O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) mantém a vigilância ativa contra a raiva dos herbívoros no estado, com foco em monitoramento, vacinação e orientação a produtores. Em 2025, foram confirmados quatro casos em bovinos, todos no Vale do Juruá, sem novos registros recentes em outras regiões.
A raiva dos herbívoros é uma zoonose de alta letalidade, associada principalmente a morcegos hematófagos e que atinge bovinos, equinos e outros animais de criação. No Acre, o trabalho é executado no âmbito do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH), que prevê vacinação obrigatória em áreas de risco ou com histórico da doença e acompanhamento sistemático de propriedades com animais suscetíveis.
Diante de suspeita clínica, equipes de médicos-veterinários e técnicos do Idaf vão ao local para captura e controle de morcegos hematófagos, coleta de amostras, exames laboratoriais em animais com sinais neurológicos e notificação epidemiológica à Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Em casos confirmados, é realizado o bloqueio de foco.
Segundo a coordenação do PECRH no Idaf, o esforço é contínuo para evitar o surgimento de novos focos. A orientação aos produtores inclui manter a vacinação em dia, isolar animais com alteração de comportamento, salivação excessiva ou sintomas neurológicos e comunicar imediatamente suspeitas às unidades municipais do Idaf.
Além das ações técnicas, o instituto promove educação em saúde em escolas, comunidades rurais e indígenas, reuniões com gestores municipais e representantes de casas agropecuárias, e realiza entrevistas em rádios e TVs locais para ampliar a circulação de informações de prevenção.
Em setembro, o Idaf realizará a Caravana da Raiva e Brucelose em Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, com atividades de orientação a produtores, trabalhadores do campo e profissionais da agropecuária sobre medidas de prevenção, notificação e controle das duas doenças.