O governo federal anunciou, no dia 8 de abril, novas medidas para o enfrentamento da dengue em 80 municípios considerados prioritários. As ações incluem a instalação de centros de hidratação, expansão da vacinação, distribuição de equipamentos e capacitação de profissionais da saúde.
A iniciativa tem como foco cidades com alta transmissão ou aumento de casos da doença, além daquelas com mais de 100 mil habitantes. No Acre, os municípios de Rio Branco e Cruzeiro do Sul foram incluídos na lista de prioridade.
Segundo o Ministério da Saúde, os centros de hidratação terão até 100 leitos cada, com possibilidade de instalação em unidades de saúde ou estruturas adaptadas. O investimento previsto é de R$ 300 milhões. A Força Nacional do SUS já iniciou os atendimentos em algumas localidades.
A cobertura vacinal também será ampliada. Dezesseis municípios vão oferecer a vacina da dengue pela primeira vez, entre eles Cruzeiro do Sul. A estratégia inclui busca ativa por pessoas não vacinadas e monitoramento dos estoques.
Além disso, o governo distribuirá 1.260 equipamentos de pulverização de Ultra Baixo Volume (UBV) para ações de bloqueio dos focos do mosquito transmissor. Também será implantado um novo modelo de atendimento com foco na identificação precoce da doença.
A lista de municípios prioritários será atualizada periodicamente, conforme a evolução do cenário epidemiológico. A medida integra um conjunto de ações que também prevê novas diretrizes nacionais para prevenção e controle das arboviroses.
No Acre, as cidades incluídas são:
- Rio Branco, com taxa de 360,5 casos por 100 mil habitantes.
- Cruzeiro do Sul, com taxa de 148,5 casos por 100 mil habitantes.
Esses dados colocam os dois municípios entre os 80 com maior pressão sobre o sistema de saúde, segundo o Ministério da Saúde.
A campanha nacional de combate à dengue será lançada até o fim de abril e deve abranger 100% dos estados, com foco em atingir 80% da população. Além disso, serão abertas 50 mil vagas em cursos da Universidade Aberta do SUS para formação de profissionais.
O governo também criará um comitê permanente de mobilização contra a dengue, que atuará em conjunto com o Centro de Operações de Emergência em Saúde.