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Política

Lula lança programa de recuperação de pastagem antes de ir para COP-28

Medida serve para replantio de floresta, cultivo de lavoura e pecuária

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve lançar o programa de recuperação e conversão de pastagens degradadas no dia 22 de novembro em evento no Palácio do Planalto. A data foi mencionada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, esta semana, durante a 6ª edição do Fórum Brasil de Investimento 2023 (BIF 23), no Palácio Itamaraty, em Brasília.  

A pretensão do governo é regenerar até 40 milhões de hectares de pastagens em um período entre 10 e 15 anos. A área equivale a 40 milhões de estádios de futebol. “Vamos incorporar mais 40 milhões de hectares ao sistema produtivo usando áreas de pastagens degradadas. Áreas que estão no sistema produtivo já antropizado, mas que não rendem aquilo que deveriam render, mas têm um bom perfil”, disse Fávaro no evento. 

O ministro calcula que a incorporação das áreas degradadas exigirá investimentos. “Se o custo médio de investimento com equipamentos, armazéns, máquinas, precisa-se de US$ 3 mil por hectare, nós estamos falando de US$ 120 bilhões. Por isso, é importante que fundos privados participem e aceleremos os projetos para obtermos ganhos de oportunidades.” 

Na avaliação de Fávaro, o papel do governo com o programa será de “oferecer oportunidades de financiamentos pelo BNDES e pelo Banco do Brasil, instituições com capilaridade no agronegócio que podem financiar o manejo ao pequeno e médio produtor.” Carlos Fávaro, no entanto, não descarta instituições financeiras particulares. “Também estamos abertos a outros bancos privados para o financiamento.” 

“Por ora, nós vamos regulamentar, e o presidente falará disso no dia 22, no Palácio do Planalto, às 10h, dizendo qual o papel do governo, ou seja, a institucionalidade de boas práticas no agro, buscando a certificação e as boas práticas no mercado de carbono”, adiantou o ministro. 

Total de áreas

Conforme dados da Embrapa, a área de pastagens naturais e plantadas no Brasil soma cerca de 160 milhões de hectares. Desse total, 58 milhões de hectares são considerados em “boas condições para cultivo”, 66 milhões de qualidade “intermediária” e 35 milhões “em degradação severa”.  

A degradação dos solos acontece por causa da atividade humana e da ação natural. “Nós estamos em um ambiente de clima tropical. Temos chuvas bastante intensas”, pontua Marcelo Morandi, chefe da Assessoria Internacional da Embrapa. “Obviamente, que a atividade humana sobre essas áreas, se não for muito bem cuidada, ou se tiver algum evento extremo associado a um manejo não adequado, tem uma tendência de haver degradação”, explica. Em alguns terrenos, conforme declividade, pode ocorrer erosão. 

A recuperação de pastagens serve para replantio de florestas, cultivo de lavouras e exploração da pecuária. No caso da criação de gado, a regeneração do solo permite o crescimento de capim de maior qualidade e de forma mais rápida. Mais animais podem pastar na área. O tempo de engorda do boi se acelera e o volume de carne obtido aumenta por hectare. A produtividade cresce sem exigir mais desmatamento. 

COP 28

O lançamento antecede a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), prevista para ocorrer em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro. O presidente Lula deverá participar da COP nos dias 1 e 2 de dezembro, durante a reunião de cúpula com 140 chefes de Estado e de governo. 

O Brasil terá uma delegação em torno 1,5 mil participantes da sociedade civil, de empresas privadas, do Congresso Nacional, de governos estaduais e do governo federal. Além do presidente e do ministro da Agricultura e Pecuária, deverão participar da conferência os titulares das pastas da Fazenda, Meio Ambiente e Mudança do Clima, Relações Exteriores, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Saúde, Minas e Energia e Cidades. 

A recuperação de pastagens será tema de painel no Pavilhão Brasil na COP 28. No total, deverão ocorrer 120 painéis promovidos pelo governo, sociedade civil e iniciativa privada. A regeneração de terras é uma das estratégias contidas no Plano de Transformação Ecológica, considerada pelo governo como uma das vitrines que o Brasil deverá exibir para a comunidade ambientalista internacional.  

A Embrapa desenvolve tecnologias para a recuperação e conversão de pastagens desde 2010, quando a estatal iniciou o Plano ABC para agricultura de baixo carbono. 

A COP 28 deverá fazer um balanço da implementação do Acordo de Paris (2015) no relatório chamado Global Stocktake (GST). Segundo briefing feito pelo Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima com jornalistas em Brasília na última quarta-feira, o Brasil deverá reforçar o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. 

Por Gilberto Costa – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Foto: Marilei Aberte

Política

Superintendente do DNIT responde críticas e defende ações emergenciais na BR-364

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Durante a Caravana da BR-364, realizada na última quarta-feira (5), o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, Ricardo Araújo, rebateu críticas sobre a qualidade das obras emergenciais executadas na rodovia federal. Em um discurso enfático, Araújo defendeu o trabalho da equipe técnica e reafirmou que as intervenções paliativas são essenciais para garantir a trafegabilidade e a segurança da população que depende da estrada.

“Não está mal fiscalizada. Eu, o corpo técnico do DNIT nacional, já disse: essa é uma rodovia que deveria esperar a reconstrução e cruzar os braços. Mas como disse, muitos deputados federais foram lá dizer que estávamos enxugando gelo. Mas gelo pra quê? Pra que a gente tenha tráfego nessa estrada, pra que tenha qualidade de vida para quem está usando”, declarou.

Segundo o superintendente, o ideal seria aguardar o início da reconstrução definitiva da BR-364 — prevista para ser licitada a partir de setembro de 2025 —, mas isso significaria deixar dezenas de milhares de acreanos isolados. “Se não fizermos esse trabalho de agora, não tem como esperar mais dois, três anos para chegar com obra estruturante. As pessoas precisam da estrada funcionando hoje”, afirmou.

Ricardo Araújo também criticou o abandono da rodovia em anos anteriores, especialmente durante o governo federal anterior. Ele relembrou que, entre 2019 e 2022, os recursos foram insuficientes para manter o mínimo da malha rodoviária no estado. “Nos deixaram com os piores contratos. A empresa nem era de conservação, era um tapa-buraco precário com brita e argila. Não se pode comparar com o que estamos fazendo agora com macadame”, disse .

Durante a apresentação dos trechos com a técnica de macadame hidráulico, Araújo destacou que o novo método, apesar de mais caro e complexo, garante durabilidade e eficiência. “A água não pode ficar embaixo da rodovia. É por isso que a gente está usando macadame. A pedra se acomoda, compacta e vira quase uma rocha de novo. Esse pavimento resiste a anos de tráfego pesado sem manutenção constante”, explicou.

Questionado sobre os custos, o superintendente disse que os investimentos emergenciais são proporcionais à importância estratégica da rodovia. “Essa estrada não é viável economicamente, mas é socialmente essencial. Por isso, o governo federal atual está tratando a BR-364 como prioridade, coisa que não aconteceu nos últimos anos”, reforçou.

O DNIT estima aplicar ainda em 2025 cerca de 80 quilômetros de macadame, ao mesmo tempo em que conclui os projetos executivos para a reconstrução completa da rodovia, especialmente no trecho entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.

“Estamos correndo contra o tempo, mas com base técnica e responsabilidade. Quem critica sem conhecer o que foi feito nos últimos dois anos, ignora o colapso que herdamos”, concluiu Araújo.

Com informações do AC24h

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Política

Tem início Caravana que percorre BR-364 para verificar condições da rodovia no Acre

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A caravana parlamentar que percorre a BR-364 teve início nesta quarta-feira (5), em um esforço conjunto para observar de perto as condições da principal rodovia federal que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul. A iniciativa foi liderada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Nicolau Júnior (PP), com a participação de 20 deputados estaduais, parlamentares federais, senadores e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O primeiro trecho percorrido foi entre Rio Branco e Sena Madureira. Durante a inspeção, os parlamentares constataram diversos pontos críticos, como a ponte metálica de Sena Madureira e a travessia improvisada no rio Caeté. Segundo Nicolau Júnior, a presença da comitiva é uma forma de cobrar soluções imediatas. “Essa união é importante para buscarmos uma BR melhor. Estamos percorrendo esse trajeto como a população faz diariamente, enfrentando trechos em situação precária. O Dnit já iniciou intervenções emergenciais, mas é preciso garantir recursos e continuidade das obras”, disse o deputado.

O superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, acompanhou a caravana e explicou que o tráfego no trecho da ponte de Sena está sendo controlado com passagem alternada de veículos. Ele detalhou os trabalhos emergenciais já realizados e os planos para recuperar o trecho com uso de macadame hidráulico, solução considerada mais resistente para o tipo de solo da região.

O senador Sérgio Petecão (PSD) elogiou a mobilização. “Essa estrada é diferente de qualquer outra. Aqui, as condições logísticas são muito mais difíceis. O governo federal precisa entender que o tratamento para a BR-364 tem que ser diferenciado”, declarou.

O deputado federal Zezinho Barbary (PP) afirmou que irá destinar parte de suas emendas parlamentares para a BR-364 e destacou a necessidade de mobilizar toda a bancada federal. “Essa rodovia é vital para o abastecimento do Juruá. Muitos municípios estão isolados por falta de estrada. Precisamos garantir uma estrutura de qualidade que respeite o direito de ir e vir da população”, disse.

Durante a caravana, o presidente da Comissão de Transporte da Aleac, deputado André Vale (Podemos), ressaltou que é urgente transformar as reivindicações em ações práticas. Ele defendeu uma força-tarefa entre governo federal, Dnit e parlamentares. “Somente com orçamento e compromisso político será possível iniciar a reconstrução de fato da BR-364”, afirmou.

A caravana continuará nos próximos dias em direção a Cruzeiro do Sul, percorrendo os 600 quilômetros da rodovia e fazendo paradas nos principais pontos críticos. O objetivo é reunir informações técnicas e políticas para compor uma nova rodada de negociações com o Ministério dos Transportes e o Dnit nacional.

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Política

Gladson Cameli confirma apoio a Mailza Assis e revela planos para 2026

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Durante entrevista publicada nesta terça-feira (3) no Blog do Crica, no site AC24Horas, o governador Gladson Cameli (PP) declarou publicamente que será o responsável por conduzir, no Acre, a articulação política da federação formada entre o Progressistas (PP) e o União Brasil. Segundo o governador, o convite partiu do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira.

Cameli afirmou que sua candidata ao governo em 2026 será a atual vice-governadora Mailza Assis (PP). “É natural que seja ela, é quem estará no governo em abril do próximo ano, quando eu me afastar para disputar o Senado”, declarou. Ele também descartou que o deputado estadual Nicolau Júnior (PP) seja uma alternativa para a candidatura: “O Nicolau está tratando da sua reeleição”.

Segundo Cameli, a campanha de 2026 já foi antecipada, e ele pretende se engajar diretamente na candidatura de Mailza.

Nome para o Senado e articulações

O governador disse que ainda não definiu com quem fará dobradinha para o Senado, mas descartou qualquer possibilidade de aliança com o ex-senador Jorge Viana (PT). “Esse, nem falo em possibilidade de aliança, porque ele vive no céu e eu na terra”, afirmou.

Cameli também comentou possíveis candidaturas dentro do seu governo. Sinalizou que o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, pode disputar uma vaga de deputado federal. Sobre o secretário Aberson Carvalho, respondeu com ironia: “Nisso não me meto, ele tem que se entender com a Socorro (deputada federal)”.

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