A pandemia trouxe desafios para muitos, especialmente para as crianças. Meu filho, João, teve uma alfabetização complicada nesse período, mas sempre teve muita vontade. Recentemente, um novo interesse se somou às nossas vidas: as cartas Pokémon.
Tudo começou há alguns meses, quando João manifestou o desejo de colecionar as cartas. Comprei as primeiras, sem imaginar o impacto que isso traria. Hoje, essa atividade não só fortaleceu nosso vínculo, mas também envolveu toda a família, incluindo Laura, sua irmã, e Josiane, sua mãe, abrindo portas para um aprendizado lúdico.
Neste fim de semana, tivemos uma experiência especial. Visitamos o SESC para conhecer um grupo coordenado pelo Rogério Cabanelas, da Emporium Nerds. Ele organiza encontros que incluem torneios oficiais, momentos de confraternização e trocas de ideias entre colecionadores e jogadores de Pokémon. Tudo começou com uma dica do Rex, um colecionador que conhecemos em sua loja no Via Verde Shopping. Decidimos conferir de perto.
Lá, encontramos uma comunidade ativa e acolhedora. Adultos e crianças compartilhavam o mesmo interesse pelas cartas, pelo jogo e pela troca de experiências. O mais surpreendente, no entanto, foi perceber como o jogo de cartas Pokémon vai além da diversão. Ele promove o desenvolvimento de habilidades como leitura, interpretação, estratégia e até matemática, de forma leve e lúdica. Ver meu filho aprendendo e se divertindo foi especial.
Para mim, que estou chegando aos 55 anos, essa experiência foi muito mais do que acompanhar João. Foi também uma oportunidade de inclusão. Juntos, aprendemos e nos conectamos ainda mais. Além disso, conhecemos uma iniciativa que merece destaque: Rogério me contou que estão trabalhando para ampliar esses encontros, inicialmente para alunos do SESC, com o objetivo de levar a ideia também para escolas públicas. Essa é uma ação que pode transformar o aprendizado de muitas crianças.
Ao final do encontro, levei não apenas a satisfação de João ao trocar cartas, fazer novos colegas e jogar, mas também uma reflexão poderosa sobre como o Pokémon, algo que começou apenas como um hobby, pode ser um meio incrível de desenvolvimento intelectual, social e emocional. Ver meu filho crescer, aprender estratégias, interpretar informações e se conectar com outros, tudo em um ambiente acolhedor, foi uma experiência enriquecedora e surpreendente. Nunca imaginei que um simples jogo de cartas pudesse abrir tanto espaço para o aprendizado e o crescimento pessoal.
João e ‘Professor Rogério’ em uma partida cheia de ensinamentos e surpresas. No final, João venceu! Claro, com toda força e carinho do mestre Cabanelas.
Deixo aqui meu agradecimento ao Rogério Cabanelas, pelo acolhimento, a super dica do Rex e a toda a turma que torna esses momentos possíveis. Espero que essa iniciativa ganhe ainda mais força, levando o aprendizado lúdico e a inclusão para muitas outras crianças e famílias. Se você chegou até aqui lendo este texto, acredite: essa é uma maneira divertida e envolvente de se conectar com seus filhos e aprender juntos. Fica a nossa dica: vale muito a pena explorar o mundo Pokémon. Você pode descobrir aprendizados e experiências que vão além do jogo em si.
Alexandre N Nobre – Jornalista-ADM/Marketing. Diretor, consultor de comunicação e marketing, Pós graduado em Comunicação Digital pela FASB e MBA pela Gama Filho, RP/MTE nº 0000218AC .
No dia 6 de setembro, Rio Branco receberá o evento Samba de Mariá, iniciativa do grupo cultural Alagbe Okan que reunirá música, tradições afro-brasileiras e manifestações de ancestralidade. A atividade acontecerá a partir das 20h, no estacionamento do Casarão, no centro da capital, com expectativa de público em torno de 500 pessoas.
A programação terá como destaque a apresentação do cantor Bruno Damasceno, que levará ao palco um repertório de samba durante três horas. Já na virada para a meia-noite, o grupo anfitrião apresentará pontos de Umbanda, exaltando referências espirituais de matriz africana. O encontro também contará com barracas de comidas típicas, artesanato e um espaço voltado à valorização da cultura afro-brasileira no Acre.
Segundo os organizadores, a proposta é reafirmar o papel das expressões culturais como instrumentos de resistência e de fortalecimento comunitário. “O Samba de Mariá é um espaço de encontro entre fé, música e identidade. Queremos mostrar que nossas tradições seguem vivas e têm muito a contribuir para a construção de respeito à diversidade”, destacou a coordenação do grupo Alagbe Okan.
A homenagem a entidades femininas, como Maria Padilha, reforça a centralidade da espiritualidade no evento. Para o grupo, a iniciativa é uma forma de aproximar a sociedade das manifestações que estruturam a herança africana no Brasil. O público poderá acompanhar detalhes da programação pelo perfil oficial do coletivo no Instagram (@alagbeokan).
A exposição Amazônias, em cartaz no Museu das Confluências, em Lyon, até fevereiro de 2026, reúne objetos, registros audiovisuais e experiências produzidas em parceria com povos da floresta. Entre eles estão os Ashaninka, do Acre, que participaram ativamente da construção da mostra e trouxeram suas narrativas e memórias para o espaço cultural europeu.
A curadora Marie-Paule Imberti, responsável pelas coleções das Américas do museu, iniciou o trabalho em 2018 com expedições de campo que resultaram na aquisição de cerca de 500 peças, das quais 220 estão expostas. Em 2019, a equipe esteve na comunidade Ashaninka, na fronteira do Acre com o Peru, em missão acompanhada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Durante a programação, lideranças indígenas destacaram a importância de romper estereótipos e garantir que a floresta fosse mostrada de forma dinâmica. Shatsi Piyãko, representante Ashaninka, afirmou: “No começo, temi que a exposição se transformasse em um cemitério do nosso povo, mas encontrei um olhar vivo no trabalho do museu”.
A iniciativa integra a Temporada França-Brasil 2025 e promove também debates sobre ecologia, apresentações culturais e atividades educativas. Além dos Ashaninka, a mostra foi construída em parceria com os Mebêngôkre (Kayapó), os Wayana e os Aparai. O objetivo central é apresentar a diversidade cultural da Amazônia sob a perspectiva de seus povos, evidenciando que essas comunidades mantêm vivas suas tradições ao mesmo tempo em que dialogam com desafios contemporâneos, reafirmando sua voz em questões de identidade, território e meio ambiente
O município de Feijó, no Acre, realiza desde a última quinta-feira (14) a 26ª edição do Festival do Açaí, evento que se consolidou como um dos principais marcos culturais e econômicos do estado. A programação segue até domingo (17) e inclui shows nacionais, apresentações regionais, concursos culturais e iniciativas voltadas ao fortalecimento da economia local.
Abertura e grandes atrações
A abertura oficial ocorreu na quinta-feira (14), com o cantor Dilsinho, que retornou ao Acre após oito anos e reuniu grande público no Parque de Exposições. Na sexta-feira (15), o destaque foi o show de Lucas Lucco, atração que movimentou cerca de 20 mil pessoas e teve transmissão ao vivo pela internet.
Neste sábado (16), a programação concentra dois dos momentos mais aguardados: a escolha da Garota Açaí, concurso tradicional que valoriza a juventude local, e o show da Banda Magníficos, referência do forró nacional. Antes da atração principal, artistas acreanos como Edu Kasseb e Sandra Melo se apresentam no palco principal.
O encerramento no domingo (17) terá novas atividades culturais e a continuidade do Festival de Praia, que ocorre paralelamente às atrações musicais.
Concurso Garota Açaí
Cinco jovens concorrem ao título de Garota Açaí 2025: Jeiele Victoria, Sayane Lima, Paula Silva, Eduarda Souza e Ludmila Lima. O desfile está programado para a noite deste sábado, e a vencedora receberá premiação em dinheiro, que em edições anteriores chegou a R$ 15 mil.
Economia e negócios
Além do aspecto cultural, a festa ganhou relevância como espaço de geração de oportunidades. O governo do Acre e a Prefeitura de Feijó estruturaram o “Espaço Indústria e Tecnologia”, voltado para exposições, capacitações e promoção de produtos locais. Segundo o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanípal Mesquita, a iniciativa busca transformar a tradição do festival em ambiente de negócios que fortaleça a economia regional. O prefeito Railson Ferreira destacou que o modelo amplia a geração de emprego e renda no município.
O Sebrae também participa ativamente, com ações que potencializam o comércio e valorizam a cadeia produtiva do açaí. A instituição estima movimentação financeira de até R$ 12 milhões durante os quatro dias, reforçada pela promoção do açaí de Feijó com selo de Indicação Geográfica, concedido pelo INPI em 2023.
Importância regional
O Festival do Açaí é reconhecido como uma das maiores expressões culturais do Acre, reunindo turismo, música e negócios em um único espaço. A edição de 2025 reafirma esse papel, ao mesmo tempo em que amplia seu alcance econômico e cultural, projetando Feijó como referência na valorização do açaí e no fortalecimento da economia criativa da região.