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Cultura

TRZ Crew ministra oficina de grafite na comunidade do São Francisco; inscrições abertas

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Iniciaram na última quinta-feira (9), e se estendem até a próxima segunda-feira (20), as inscrições para a oficina de grafite para moradores das comunidades de São Francisco e bairros adjacentes, como Vitória, Chico Mendes e Eldorado, em Rio Branco. O curso vai ser ministrado por jovens da TRZ Crew Grafite e Arte, em parceria com a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte do Acre (SEE), por meio do Departamento de Juventude. Ao todo foram disponibilizadas 25 vagas. 

A oficina terá três áreas de atuação: o grafite propriamente dito, a poesia e a comunicação alternativa. Também haverá a produção de conteúdos para as redes sociais e o Slam, que é um campeonato de poesia falada.

O chefe do Departamento de Juventude da SEE, Davi Oliveira, agradeceu a importante parceria. “Queremos fazer um agradecimento todo especial à Secretaria de Educação que acreditou nesse sonho de realizar a oficina, concretizando essa importante parceria e contribuindo com o desenvolvimento social e cultural da periferia da nossa cidade”.

Com informações da Assessoria

Cultura

Haru Kuntanawa pede reparação e demarcação do território após genocídio de seu povo

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O líder indígena Haru Kuntanawa atua na linha de frente da luta pelos direitos do povo Kuntanawa, grupo originário da região do Alto Juruá, na fronteira entre Brasil e Peru, no Acre. “Eu sou neto de anciões que testemunharam a violência. A gente está aqui porque sobreviveu a um genocídio”, afirma Haru, ao relembrar a dizimação de dezenas de aldeias durante o primeiro ciclo da borracha, entre 1877 e 1910.

Segundo Haru, os Kuntanawa foram capturados, escravizados e exterminados. Apenas uma aldeia restou, sob domínio de seringalistas. “Por muito tempo nosso povo nem foi reconhecido como indígena”, relata. Esse cenário começou a mudar somente cerca de 80 anos após o genocídio, com a criação da Reserva Extrativista do Juruá.

Mesmo com esse avanço, o povo Kuntanawa ainda não teve seu território demarcado. “Sem terra demarcada, não temos educação nem saúde diferenciada. Nossos jovens enfrentam discriminação nas escolas, vindas até de professores”, diz Haru. Ele afirma que a luta pela demarcação já dura 25 anos e lembra que, mesmo com uma decisão do Ministério Público Federal de 2018 determinando o reconhecimento do território, o processo não foi concluído.

A reivindicação dos Kuntanawa vai além da demarcação. Através da Associação Sócio Cultural e Ambiental Kuntanawa (ASCAK) e da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), lideradas por Haru, as comunidades estão organizando uma comissão de justiça para documentar os danos sofridos durante o genocídio. “Queremos envolver todo o Estado brasileiro, para que possamos medir todos os impactos da violência”, explica.

O objetivo é elaborar um relatório que sirva de base para reivindicar reparações. “A gente quer mais do que nosso território de volta. A gente quer toda a cultura que nos foi retirada”, afirma Haru. Para ele, esse processo pode marcar um novo capítulo na política indígena brasileira.

Com informações de Ipam

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Cultura

Espetáculo sobre Lima Barreto chega ao Acre pela primeira vez

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O Circuito FUNARTE de Teatro Myriam Muniz 2023, em parceria com o Ministério da Cultura, realiza no dia 11 de abril o espetáculo Traga-me a cabeça, de Lima Barreto, encenado pelo ator Hilton Cobra, da Cia dos Comuns. A apresentação será na Usina de Arte João Donato, com sessões às 14h, voltada para estudantes, e às 19h30, aberta ao público geral.

O espetáculo tem texto do dramaturgo Luiz Marfuz, direção de Onisajé (Fernanda Júlia) e foi criado em homenagem aos 40 anos de carreira do ator Hilton Cobra. A peça já foi apresentada em mais de 140 cidades, alcançando cerca de 35 mil espectadores em 19 estados.

A montagem apresenta uma leitura cênica da trajetória do escritor Lima Barreto, com destaque para aspectos de sua produção literária e contexto histórico. É a primeira vez que o espetáculo é apresentado no Acre.

Os ingressos custam R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 10 (promocional), com vendas pela plataforma Sympla (link aqui). As vagas são limitadas. Informações podem ser obtidas pelo número (68) 99990-5292 com Camila Cabeça.

A realização no Acre conta com apoio da Fundação Elias Mansour, Usina de Arte João Donato, Contil Net, Top Mídia, Produtos Maya e Movimento Negro Unificado (MNU).

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Cultura

Povos indígenas do Acre participam do Acampamento Terra Livre e reforçam articulação transfronteiriça

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Brasília – Povos indígenas do Acre marcaram presença na 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), realizado de 7 a 11 de abril de 2025, em Brasília. Delegações de diversas etnias do estado participaram de plenárias, marchas e debates com foco na defesa de direitos constitucionais e na articulação com povos de outras regiões da Amazônia, inclusive de países vizinhos.

Uma das participações de destaque foi a da Comissão Transfronteiriça Juruá-Yurua/Alto Tamaya, composta por representantes do Brasil e do Peru. A comissão utilizou a tenda da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) para realizar um debate sobre as fronteiras amazônicas. Durante a atividade, foram apresentadas ações, lutas e reivindicações, com ênfase na importância da coordenação entre povos que vivem em territórios divididos por fronteiras internacionais, mas que compartilham modos de vida, saberes e desafios comuns.

Em outro momento, representantes de povos do Acre participaram da marcha da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) até o Congresso Nacional, realizada na terça-feira (8). Com o lema “Nosso Futuro não está à venda”, a manifestação reivindicou a garantia de direitos territoriais e denunciou ameaças como o marco temporal e projetos de lei que impactam diretamente as comunidades indígenas.

Durante a programação do ATL, lideranças indígenas acreanas também estiveram presentes nas plenárias sobre transição energética, mudanças climáticas e participação indígena na COP 30, que acontecerá em novembro, em Belém (PA). A questão ambiental e a proteção dos territórios tradicionais foram temas centrais nos debates.

A delegação do Acre levou à capital federal manifestações culturais, como danças e cantos, reafirmando a identidade dos povos originários do estado. Um dos registros compartilhados nas redes sociais destacou a entrada coletiva das lideranças indígenas acreanas no ATL, com o texto: “A força do Acre ecoa no maior movimento indígena do Brasil”.

A participação no ATL 2025 se insere no contexto do Abril Indígena, período em que os povos indígenas reforçam a visibilidade de suas pautas históricas, como a demarcação de terras, a educação diferenciada e o fortalecimento da saúde indígena. Este ano, os debates se concentraram na efetivação do artigo 231 da Constituição Federal, que reconhece os direitos dos povos indígenas sobre suas terras tradicionais.

A articulação promovida no ATL também teve apoio institucional. O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) instalou uma tenda de Ouvidoria no evento, com o objetivo de ouvir demandas, prestar esclarecimentos e promover a participação social.

A 21ª edição do ATL reuniu cerca de oito mil indígenas de todas as regiões do país e celebrou os 20 anos da Apib. O evento se consolidou como o maior espaço de mobilização indígena do Brasil e reafirmou a resistência dos povos originários diante de ameaças legislativas, socioambientais e culturais.

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