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Cultura

Fundação Palmares dá posse a João Jorge, ativista do movimento negro

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A Fundação Cultural Palmares (FCP) do Ministério da Cultura empossou, nesta quinta-feira (27), o novo presidente da entidade, João Jorge Rodrigues, produtor cultural e militante do movimento negro no Brasil, nomeado em 21 de março. 

A data da posse foi escolhida por ser o Dia da Liberdade (Freedom Day) na África do Sul, instituído em 1994, quando ocorreram as eleições democráticas na nação sul-africana, marcando o fim de mais de 300 anos de colonialismo e segregação racial (apartheid), naquele país. 

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A ministra da Cultura, Margareth Menezes, após ser celebrada como a intérprete da música Faraó Divindade do Egito, do grupo bloco afro Olodum, disse, em seu discurso, que a posse da fundação marca a retomada da valorização da instituição e o compromisso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a proteção e a promoção da cultura afro-brasileira. “Empossar João Jorge é dar uma resposta ao que aconteceu na gestão anterior, ao desrespeito ao legado do povo afro, à falta de consciência pelos que passaram os nossos antepassados”, classificou a ministra.  

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, partipa do evento. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

No discurso de posse, o presidente da fundação, João Jorge, exaltou nomes de ativistas da causa negras e, em especial, das mulheres que lutaram pela negritude.  

Emocionado, João Jorge recordou as perseguições sofridas contra a entidade, desde sempre e homenageou os empregados da casa.

O presidente da Palmares enfatizou que lutar é preciso. “Em muitos países, dizem que são democráticos, falam em oportunidades, mas, na realidade, a população pobre, a população negra, as mulheres, a população indígena, os que são de outras orientações sexuais sabem muito bem que [as oportunidades] não existem”.  

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Para João Jorge, o momento é de renascimento da fundação, a partir de investimento financeiro em políticas públicas e apoio a projetos da área. Ele concluiu com um balanço dos primeiros meses do governo do presidente Lula.

Biografia 

João Jorge Rodrigues é fundador e diretor do bloco afro carnavalesco Olodum, de Salvador, na Bahia, que completou na terça-feira (25), 44 anos de existência. 

O novo presidente da fundação é militante do movimento negro, no Brasil. O advogado João Jorge, graduado em Direito pela Universidade Católica do Salvador (2001) e com mestrado em Direito pela Universidade de Brasília (2005) tem atuação marcada na área de Direito Constitucional, em temas como direitos humanos, cidadania para afrodescendentes, comunicação e cultura negra 

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João Jorge foi membro do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) até 2016, quando o colegiado foi extinto. Recentemente, João foi escolhido como membro consultor da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra, criada em 2016 pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para fazer o resgate histórico do período escravocrata brasileiro e para discutir formas de reparação aos negros. 

Por Daniella Almeida – Rrepórter da Agência Brasil – Brasília

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Cultura

Governo do Acre entrega revitalização da Casinha Ocupação Cultural em Rio Branco

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O governo do Acre entregou, na terça-feira, 23 de dezembro de 2025, a revitalização da Casinha Ocupação Cultural, localizada no Conjunto Habitacional Mascarenhas de Moraes, em Rio Branco, com o objetivo de garantir a continuidade das atividades culturais desenvolvidas no espaço e ampliar o acesso de artistas da comunidade a ações de formação, apresentação e geração de renda por meio da cultura. A entrega foi realizada pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), responsável pela articulação institucional que viabilizou a recuperação do local.

Criada em 2015, a Casinha passou a ser ocupada, a partir de 2022, por um coletivo de artistas da própria comunidade, que assumiu a gestão das atividades e transformou o espaço em ponto regular de realização de saraus, feiras mensais e ações que integram arte, esporte e lazer. Ao longo dos últimos três anos, essas atividades também serviram como estratégia para arrecadação de recursos destinados à manutenção do espaço, fortalecendo a participação direta dos moradores na gestão cultural local.

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A demanda pela revitalização foi apresentada pela coordenação da Casinha à presidência da FEM, após a constatação da necessidade de melhorias estruturais para garantir a continuidade das ações. A coordenadora Patrícia Helena Costa afirmou que o espaço reúne atualmente mais de 50 artistas de diferentes áreas, como música, dança, artes visuais e práticas esportivas, e funciona como ambiente de estímulo à profissionalização e ao incentivo à economia criativa. Segundo ela, o apoio do poder público permitiu a recuperação do espaço como instrumento de atuação cultural e social na região.

Com a reabertura, a Casinha segue como referência para jovens artistas da capital. A artista Magda Carolina, conhecida como Mag, relatou que o local tem funcionado como espaço de aprendizado e de expressão por meio da arte urbana, especialmente para quem inicia a trajetória artística, ampliando o acesso à produção cultural e à circulação de trabalhos autorais.

De acordo com a coordenação, o espaço já recebeu artistas de outros estados e de outros países e abriga coletivos culturais como a Tropa Mamulungu e a Majurada Briga Esperança, o que contribui para a troca de experiências e para a ampliação das redes culturais no território. A proposta é manter o local como ponto de encontro permanente para atividades culturais de base comunitária.

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Durante a entrega da revitalização, o presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour, Minoru Kinpara, informou que a intervenção foi viabilizada com recursos dos governos estadual e federal e destacou que a formalização de uma gestão compartilhada entre a FEM e a coordenação da Casinha busca assegurar a funcionalidade do espaço e a continuidade das atividades culturais. Segundo ele, a iniciativa integra um conjunto de ações voltadas ao atendimento de fazedores de cultura em diferentes regiões do estado.

A revitalização da Casinha Ocupação Cultural ocorre em um contexto de fortalecimento de políticas públicas voltadas à cultura comunitária em Rio Branco e deve impactar diretamente a oferta de atividades culturais no Conjunto Mascarenhas de Moraes, ampliando oportunidades de formação, circulação artística e acesso da população local a ações culturais regulares.

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Cultura

Documentário Katxa nawa será exibido na Semana Chico Mendes em Rio Branco

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O documentário Katxa nawa: cantar para o crescer das plantas será exibido neste domingo, 21 de dezembro, às 17h, no auditório do Museu dos Povos Acreanos, em Rio Branco, como parte da programação da Semana Chico Mendes, organizada pelo Comitê Chico Mendes. A sessão integra as atividades do evento voltadas à memória, aos povos da floresta e às discussões sobre território, cultura e meio ambiente, e contará com a presença de lideranças do povo Huni Kuĩ e servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Produzido em parceria entre a Funai, por meio do Museu Nacional dos Povos Indígenas, e o povo Huni Kuĩ da Terra Indígena Alto Rio Purus, o documentário registra a realização do ritual Katxa nawa, uma festa tradicional ligada aos plantios, à caça e à organização social das aldeias. Com duração de 72 minutos, o filme acompanha o trabalho do agente agroflorestal indígena Jorge Naxima Huni Kuĩ e de outros conhecedores, chamados txanas, que participam da preparação e da condução do ritual.

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A narrativa do documentário parte da preocupação com a redução dos tipos e variedades de espécies cultivadas nos roçados das aldeias e mostra como o Katxa nawa é acionado como um momento coletivo para fortalecer a fertilidade dos plantios e a diversidade alimentar. As gravações foram realizadas na aldeia Huni Kuĩ Mae Shane Kayta, também conhecida como Nova Fronteira, e retratam cantos, danças e práticas agrícolas que articulam o manejo da terra com a cosmologia e a memória do povo Huni Kuĩ.

Dirigido por Jorge Naxima Huni Kuĩ, Maria de Fátima Pai Huni Kuĩ, Thayná Ferraz e Alice Riff, com codireção de Els Lagrou, o filme integra um conjunto de produções audiovisuais apoiadas pela Funai voltadas à valorização dos saberes tradicionais e ao fortalecimento de iniciativas culturais conduzidas por indígenas. O documentário já foi exibido em mostras e festivais de cinema ligados à agroecologia e às culturas indígenas, ampliando o debate sobre soberania alimentar, gestão territorial e produção de alimentos a partir dos conhecimentos tradicionais.

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Cultura

Rede de Comunicadores Indígenas realiza trilha e visita à casa de Raimundão Mendes durante a Semana Chico Mendes

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A Rede de Comunicadores Indígenas do Acre participou, pela primeira vez, da programação da Semana Chico Mendes com uma trilha e uma visita à casa de Raimundão Mendes, localizada na Reserva Extrativista Chico Mendes, na colocação Rio Branco, em Xapuri, no último dia 17. A atividade reuniu jovens indígenas, comunicadores, professores, estudantes e moradores da reserva, com o objetivo de vivenciar o território, registrar a memória local e fortalecer a comunicação indígena ligada à defesa da floresta.

A ação ocorreu no terceiro dia da Semana Chico Mendes, evento que marca o legado do seringueiro e líder sindical assassinado em 1988, reconhecido nacional e internacionalmente pela defesa da floresta e dos povos da Amazônia. A Reserva Extrativista Chico Mendes foi criada em 1990 como resultado direto dessa luta, abrangendo áreas de Xapuri, Brasiléia, Assis Brasil, Sena Madureira e Rio Branco, e segue sendo referência em políticas de uso sustentável do território.

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Durante a visita, a Rede esteve na casa de Raimundão Mendes, primo de Chico Mendes e morador da reserva. O espaço foi apresentado como parte da história viva do território, reunindo elementos do cotidiano, registros visuais e a relação direta com a floresta. Em fala registrada pela Rede, o comunicador Uhnepa Silva Nukini destacou o significado da atividade. “Olá pessoal, pela primeira vez a Rede Comunicadores Indígenas durante a Semana Chico Mendes. A Rede Comunicadores Indígenas chega na casa do nosso companheiro Raimundão, onde a gente vai conhecer um pouco da casa dele, mostrar um pouco dessa casa, das cores e dos quadros. Daqui a pouco a gente vai também conhecer a fonte deles ali, um espaço de lazer. A gente como Rede Comunicadores, como jovem indígena, jovem que está à frente dessa luta ambiental, a gente se sente muito feliz de estar presente dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes”, afirmou.

Na sequência, o grupo deu início a uma trilha pela reserva, percorrendo áreas de floresta e dialogando sobre memória, território e preservação ambiental. A atividade ocorreu em condições climáticas instáveis, com possibilidade de chuva, sem alterar a programação. Segundo Uhnepa Silva Nukini, a trilha também representou um momento de conexão com o ambiente e com a história local. “Olá pessoal, nesse momento damos início a nossa trilha na reserva Extrativista Chico Mendes durante o terceiro dia da Semana Chico Mendes que está acontecendo aqui em Xapuri nossa comitiva de professores, alunos, comunicadores moradores das reservas te dão início a nossa trilha num tempo meio querendo chuvoso mas vamos vivenciar essa conexão com a floresta com os pássaros, com os seres como em terra, como em natureza nesse momento aqui dentro da reserva extrativista de Chico Mendes”, relatou.

A Rede de Comunicadores Indígenas do Acre é formada por jovens de diferentes povos, entre eles Puyanawa, Yawanawá, Huni Kuĩ, Nukini, Manxineru, Apurinã, Shanenawá, Nawa e Jaminawa Arara. A participação na Semana Chico Mendes amplia a presença indígena nas atividades de memória e debate sobre a reserva, além de reforçar o papel da comunicação como ferramenta de registro, mobilização e defesa dos territórios.

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A iniciativa também contribui para a visibilidade de experiências locais e para o fortalecimento do diálogo entre povos indígenas, comunidades extrativistas e a sociedade em geral, em um contexto de desafios permanentes relacionados à conservação ambiental, aos modos de vida tradicionais e às políticas públicas para a Amazônia.

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