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21 Dias de Ativismo: Juntos por um mundo sem violência contra mulheres

No Acre, existem 9,3 mil casos judiciais envolvendo mulheres aguardando julgamento, incluindo 57 de feminicídio. Em Rio Branco, são 6,7 mil processos em espera, enquanto em Cruzeiro do Sul há 1,1 mil casos pendentes no Judiciário. Além de políticas, precisamos focar em educar e mudar mentalidades.

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À medida que o mundo se volta mais uma vez para os “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, somos confrontados com a angustiante persistência de uma realidade sombria e urgente. Esses dias, que se estendem do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres até o Dia Internacional dos Direitos Humanos, representam não apenas uma campanha anual, mas um clamor contínuo por justiça, dignidade e segurança para todas as mulheres e meninas em todo o mundo.

Os números não mentem. A cada quatro horas, uma mulher é vítima de violência no Brasil. Em 2022, 1.437 mulheres perderam suas vidas para o feminicídio, e chocantes 61,1% delas eram mulheres negras. Esses dados, frios e cruéis por si só, revelam não apenas uma estatística, mas vidas dilaceradas, sonhos interrompidos e comunidades afetadas pela brutalidade e pela dor.

É fundamental compreender a complexidade desse cenário. Por trás desses números, estão narrativas que vão muito além do âmbito estatístico. Mulheres negras, especialmente, carregam um fardo desproporcional, sofrendo não apenas com a violência física, mas também com a interseção de discriminação racial, econômica e de gênero. Mais de 31% das agressões têm como perpetradores ex-parceiros, expondo a crua realidade da violência doméstica, um flagelo enraizado na intimidade dos lares.

É crucial ressaltar que esses números são mais do que estatísticas. São retratos de vidas dilaceradas, histórias de sobrevivência e resiliência em face do indescritível. São traumas que ecoam por gerações, deixando marcas profundas nas vítimas e em suas comunidades.

A campanha deste ano, entretanto, não é apenas um lembrete dos desafios inegáveis que enfrentamos, mas também um chamado à ação e reflexão coletiva. Iniciativa como o programa Comv-vida, lançado em 2022, pelo Tribunal de Justiça do Acre, representa um passo crucial na direção certa, oferecendo apoio multidisciplinar e recursos vitais para as vítimas. O programa, se destaca como um farol de esperança para as vítimas. Ele foi concebido com o propósito fundamental de oferecer uma acolhida humanizada e dedicar um espaço exclusivo para mulheres vítimas de violência doméstica, reconhecendo a necessidade urgente de apoio e proteção a essas pessoas em situações vulneráveis.

No Acre, existem 9,3 mil casos judiciais envolvendo mulheres aguardando julgamento, incluindo 57 de feminicídio. Em Rio Branco, são 6,7 mil processos em espera, enquanto em Cruzeiro do Sul há 1,1 mil casos pendentes no Judiciário. Esses números chamam a atenção para um problema sério. É essencial que avancemos além das políticas e programas. Educação, conscientização e mudança cultural são pilares fundamentais para transformar essa realidade. A conscientização sobre os direitos das mulheres vítimas de violência é essencial, mas é igualmente crucial que essa conscientização se traduza em mudanças sistêmicas e atitudes cotidianas.

Assim, devemos nos questionar: Qual é o nosso papel? Como indivíduos e como sociedade, que medidas estamos tomando para desafiar e transformar as estruturas que perpetuam a violência? Como podemos construir uma cultura de respeito, igualdade e proteção para todas as mulheres, independentemente de sua origem ou condição?

As respostas a essas perguntas não são simples, mas a mudança começa com a ação, por mais pequena que seja. Cada passo em direção a uma sociedade mais justa e segura para todas as mulheres é um avanço significativo.

Neste período de 16 dias, peço a todos a refletirem sobre o impacto devastador da violência contra as mulheres e a se comprometerem com ações tangíveis. É uma caminhada em direção a um futuro onde todas as mulheres possam viver sem medo, onde suas vozes sejam ouvidas e respeitadas, e onde a violência não encontre espaço para prosperar.

Estamos em um momento decisivo, onde a inação não é uma opção. É hora de transformar a indignação em ação, para que possamos construir um mundo onde a violência contra as mulheres não seja mais uma triste realidade, mas sim uma memória distante.

Fontes:

– Rede de Observatórios da Segurança
– Fórum Brasileiro de Segurança Pública
– Instituto de Liderança Global das Mulheres
– Centro para Liderança Global das Mulheres
– Relatório “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil, 4ª edição – 2023”
– Programa Comv-vida – Tribunal de Justiça do Acre

Foto: Sérgio Vale / Vale Comunicação

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TJAC amplia vagas e prorroga inscrições para casamento coletivo na Expoacre Juruá 2025

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O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) ampliou para 500 o número de vagas e prorrogou as inscrições para o casamento coletivo gratuito que será realizado durante a Expoacre Juruá 2025, em Cruzeiro do Sul. A cerimônia está marcada para o dia 6 de julho, às 17h, na Arena do Juruá, integrando a programação oficial do evento.

A iniciativa faz parte do Projeto Cidadão, que celebra 30 anos de atuação no Acre, promovendo cidadania e inclusão social por meio da regularização civil de casais.

Inicialmente, estavam previstas 300 vagas, mas o aumento na procura levou à ampliação. O prazo de inscrição, que terminaria em 20 de junho, foi prorrogado por tempo determinado. A nova data será divulgada nos próximos dias pelo Tribunal.

A triagem dos casais interessados será realizada nos dias 24 e 25 de junho, das 8h às 14h, no auditório da Escola Comandante Braz de Aguiar, em Cruzeiro do Sul.

O evento é promovido pelo TJAC em parceria com a Prefeitura de Cruzeiro do Sul e o Cartório de Protesto do município.

Documentação necessária

A participação é gratuita, mas exige a apresentação de documentos, conforme o estado civil dos noivos:

  • Solteiros: certidão de nascimento (original, sem rasuras), RG, CPF e comprovante de endereço (original e cópia).
  • Divorciados: certidão de casamento com averbação do divórcio, sentença da partilha de bens, RG, CPF e comprovante de endereço (original e cópia).
  • Menores de 16 a 18 anos incompletos: certidão de nascimento, RG, CPF, comprovante de endereço e presença dos pais com documentos ou autorização legal.

As certidões devem ter sido emitidas nos últimos seis meses.

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Governo do Acre lança 20ª Edição da Expoacre Juruá em Cruzeiro do Sul

Feira será realizada entre os dias 1º e 6 de julho e reunirá produtores, empresários, artistas e visitantes de diversas regiões do país

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O governo do Acre lançou oficialmente, no sábado (21), a 20ª edição da Expoacre Juruá. A solenidade de apresentação ocorreu no hall de entrada do estádio Arena do Juruá, em Cruzeiro do Sul, com a presença do governador Gladson Cameli, secretários de Estado, deputados, empresários, lideranças locais e parceiros da organização do evento.

A feira está marcada para acontecer entre os dias 1º e 6 de julho. A programação prevê atividades como rodeio, shows musicais, exposição de produtos e serviços, além de eventos voltados ao setor produtivo e tecnológico. O local do evento contará com parque de exposições, arena de rodeio, dois palcos e estandes para empresas e entidades.

Durante o lançamento, o governador Gladson Cameli afirmou que a Expoacre Juruá é uma plataforma para promoção econômica regional e para a apresentação do potencial do estado. Segundo ele, o evento contribui para geração de renda e criação de empregos.

A vice-governadora Mailza Assis e a vice-prefeita de Cruzeiro do Sul, Delcimar Leite, também participaram da cerimônia. Ambas destacaram o esforço conjunto entre Estado e município para a realização da feira e a importância do evento para a economia local.

Em 2024, a Expoacre Juruá registrou movimentação financeira de R$ 36,6 milhões, um crescimento de 63,95% em relação ao ano anterior. Para 2025, a expectativa dos organizadores é superar esses números.

A programação deste ano inclui shows com Raça Negra, Gusttavo Lima, Isaías Saad, Marcynho Sensação, Wesley Safadão e Eric Land. Haverá ainda casamento coletivo, cavalgada, festival infantil e competição de rodeio. O acesso aos shows será gratuito, mediante doação de 1 kg de alimento não perecível, com arrecadação organizada pelo programa Mesa Brasil.

O secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanípal Mesquita, informou que a edição 2025 contará com espaço dedicado à indústria, startups, tecnologia e games, com o objetivo de atrair jovens e promover a integração entre inovação e setor produtivo.

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Cultura

Juninas ocupam o Quadrilhódromo e abrem o 17º Circuito Junino de Rio Branco

Evento inicia com apresentações de grupos locais e concursos que envolvem famílias, juventude e diversidade

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O 17º Circuito Junino de Rio Branco começou nesta sexta-feira (20), no Quadrilhódromo, ao lado da Arena da Floresta. A abertura reuniu quadrilhas juninas da capital, famílias, comerciantes e representantes culturais. A programação é organizada pela Prefeitura de Rio Branco, por meio da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), em parceria com a Liga de Quadrilhas Juninas do Acre.

Na primeira noite, foram realizadas as disputas das categorias Casal Mirim Junino e Rainha da Diversidade Junina. A quadrilha CL na Roça foi a primeira a se apresentar, com um espetáculo baseado em O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.

A presidente do grupo, Francinete Santos, explicou a escolha do tema. “Estamos com um grupo menor, 40 pessoas. A gente quis trazer algo que as pessoas já conhecem, que tem ligação com a cultura popular”, disse.

Na disputa entre os casais mirins, os vencedores foram Luna Alves (7 anos) e Nicolas Arthur Duarte (10 anos), da quadrilha Matutos na Roça. Já no concurso Rainha da Diversidade Junina, quem levou o título foi Lorraine Bittencourt, também da Matutos na Roça.

Para o diretor-presidente da FGB, Klowsbey Campos Pereira, o evento cumpre um papel de fortalecimento cultural e de acesso. “É importante ver esse espaço ocupado pelas famílias. Essa festa é feita por quem participa dela”, afirmou.

Além da programação no palco, o circuito também movimenta a economia local. Vendedores de comidas típicas, artesanato e serviços atuam em barracas instaladas no entorno do evento.

Serão três noites com oito Juninas mostrando o trabalho de um ano inteiro. “São muitos sonhos e amigos envolvidos nisso tudo, muito trabalho, suor e verdade”, afirmou Cléson Lima, da quadrilha Explode Coração.

Neste sábado (21), tem as Juninas Escova Elétrica, Assanhados na Roça, Pega-Pega e Explode Coração.

O 17º Circuito Junino de Rio Branco segue até domingo (23), com todas as quadrilhas da capital disputando o título municipal e a chance de representar a cidade na etapa estadual, junto a grupos de outros municípios do Acre.

Fotos: Val Fernandes/Assessoria

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