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MEIO AMBIENTE

Acre é destaque com programa de desenvolvimento sustentável na COP 16

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O Programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA) foi destaque na 16ª Conferência das Partes (COP 16) da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica (CBD), realizada em Cali, Colômbia. O projeto, executado pelo governo do Acre com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foi o único da Amazônia financiado pela instituição que obteve uma avaliação positiva em sua conclusão.

Iniciado em 2003, o PDSA foi desenvolvido em duas fases, encerrando suas atividades em 2021. O programa teve como foco o desenvolvimento sustentável da região, promovendo o manejo florestal, a redução do desmatamento e o incentivo à geração de renda em pequenas propriedades familiares e comunidades extrativistas. Entre as principais atividades implementadas estão o aproveitamento do látex, castanha e madeira, recursos manejados de forma sustentável pelas populações da floresta.

Durante a conferência, o BID apresentou um vídeo destacando os resultados do PDSA, com foco na experiência da comunidade do Seringal Rio Branco, em Xapuri. O material audiovisual acompanha o trabalho de moradores locais que se beneficiaram do programa, como a jovem Raiara de Barros, presidente da Associação de Produtores e Produtoras Agroextrativistas do Seringal Floresta e Adjacências. Barros, que cresceu durante a implementação do PDSA, coordena atualmente o Ateliê da Floresta, uma iniciativa que reaproveita resíduos de madeira para a produção de artefatos.

O evento é um marco importante para a discussão de estratégias de preservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável. A COP 16 reuniu líderes globais para negociar acordos e revisar políticas ambientais, destacando a importância de modelos de desenvolvimento que aliam preservação ambiental e geração de renda para comunidades tradicionais.

Fontes: BID, Governo do Acre

MEIO AMBIENTE

Encontro nacional de comunicação indígena prepara rede para a COP30

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De 28 a 31 de agosto, Belém recebe o I Encontro Nacional de Comunicação Indígena (ENCI), que reúne 100 comunicadores de povos indígenas de todos os biomas do país. O evento acontece na Casa Maraká e é organizado pela Mídia Indígena em parceria com o Ministério dos Povos Indígenas. A participação é destinada a pessoas inscritas em mapeamento realizado pelas redes sociais e o objetivo é estruturar um plano de comunicação indígena para a COP30, marcada para 2025 em Belém.

A programação inclui painéis, oficinas, exibições de cinema indígena e debates sobre comunicação, clima e cultura, com cinco eixos centrais: memória e identidade da comunicação indígena, formação política e técnica, articulação de uma rede nacional, estratégias para a COP30 e criação de campanhas de impacto voltadas ao diálogo com a sociedade. “Esse encontro representa a força coletiva dos povos indígenas na construção de suas próprias narrativas. É um espaço para fortalecer nossa voz, pensar estratégias conjuntas e afirmar que comunicação também é território de luta e de resistência”, disse Fly Tentehar, integrante da Mídia Indígena e um dos organizadores.

Entre os nomes confirmados estão a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a deputada federal Célia Xakriabá, a enviada especial da COP30, Sineia Wapichana, e o coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Kleber Karipuna. As oficinas tratam de produção de conteúdo para redes, preservação de acervos e técnicas de entrevista, e os painéis abordam a estrutura da comunicação brasileira, a regulamentação das plataformas e o uso de inteligência artificial.

Um resultado esperado é o plano coletivo de cobertura da COP30, com definições de logística, produção e linguagens para garantir protagonismo indígena no debate climático internacional. “Estamos construindo um plano que vai muito além de registrar a COP30. Queremos que ele seja uma ferramenta de incidência, capaz de ecoar nossas vozes dentro e fora das salas de negociação”, afirmou Tipuici Monoki, da Terra Indígena Irantxe, no Mato Grosso.

O encontro também marca os 10 anos da Mídia Indígena e encaminha a consolidação da Rede Nacional de Comunicação Indígena. Para Japupromti Parkatêjê, o passo integra jovens comunicadores e lideranças de diferentes povos em um processo contínuo de organização de longo prazo, com incidência prevista antes, durante e depois da COP30.

Foto: Christian Braga/ISA

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MEIO AMBIENTE

Estudo prevê avanço da doença de Chagas na Amazônia com o aquecimento global

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Um estudo publicado na revista científica Medical and Veterinary Entomology aponta que as mudanças climáticas podem ampliar a área de incidência da doença de Chagas na Amazônia até 2080, especialmente na região conhecida como arco do desmatamento. A pesquisa, conduzida por cientistas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em parceria com instituições nacionais e internacionais, projeta que o aumento das temperaturas e as alterações no regime de chuvas favoreçam a expansão do barbeiro, inseto transmissor do Trypanosoma cruzi, causador da enfermidade.

A análise utilizou mais de 11 mil registros de ocorrência de 55 espécies de barbeiros, cruzados com modelos climáticos que simulam diferentes cenários de aquecimento global. Segundo os resultados, a distribuição dos vetores deve permanecer relativamente estável até 2050, mas se tornará mais preocupante em 2080, quando áreas hoje pouco afetadas podem apresentar condições favoráveis à instalação dos insetos. O estudo alerta que o risco é maior em localidades marcadas pela vulnerabilidade social e por condições precárias de moradia, que aumentam o contato entre os vetores e os humanos.

“A combinação de desmatamento, expansão agrícola e mudanças climáticas cria um ambiente propício para a instalação do barbeiro em novas áreas”, resume o artigo. O professor Leandro Schlemmer Brasil, do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde da UFMT, campus de Pontal do Araguaia, figura entre os principais autores do trabalho.

O Brasil é considerado particularmente vulnerável a esse avanço devido à sua extensão territorial, à diversidade de ecossistemas e à rápida transformação do uso da terra. O arco do desmatamento, que concentra expansão agropecuária, mineração e conflitos fundiários, é identificado como uma das regiões mais críticas para a disseminação futura da doença. Especialistas destacam que, assim como ocorreu com doenças como febre amarela e sarampo, a queda temporária de casos pode reduzir a vigilância e abrir espaço para novos surtos.

O estudo recomenda que governos e autoridades de saúde intensifiquem a vigilância entomológica, invistam em campanhas de conscientização e desenvolvam estratégias de adaptação ao clima para evitar que populações historicamente não expostas passem a conviver com o risco da doença de Chagas.

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MEIO AMBIENTE

ANA declara situação crítica de rios no Acre e Amazonas por escassez de água

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A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou nesta segunda-feira (25) situação crítica de escassez hídrica nos rios Juruá, Purus e em seus afluentes Acre e Iaco, que cortam os estados do Acre e Amazonas e têm nascentes no Peru. A medida, aprovada em 21 de agosto e publicada no Diário Oficial da União, terá validade até 31 de outubro e busca identificar impactos sobre os usos da água, propor medidas de mitigação e permitir que órgãos reguladores e prestadores de serviços de saneamento adotem mecanismos tarifários de contingência para enfrentar custos adicionais.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as bacias dos rios da região registram chuvas abaixo da média desde 2023, e as previsões apontam que esse cenário deve se prolongar até outubro. O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) indica possibilidade de precipitações acima da média apenas a partir de outubro, o que poderia reverter parcialmente a situação. A Rede Hidrometeorológica Nacional mostra que as vazões atuais estão muito abaixo da média histórica, com predomínio da classificação severa em diferentes pontos de medição.

A resolução também estabelece regras excepcionais para o uso da água e orienta que setores usuários, como o de saneamento, energia e agricultura, acionem planos de contingência. Segundo a ANA, a declaração possibilita que estados e municípios do Acre e do Amazonas tenham agilizado o reconhecimento de situações de calamidade ou emergência por seca, garantindo acesso mais rápido ao auxílio da União. “A iniciativa tem como objetivo assegurar o monitoramento e a mitigação dos impactos da seca, em articulação com órgãos gestores locais e o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil”, informou a agência.

A situação crítica se dá em um período de vazante, entre junho e novembro, quando os níveis dos rios naturalmente começam a baixar. Entretanto, neste ano os índices estão muito inferiores ao esperado, reforçando o alerta de escassez. Caso as condições não melhorem, a resolução poderá ser prorrogada. Por outro lado, a medida poderá ser suspensa antes do prazo caso os níveis dos rios subam com o retorno das chuvas.

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