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Liderança indígena acreana é destaque em livro entregue por Lula ao Papa no Vaticano

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Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Vaticano, uma imagem registrada no encontro com o Papa chamou atenção por destacar o cacique acreano Antônio Piyãko, líder do povo Ashaninka da aldeia Apiwtxa, no Acre. A fotografia integra o livro Povos Originários, Guerreiros do Tempo, do repórter fotográfico Ricardo Stuckert, entregue ao Papa durante a reunião entre as duas lideranças.

A obra reúne imagens captadas ao longo de sete anos por Stuckert em diferentes territórios indígenas do Brasil, incluindo comunidades do Acre, Mato Grosso, Bahia, Alagoas e Amazonas. O projeto busca dar visibilidade à história e à resistência dos povos originários e conta com textos de indígenas e antropólogos, entre eles José Pimenta, da Universidade de Brasília. “A importância do livro é de dar visibilidade para esses povos e mostrar suas lutas e a grande capacidade de resiliência”, afirmou Pimenta.

A presença do líder Ashaninka no material entregue ao Papa foi destacada pelo filho Isaac Piyãko, ex-prefeito de Marechal Thaumaturgo e atual coordenador do Dsei Alto Juruá. Em publicação, ele afirmou que a imagem representa “um símbolo das nossas lutas, resistências e esperanças”, lembrando o legado do pai e de outros líderes indígenas que seguem “firmes buscando um futuro melhor para o Acre, para os povos indígenas e para toda a floresta viva”.

A família Piyãko é reconhecida pela atuação na defesa ambiental e na articulação de políticas de proteção aos territórios indígenas. Além de Antônio e Isaac, Francisco Piyãko, também filho do cacique, coordena a Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), fortalecendo a presença política e social dos povos da floresta.

O registro de Antônio Piyãko no livro reforça a mensagem central da obra e da visita presidencial: o reconhecimento do papel dos povos indígenas na preservação da floresta e na construção de um futuro sustentável. A entrega do livro ao Papa simboliza, além de um gesto diplomático, um tributo à resistência e à contribuição dos povos da Amazônia para o Brasil e para o mundo.

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Marcas da Amazônia apresentam biojoias e design sustentável no São Paulo Fashion Week

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Empreendedores da região de Santarém (PA) participam pela primeira vez da principal semana de moda da América Latina, o São Paulo Fashion Week (SPFW), levando produtos desenvolvidos com apoio do Sebrae Nacional. As marcas Nunghara Biojoias, Coomflona, Cuias Aíra, Biojoias Natureza Viva e Trançados do Arapiuns estão presentes na 60ª edição do evento, realizado de 13 a 20 de outubro, em São Paulo, com o objetivo de mostrar como a bioeconomia amazônica pode dialogar com o design e o mercado da moda.

O estande do Sebrae apresenta colares, pulseiras, luminárias, objetos de decoração e móveis produzidos por empreendedores da floresta com base em manejo sustentável e saberes tradicionais. Parte dessas criações também integra a coleção do estilista paulistano Leandro Castro, que desfila nesta quinta-feira (16) no Parque Ibirapuera. O estilista utilizou materiais e acessórios de marcas paraenses a partir do projeto Iconografia Local Bioma Amazônico, desenvolvido pelo Sebrae Nacional.

O projeto é coordenado pelo estilista e pesquisador Walter Rodrigues, que traduziu a iconografia amazônica em referências visuais e cromáticas para orientar o desenvolvimento de produtos e coleções com identidade regional. “Walter levou o Leandro ao território e, a partir do projeto Biomas da Amazônia, chegamos a uma coleção-cápsula da semente saboneteira de macaco, que parece uma pérola. Leandro se encantou”, explicou Natashia Santana, fundadora da Nunghara Biojoias. Ela destaca que sua marca levará uma inovação ao evento: “Descobrimos uma técnica com a casca de cumaru, que nunca havia sido utilizada por nenhuma marca de biojoias. Apresentaremos as primeiras peças com esse material”.

A Coomflona, cooperativa mista da Floresta Nacional do Tapajós com certificação FSC, participa com móveis produzidos a partir do manejo florestal comunitário. “Estamos muito maravilhados com o que está acontecendo”, afirmou Arimar Rodrigues, coordenador da movelaria da cooperativa. Ele destaca que a parceria com o Sebrae tem impactado positivamente o design e a comercialização dos produtos, valorizando a cultura ribeirinha.

A presença amazônica no SPFW reforça o potencial da bioeconomia regional para gerar renda e promover o uso sustentável dos recursos naturais. Para o Sebrae, a iniciativa contribui para ampliar a inserção dos pequenos negócios amazônicos em mercados nacionais e internacionais e fortalecer o reconhecimento do design brasileiro a partir da diversidade de seus biomas.

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Bocalom afirma que inovação e tecnologia definem o futuro de Rio Branco

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O prefeito Tião Bocalom abriu nesta quinta-feira (16) o 2º Festival Internacional TechJovem Amazônia 2025, realizado no Maison Borges, em Rio Branco, destacando que a tecnologia é o eixo central das transformações na educação e na gestão pública do município. O evento, que segue até sexta-feira (17), reúne palestrantes nacionais e internacionais, incluindo representantes de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e apresenta experiências voltadas à inteligência artificial, robótica, sustentabilidade e inovação.

Durante a cerimônia de abertura, Bocalom afirmou que o investimento em tecnologia é a base para formar novas gerações preparadas para os desafios do futuro. “Nós precisamos levar tecnologia pra dentro das nossas escolas. Levamos primeiro o tablet, o notebook do professor, trouxemos depois o Mente Inovadora, que faz as crianças gostarem de matemática e raciocínio lógico, e agora, pra coroar tudo isso, é a robótica”, disse. O prefeito explicou que o programa municipal segue padrões internacionais, com metodologias utilizadas na Alemanha e em Israel, e investimento de aproximadamente R$ 5 milhões financiado pela Prefeitura.

O TechJovem integra diversas secretarias municipais e amplia a abordagem da inovação para outras áreas da administração. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente apresenta ferramentas que unem tecnologia e sustentabilidade, como o Portal de Denúncias Guardião Ambiental, plataforma que permite o registro online de crimes ambientais. Também são exibidas imagens aéreas captadas por drones fornecidos pelo Ministério do Meio Ambiente, usados no monitoramento de áreas de preservação e no combate às queimadas.

No espaço da secretaria, o público participa de experiências imersivas com óculos de realidade virtual, assistindo ao filme Amazônia Viva, produzido pela Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais no Brasil (IRI Brasil). A atividade é uma das ações da Escola de Educação Ambiental do Horto Florestal e busca sensibilizar os visitantes sobre os impactos das queimadas na Amazônia de forma interativa.

Para a secretária municipal de Meio Ambiente, Flaviane Stedille, a presença da pasta no evento reforça a integração entre tecnologia e sustentabilidade. “Ferramentas como os drones, o Portal Guardião Ambiental e o uso da realidade virtual ampliam nossa capacidade de sensibilizar, fiscalizar e agir com eficiência. Estar na Tech Jovem é reafirmar o compromisso da Prefeitura de Rio Branco com uma cidade mais moderna, sustentável e conectada com o futuro”, afirmou.

O festival também mobiliza escolas públicas e privadas da capital e de municípios vizinhos como Capixaba, Senador Guiomard, Acrelândia, Bujari e Porto Acre. Estudantes participam de competições de robótica e oficinas de inovação, inclusive em disputa com equipes internacionais. Bocalom destacou que a iniciativa amplia o acesso ao conhecimento científico e estimula o protagonismo dos jovens. “O futuro é com tecnologia. Até mesmo no campo, os tratores e colheitadeiras já operam sozinhos. As crianças que visitarem o festival vão mudar a cabecinha delas e vão mudar pra melhor”, afirmou.

Ao reunir educação, meio ambiente e tecnologia, o TechJovem se consolida como um espaço de troca entre ciência e gestão pública, promovendo um diálogo entre inovação e sustentabilidade na capital acreana.

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Federação repudia ato de humorista que simulou ritual em Câmara de Sena Madureira

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A Federação das Religiões de Matriz Africana do Acre (Feremaac) divulgou nota pública nesta quarta-feira, 15 de outubro de 2025, manifestando repúdio ao ato de um humorista que, durante sessão na Câmara Municipal de Sena Madureira, utilizou trajes e símbolos religiosos para realizar um suposto “benzimento”. O episódio foi registrado em vídeo e noticiado pela imprensa local, provocando reação da entidade, que classificou o caso como desrespeito e ridicularização de elementos sagrados.

Na nota, a federação afirma que é inaceitável a transformação das figuras do Babalorixá (Pai de Santo) e da Iyalorixá (Mãe de Santo) em objeto de piada ou escárnio público, especialmente em um espaço legislativo. O documento aponta que ações desse tipo configuram racismo religioso e intolerância, reforçando estereótipos negativos e alimentando o preconceito contra as religiões de matriz africana, como Candomblé, Umbanda e Jurema. A Feremaac também caracterizou o ato como violência simbólica, por simular rituais sagrados com o uso de trajes típicos, e desrespeito ao Estado laico, uma vez que a Câmara Municipal deve ser ambiente de respeito às crenças e não palco para manifestações que banalizem símbolos religiosos.

A entidade destacou que as religiões de matriz africana fazem parte do patrimônio cultural e espiritual do Brasil, e que seus líderes dedicam suas vidas à cura, ao acolhimento e à preservação de tradições. “Não somos ‘humor’, ‘piada’ ou ‘fantasia’ para ser usados em esquetes ou manifestações de deboche”, afirma o texto assinado pelo presidente da federação, Pai Célio Gomes.

A Feremaac exige retratação pública do humorista e, se houver participação institucional, também da Câmara de Sena Madureira. Além disso, cobra a adoção de medidas educativas para promover a conscientização sobre o respeito às religiões de matriz africana e o combate ao racismo religioso. A nota conclui conclamando autoridades e órgãos de defesa dos direitos humanos a se posicionarem contra qualquer ato que ridicularize ou agrida lideranças e tradições afro-brasileiras.

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