situado na Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco (AC), o Seminário Internacional Txai Amazônia abre a sua programação artística cultural com o líder espiritual Mapu Huni Kuin, que traz a força ancestral dos cantos sagrados, conectando o público com a espiritualidade da floresta.
A celebração da cultura nortista também estará presente com a contagiante Aula Espetáculo de Carimbó com Camila Cabeça, onde o corpo se torna um instrumento da tradição. E para embalar o público com ritmos que ecoam das margens dos rios acreanos, o “Forró no Balde” com Dito Bruzugu e Banda trará a poesia e a alegria do autêntico forró de seringal.
A cena musical contemporânea da Amazônia também marcará presença com o som inovador do DJ Cau Bartholo, que transforma os sons da floresta e as histórias da região em batidas eletrônicas pulsantes. Para fechar a programação em grande estilo, o palco receberá o talento promissor de Ixã, descoberto por Alok, que trará suas canções autorais carregadas de referências e da forte ligação com o Norte do país.
Além da música, o palco do Txai Amazônia será um espaço para outras formas de expressão artística. O grupo Jabuti Bumbá, manifestação cultural popular do Acre, apresentará sua energia contagiante e mensagens de conscientização ambiental através da dança, do teatro e da música. A dança também terá destaque com a performance Corpo Terreiro de Joy Ramos, que expressa a ancestralidade através do movimento e da interpretação em Libras.
A programação do palco Txai Amazônia é, portanto, uma celebração da identidade amazônica em suas múltiplas formas. Uma oportunidade imperdível para sentir a pulsação da floresta através da arte de seus próprios filhos, reafirmando a potência cultural da Amazônia e, em especial, do Norte do Brasil.
A programação completa da Mostra Txai Amazônia pode ser conferida no site txaiamazonia.com.br
Txai Amazônia
Realizado pelo Instituto Sapien – Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) dedicada à pesquisa e gestão para o desenvolvimento regional –, em colaboração com o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), o Governo do Estado do Acre, por meio das Secretarias de Estado de Povos Indígenas (SEPI), Planejamento (SEPLAN), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (FAPAC) e mais de 20 instituições acreanas, o Seminário Internacional Txai Amazônia se apresenta como uma plataforma para a formulação de soluções inovadoras, integrando conhecimento técnico-científico, inovação e sabedoria ancestral.
O governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), lançou nesta terça-feira (29) um edital de premiação voltado a ações culturais em todo o estado. O chamamento público irá destinar R$ 1,47 milhão a 42 iniciativas reconhecidas como Pontos e Pontões de Cultura, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab).
O edital busca reconhecer e apoiar grupos culturais, formais e informais, que desenvolvem atividades em comunidades acreanas. A proposta é ampliar o acesso às políticas públicas culturais e incentivar o trabalho de coletivos e entidades locais que atuam com educação, identidade e produção artística.
As inscrições estarão abertas de 29 de abril a 30 de maio de 2025 e devem ser feitas exclusivamente pela internet, no site da FEM: www.femcultura.ac.gov.br.
A seleção inclui critérios de cotas para garantir a participação de grupos diversos e promover a valorização das expressões culturais do Acre. Entre os critérios de elegibilidade estão organizações da sociedade civil com ou sem personalidade jurídica que atuem como Pontos ou Pontões de Cultura, de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Cultura Viva.
De acordo com o presidente da FEM, Minoru Kinpara, o Acre vive um momento de ampliação dos investimentos no setor cultural, com ações integradas entre os governos estadual e federal.
O edital integra uma estratégia de fortalecimento da rede cultural acreana e de incentivo a projetos que promovam mobilização, troca de saberes e articulação entre territórios e temas culturais do estado.