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Política

Aleac intensificam debate sobre a saúde pública e cobram avanços no PCCR e na segurança dos profissionais

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A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) ampliou nesta semana o debate sobre a situação da saúde pública no estado, com foco em duas frentes: a conclusão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da Saúde e a criação de políticas de combate à violência contra trabalhadores do setor. As discussões, conduzidas por parlamentares de diferentes partidos, ocorreram em meio a cobranças por prioridade política do governo e medidas de proteção aos servidores.

Durante a sessão de quarta-feira (8), a deputada Michelle Melo (PDT) defendeu a conclusão imediata do PCCR, argumentando que a medida é fundamental não apenas para valorizar os profissionais, mas para garantir a qualidade do atendimento à população. “O PCCR da Saúde não fala só de servidores, mas da qualidade da saúde pública do Estado. Todos os acreanos dependem do Sistema Único de Saúde, e é preciso fortalecer a rede pública para garantir seu funcionamento”, afirmou. A parlamentar destacou que o plano permitirá aposentadorias, contratações e maior estabilidade de especialistas, além de reduzir a rotatividade de pessoal.

Michelle reconheceu o trabalho técnico conduzido pela Secretaria de Estado de Saúde, citando a atuação da secretária adjunta Ana Cristina, mas cobrou decisão política do governo. “Falta uma querência, um querer prioritário do governo em articular para que o PCCR avance. É hora de tirar o pé do freio e colocar o pé no acelerador”, disse.

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) também abordou o tema e alertou para o risco de impasse político caso o plano não seja finalizado antes da votação do orçamento estadual, prevista para dezembro. Ele afirmou que a falta de avanços pode gerar mobilização das categorias e embates entre o funcionalismo e o governo. “Vai chegando o momento da onça beber água. A pauta principal no tocante ao servidor será tratada nos próximos 60 dias, e o discurso de solidariedade precisa virar ação”, declarou. O parlamentar observou que há dedicação técnica na elaboração do plano, com participação da Fundação Dom Cabral e das equipes da Secretaria de Saúde, mas apontou entraves políticos.

O debate sobre as condições de trabalho na saúde também dominou a audiência pública promovida na sexta-feira (10), a partir de requerimento do deputado Adailton Cruz (PSB), presidente da Comissão de Saúde da Aleac. A reunião reuniu representantes de sindicatos, conselhos profissionais e forças de segurança para discutir a violência contra profissionais de saúde. Adailton relatou casos de ameaças, agressões e até assassinatos em unidades hospitalares. “Estamos diante de situações preocupantes. Precisamos garantir segurança a quem salva vidas”, disse o parlamentar, que anunciou um projeto de lei para assegurar apoio psicológico, jurídico e estrutural aos trabalhadores vítimas de violência.

Durante a audiência, representantes de sindicatos e da OAB relataram episódios de insegurança e falta de apoio institucional. Alesta Amâncio, do Sindicato dos Profissionais e Auxiliares de Enfermagem, e Jean Lunier, do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, criticaram a ausência de representantes da Secretaria de Saúde no debate e defenderam medidas urgentes de proteção. O delegado Cleylton Videira e a comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marta Renata, apresentaram propostas para priorizar o atendimento de ocorrências em unidades de saúde e ampliar o uso de câmeras e sistemas de segurança.

O secretário de Justiça e Segurança Pública, coronel Gaia, anunciou a expansão do sistema de botão de pânico, já utilizado em escolas e casos de violência doméstica, para unidades de saúde. O dispositivo deverá integrar um plano piloto com participação de órgãos estaduais e municipais. Adailton Cruz encerrou a audiência solicitando à Secretaria de Saúde a implementação de um plano semestral de capacitação e a apresentação dos protocolos de segurança exigidos pela Lei 4.156/2023.

Os debates na Aleac consolidaram a pauta da saúde como uma das principais da Casa nas próximas semanas, com a expectativa de que o governo apresente soluções tanto para o PCCR quanto para a proteção dos trabalhadores do setor.

Assessoria

Deputado Zé Adriano cobra ação efetiva do Governo Federal para evitar colapso na BR-364 e isolar o Acre

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Brasília (DF) – Em pronunciamento contundente no plenário da Câmara dos Deputados, o deputado Zé Adriano (PP-AC) alertou para o risco iminente de colapso da BR-364, única ligação terrestre entre Rio Branco e o Vale do Juruá. A fala, que repercutiu entre parlamentares e técnicos do setor de infraestrutura, chamou atenção para os impactos sociais, logísticos e econômicos do atual estado da rodovia.

“A BR-364 é, para nós, muito mais do que uma estrada. Ela é a linha vital que garante o direito de ir e vir de centenas de milhares de brasileiros que vivem nas regiões mais isoladas da Amazônia Ocidental”, destacou o parlamentar.

“Sem a BR-364, o Acre para. E quando o Acre para, é o Brasil que perde”, Zé Adriano, Deputado Federal – Foto: Sérgio Vale

Segundo o deputado, o trecho está em estado crítico, com erosões, obras inacabadas e precariedade que colocam em risco o abastecimento de alimentos, combustíveis, medicamentos e o transporte de pacientes, estudantes e trabalhadores.

Zé Adriano reconheceu os investimentos recentes do Governo Federal, que somam R$ 830 milhões entre 2023 e 2024, mas fez um alerta:

“Os recursos previstos até o momento são insuficientes para atender as necessidades emergenciais da nossa BR-364. O modelo atual de repasses irregulares e ações isoladas compromete a eficiência das obras e gera desperdício.”

Entre os pontos mais críticos citados estão: Ponte sobre o Rio Caeté, operando com balsa improvisada e perigosa; Cabeceira da ponte do Rio Tarauacá, com obras paralisadas; Escorregamentos e deslizamentos, que estreitam a pista e tornam o tráfego noturno inviável; Anel Viário de Brasiléia, inacabado há mais de três anos, travando a integração Brasil–Peru.

Adriano reforçou a urgência de um plano de execução contínuo e estruturado, com repasses compatíveis com a curta janela do verão amazônico, quando as obras podem ser realizadas com segurança.

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Política

Parlamento homenageia técnicos industriais e propõe criação de data estadual da categoria

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A Assembleia Legislativa do Acre realizou nesta quinta-feira, 16 de outubro, uma sessão solene em homenagem ao Dia do Técnico Industrial. A cerimônia foi proposta pelo deputado estadual Arlenilson Cunha (PL), autor do Requerimento nº 113/2025, e reuniu autoridades, representantes de instituições de ensino e profissionais da área no plenário do Legislativo acreano.

Durante a abertura, o deputado Arlenilson Cunha ressaltou a importância do reconhecimento da categoria e anunciou a apresentação de um projeto de lei que institui o Dia Estadual do Técnico Industrial, a ser celebrado em 23 de setembro. Segundo o parlamentar, a iniciativa busca valorizar o papel dos técnicos no desenvolvimento econômico e social do estado. “Este dia é um reconhecimento do povo acreano, representado por esta Casa, aos técnicos industriais que impulsionam o progresso da nossa indústria e da nossa economia”, afirmou.

O diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), João César Dotto, destacou que a instituição atua há mais de 80 anos na formação profissional no Brasil e há 50 no Acre. Ele ressaltou a contribuição dos cursos técnicos na transformação de vidas e na qualificação da mão de obra local. “Temos inúmeros relatos de pessoas que mudaram de vida com o apoio do Senai. Essa trajetória mostra como a educação técnica contribui para o crescimento do nosso estado”, disse.

O presidente do Sindicato dos Técnicos Industriais no Acre e conselheiro do Conselho Regional dos Técnicos Industriais (CRT-1), Lucas Bezerra Félix, falou sobre a busca por valorização dos profissionais. Ele destacou que a criação do conselho, em 2018, marcou um avanço na autonomia da categoria. “O que nós buscamos é o reconhecimento dos profissionais que estão no chão da fábrica, na logística, na manutenção. São trabalhadores cuja contribuição tem enorme relevância para o desenvolvimento do nosso estado”, afirmou.

A diretora de Políticas de Educação Profissional do Instituto Federal do Acre (Ifac), Arteme da Costa Vasconcelos, ressaltou que o técnico industrial é um elo essencial entre o conhecimento e a prática. “Em cada laboratório, oficina ou linha de produção está presente o trabalho desse homem e dessa mulher que contribuem de forma decisiva para o desenvolvimento do estado e do país”, disse.

O diretor técnico e comercial da Energisa, Antônio Maurício de Matos, observou que a categoria é fundamental para o funcionamento e o crescimento da indústria. Ele enfatizou o papel da empresa na oferta de infraestrutura e energia necessárias para o desenvolvimento do Acre.

A conselheira federal do Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT), Francisca Cristiane, compartilhou sua trajetória iniciada no Senai aos 14 anos e reforçou a importância da formação técnica como porta de entrada para o mercado de trabalho. “O técnico industrial é essencial para o desenvolvimento econômico do Brasil. Atuamos em produção, infraestrutura e inovação, contribuindo diretamente para o crescimento e a geração de empregos”, afirmou.

O Dia do Técnico Industrial é comemorado nacionalmente em 23 de setembro e reconhece o papel desses profissionais em setores estratégicos como indústria, construção civil, eletrônica e mecânica. A celebração na Aleac buscou reforçar a valorização da categoria e destacar sua contribuição para a modernização e sustentabilidade da economia acreana e brasileira.

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Política

Marina Silva recebe medalha internacional por liderança na conservação ambiental

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, recebeu nesta terça-feira (14) a Medalha John C. Phillips, concedida pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), em reconhecimento aos serviços prestados à conservação ambiental em nível global. A honraria foi entregue durante o Congresso Mundial de Conservação da IUCN, realizado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Criada em 1963, a medalha homenageia o médico e zoólogo John C. Phillips, pioneiro na defesa da biodiversidade. Desde então, é atribuída a personalidades que contribuíram significativamente para políticas de conservação e sustentabilidade. A IUCN, fundada em 1948, é considerada a maior e mais diversa rede ambiental do mundo, composta por mais de 1.400 membros entre governos e organizações da sociedade civil, com foco na preservação da natureza e no desenvolvimento sustentável.

Marina Silva é a terceira mulher e a segunda brasileira a receber a distinção. A primeira foi a ambientalista Maria Tereza Jorge de Pádua, em 2016. O reconhecimento, segundo a presidente da IUCN, Razan Khalifa Al Mubarak, reflete o impacto do trabalho da ministra. “Sua sabedoria, perseverança e defesa da natureza promovem a causa da conservação em todo o mundo”, afirmou durante o anúncio.

Em pronunciamento por vídeo, Marina Silva dedicou a homenagem ao povo brasileiro e aos defensores do meio ambiente. “Esta honraria representa, para mim, não apenas um reconhecimento individual, mas o reconhecimento do esforço coletivo do povo brasileiro e das muitas pessoas, comunidades e instituições que lutam incansavelmente pela defesa da vida, da floresta e do clima”, declarou. Ela também afirmou que recebe a medalha em nome das populações tradicionais, dos povos indígenas e de todos que acreditam na construção de um mundo mais equilibrado e solidário.

Devido à participação na Reunião Ministerial Preparatória da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Pré-COP), realizada em Brasília, Marina não compareceu presencialmente ao evento. O diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Pedro da Cunha e Menezes, recebeu a medalha em nome da ministra.

A entrega da Medalha John C. Phillips consolida o papel do Brasil nas discussões internacionais sobre clima e conservação, reforçando o protagonismo do país na formulação de políticas ambientais voltadas à proteção da Amazônia e à transição para modelos sustentáveis de desenvolvimento.

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