Após o governo do Acre decretar situação de emergência devido ao aumento de números de casos de síndromes febris ocasionadas pelas arboviroses e da superlotação das unidades de saúde do Estado, o secretário da pasta, Pedro Pascoal, orientou a população e prestou esclarecimentos sobre as medidas tomadas pelo poder público para amenizar os impactos. Entre elas, estão planos de ação direcionados ao combate e uma possível prioridade na vacinação contra a dengue no estado, que tem previsão para começar em março.
O decreto nº 11.396, que estabeleceu situação de anormalidade, foi publicado na última sexta-feira, 5, em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE). Nele, o governo justifica, em números, a necessidade de manter essa deliberação válida por 90 dias.
Entre as síndromes que elevam a demanda nas unidades de saúde estão dengue, zika e chikungunya. O secretário esclareceu que o decreto é uma forma de planejar, alinhar e reforçar as ações de combate em todo o estado.
O decreto também serve, segundo o secretário, para alertar o Ministério da Saúde de que os casos aumentaram de forma significativa. “Esse decreto foi publicado para que fosse desenhado um plano de ação que já está pronto, com orientações a cada nível de gestão, municipal, estadual e da União. Com isso, queremos também garantir repasses mais efetivos”, destacou.
O atendimento diário tem sido de mais de 600 pessoas só com essas síndromes nas unidades de pronto atendimento, que são gerenciadas pelo Estado.
O secretário aproveitou para reforçar que os atendimentos não graves das síndromes podem ser atendidos em postos de saúde e unidades da rede municipal. Essa é uma consciência que a população deve ter para evitar a superlotação nas unidades de saúde do Estado e Pronto-Socorro.
Nas unidades de referência em atenção primária (Uraps) devem ser atendidos pacientes com febre, dor no corpo e dor de cabeça, sem sinais de gravidade do quadro.
Nas unidades de pronto atendimento (UPAs), devem se concentrar os pacientes com sintomas de diarreia forte, desidratados e que não estão conseguindo fazer suas atividades por conta do quadro clínico.
Já o pronto-socorro deve atender os casos graves da doença, que são os que apresentam sangramentos, principalmente se o diagnóstico for de dengue. Os sinais de alerta são: sangramento na gengiva, nas fezes ou no nariz; dor abdominal intensa e desmaio.
O combate ao mosquito Aedes aegypti, dengue, zika e chikungunya não é um trabalho apenas do poder público. O secretário enfatiza que é necessário que a população tenha a consciência de que é aliada importante para que se reduza o número de casos. “O maior aliado nosso, da saúde, médicos, enfermeiros é a população que está em casa, que precisa verificar se há locais que acumulem água parada, que é onde ocorre a proliferação do mosquito”, lembra.