Criada no ano 2000 por 20 produtores do Ramal Novo Horizonte, Km 20 em Vila Campinas, a Cooperativa dos Agricultores e Pecuaristas da Regional do Baixo Acre (Coopel) surgiu como alternativa para ajudar agricultores familiares na comercialização de leite, manteiga, queijo e doce de leite. Nesses 23 anos de funcionamento, a Coopel passou por muitas dificuldades, mas conseguiu superá-las com trabalho, planejamento e apoio de parceiros.
O presidente da Coopel, Ezequiel Rodrigues, conta que no início trabalharam até de forma clandestina, mas buscaram apoio para se adequar as conformidades sanitárias e legais.
“Resolvemos criar a cooperativa como forma de nos organizar para ajudar a vender nossa produção, no início fazíamos o laticínio caseiro, vendíamos leite e queijo no mercado de Plácido de Castro de forma clandestina, sem licença dos órgãos responsáveis, sem logomarca, e a outra parte entregávamos para Cila, até que ela faliu e ficou difícil pra nós, partimos em busca de apoio de instituições públicas como o Senar, Emater, Embrapa e outras, que nos ajudaram muito com apoio técnico, também buscamos apoio do senador Sibá Machado a época, que colocou seu gabinete a disposição para nos auxiliar junto aos órgãos federais como a Conab, MDA e Banco da Amazônia”, explicou.
Uso de tecnologias para melhorar a produção
Com bons projetos, a Coopel conseguiu acessar financiamentos em bancos públicos o que permitiu investir em equipamentos e tecnologia para aumentar a produção, passaram de dois mil litros de leite produzidos em um dia, para 10, depois para 12, chegando a 27 mil litros de leite produzidos por dia.
“Depois que a cooperativa começou a ter bons resultados com a venda da produção, foi possível conseguir um empréstimo no Banco da Amazônia no valor de R$500 mil, que foram investidos em maquinários, caixas, caminhão e fardamento para os funcionários. Nesse momento tudo começou a melhorar, conseguimos outro recurso para comprar a câmara fria, pasteurizador por meio do programa Território e Cidadania, conseguimos modernizar a cooperativa”, enfatizou.
Em 2011, a Coopel deu um salto nas vendas após contrato com a rede de supermercados Araújo, em Rio Branco. A cooperativa trabalha em grande escala, e produtos como leite, manteiga, doce de leite e creme de leite estão nas prateleiras do mercado e de comércios de bairros e panificadoras da capital. O presidente da Coopel, Ezequiel Rodrigues, afirmou que houve uma melhora de 60% nas vendas após o ingresso dos produtos nessas grandes redes.
130 famílias entregam sua produção para a cooperativa, que gera cerca de 60 empregos
“Em uma média de dois anos, o faturamento aumentou em torno de 60% nas vendas após o ingresso dos nossos produtos em novos pontos de vendas, com a melhora na tecnologia e na qualidade do nosso produto”, disse.
Outro ponto forte da cooperativa é a venda para a Secretaria Estadual de Educação através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), por meio de concorrência pública, a Coopel abastece atualmente cerca de 40% das escolas estaduais, enriquecendo a merenda escolar dos estudantes com produtos produzidos no Acre.
Geração de emprego e renda
Atualmente, a Coopel compra a produção de 130 famílias para a fabricação de seus produtos, o intuito da cooperativa é beneficiar ainda mais produtores, aumentando a geração de trabalho e renda. A fábrica gera 60 empregos diretos.
“Hoje temos em torno de 130 famílias que compramos a produção. A nossa demanda está grande, estamos nos organizando para modernizar e diversificar ainda mais para comprar um maior número de produção. Geramos em torno de 60 empregos diretos só aqui na fábrica, à medida que aumenta a entrega de produtos, aumenta nossa produção”, explicou o presidente.
Ponto de venda
A Coopel mantém um ponto fixo de vendas também em sua indústria, que fica localizada na Estrada da Floresta, nº2863, em Rio Branco, próximo ao Estádio Florestão, onde podem ser adquiridos todos os seus produtos.
Texto e fotos: Andréia Oliveira, Bruna Rosa e Amanda Oliveira.
O jornalista Itaan Arruda e o repórter fotógrafo Sérgio Vale, como em todos os projetos que realizam, têm se destacado no portal ac24horas.com. A dupla se consolidou pela produção de matérias que combinam apuração criteriosa e registros visuais de grande impacto social e carregado de emoções, entregando conteúdos de alta qualidade ao público.
Dando continuidade ao trabalho que já virou referência, o próximo especial da dupla vai abordar o sistema de transporte público da capital. Durante a apuração, eles entrevistaram usuários, como Benedito Sabino, 62 anos, do Ramal Limoeiro, para ouvir experiências e perspectivas sobre o tema.
A reportagem reforça a importância do diálogo com a população para compreender os desafios e buscar soluções no transporte público. “Possíveis mudanças no sistema de transporte coletivo da capital exigem uma conversa imediata com o povo. É fundamental ouvir quem utiliza o serviço diariamente para que as decisões sejam realmente efetivas e atendam às necessidades da população”, afirma o jornalista Itaan Arruda.
A parceria entre Itaan Arruda e Sérgio Vale é um exemplo do que o jornalismo pode oferecer de melhor: apuração cuidadosa, olhar atento e dedicação em contar histórias que fazem diferença na vida das pessoas. Juntos, o jornalista e o fotógrafo trabalham para traduzir a realidade em informações claras e acessíveis, conectando os fatos ao cotidiano da população.
No próximo dia 15 de novembro, será realizada uma Live Beneficente em prol da saúde de Dona Txirá, a matriarca da Aldeia Shane Tatxa Kaya. Reconhecida por sua força, amorosidade e alegria, Dona Txirá enfrenta desafios de saúde nas últimas semanas, necessitando de tratamento de emergência.
A fim de angariar apoio para os custos médicos e despesas relacionadas ao tratamento, a comunidade se mobilizou para organizar este evento online. A Live será transmitida no Instagram @aldeiashanetatxakaya, no dia 15 de novembro, às 17h (horário local – ACRE) e às 19h (horário de Brasília).
Durante a transmissão, os participantes terão a oportunidade de contribuir e apoiar Dona Txirá, possibilitando que ela receba o cuidado necessário para sua recuperação.
Para participar não esqueça dia 15 quarta-feira às 17h no instagram.com/aldeiashanetatxakaya . A união em torno desta causa é fundamental para proporcionar o tratamento para Dona Txirá, uma figura querida na Aldeia Shane Tatxa Kaya.
Desde 2019, o Grêmio Recreativo Explode Coração, uma organização social localizada na Regional da Parte Alta de Rio Branco, Acre, tem trabalhado para oferecer educação, esporte e cultura à comunidade. Sob a liderança do cientista social Cleson Lima, a ONG se dedica a proporcionar oportunidades para os jovens da periferia de Rio Branco.
Esta instituição sem fins lucrativos concentra seus esforços em projetos ambientais, culturais, de saúde e educacionais, direcionados à região da parte alta de Rio Branco. Seu trabalho tem prioritariamente: trazer oportunidades culturais e entretenimento para a comunidade local.
Entre as atividades já em andamento, destaca-se a Quadrilha Junina Explode Coração, que envolve a comunidade em preparativos para os festejos juninos e festivais de quadrilhas durante todo o ano. Além disso, o projeto Funcional Comunitário se dedica a promover a saúde na região, e a melhor parte é que todos os serviços são oferecidos de forma gratuita.
Outro projeto é o cinema comunitário, que leva a experiência do cinema a pessoas que, muitas vezes, não têm condições de frequentar cinemas comerciais, evitando os altos custos.
Nos próximos dias, a organização lançará dois novos projetos. O “Quintal Cultural” abrirá espaço para novos talentos, como músicos e dançarinos, permitindo que eles mostrem sua arte. Além disso, a ONG oferecerá aulas de violão e canto para aqueles que desejam desenvolver habilidades musicais.
Hoje, marca o início do projeto “Danc’Art”, que oferecerá aulas de dança de diversos estilos, incluindo forró, axé, xote e muito mais. As aulas são inclusivas, abertas a todas as idades, cores, gêneros e religiões. Elas ocorrerão todas as quintas-feiras, a partir das 19 horas, na quadra do Bairro Tancredo Neves, próximo à Escola Ismael Gomes de Carvalho.
Cleson Lima, coordenador da ONG, destaca que projetos como esses são possíveis graças ao apoio voluntário da comunidade. Cada iniciativa é um reflexo da força de vontade da equipe e da crença no potencial transformador das ações voltadas para a comunidade.
Cleson Lima enfatiza: “Projetos como esse só são possíveis graças às parcerias com pessoas que contribuem de forma voluntária. No caso do ‘Danc’Art,’ o professor e coreógrafo Richard Rilari tem sido fundamental, liderando o projeto com dedicação. Realizamos essas iniciativas movidos pela necessidade e na crença de que ações como essas podem ser catalisadoras de transformações e oportunidades para toda a comunidade.”