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MEIO AMBIENTE

Marina Silva cancela agenda no Acre devido ao aumento das queimadas

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A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, cancelou sua visita ao Acre, onde participaria de eventos programados para os próximos dias. A decisão foi tomada em função da intensificação das queimadas em diversas regiões do Brasil, especialmente na Amazônia, Goiás, São Paulo e outras áreas, que exigem atenção redobrada do governo federal.

Entre os compromissos cancelados estava a cerimônia de entrega do título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do Acre (Ufac), programada para o dia 17 de setembro de 2024. A homenagem seguirá sem a presença da ministra, com a professora Inez Maria Jalul Araújo e o ex-governador José Augusto de Araújo (in memoriam) também sendo homenageados durante o evento.

Além da cerimônia na Ufac, Marina Silva participaria de uma audiência pública sobre a crise hídrica no estado, organizada pela Associação dos Municípios do Acre (AMAC) e solicitada pela deputada federal Socorro Neri. A reunião, que seria realizada no mesmo dia, discutiria soluções para o abastecimento de água em Rio Branco, afetado pela seca severa do rio Acre.

Marina Silva também estava prevista para lançar um projeto de limpeza e recuperação do igarapé São Francisco, com orçamento de R$ 98 milhões, mas não há informações sobre o adiamento dessa iniciativa.

A ministra justificou a necessidade de permanecer no Distrito Federal para coordenar a força-tarefa de combate às queimadas. Segundo o comunicado oficial da Ufac, a situação atual das queimadas exige a presença constante da ministra em Brasília, o que impossibilita sua participação nos eventos previamente agendados.

MEIO AMBIENTE

Programa para jovens indígenas incentiva pesquisa em pesca artesanal no Acre

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O Programa de Bolsas de Iniciação Científica Júnior “Jovem Cientista da Pesca Artesanal” está promovendo atividades de pesquisa com a participação de estudantes e professores indígenas no Acre. A iniciativa conta com a participação de 48 alunos e 12 professores das etnias Kaxinawá, Yawanawá e Katukina, atuando nas cidades de Tarauacá e Jordão.

O programa é uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Acre (Fapac) e o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), por meio da Secretaria Nacional de Pesca Artesanal (SNPA). O objetivo é apoiar financeiramente projetos de pesquisa científica realizados por alunos do ensino médio e fundamental da rede pública, com foco em comunidades pesqueiras artesanais e povos indígenas.

Segundo o presidente da Fapac, Moisés Diniz, todas as vagas foram destinadas a indígenas. As inscrições foram feitas diretamente nas aldeias, e os professores passaram por formação para conduzirem os projetos. Entre as propostas futuras está a criação de uma escola de bioeconomia na aldeia Igarapé do Caucho, do povo Kaxinawá, com infraestrutura para cursos presenciais e virtuais.

Para participar, os estudantes devem ser pescadores ou ter parentes diretos ou responsáveis com registro profissional de pescador (RGP), ou protocolo de solicitação. O tempo mínimo exigido é de seis meses para jovens e um ano para responsáveis.

O programa faz parte da política pública instituída pelo Decreto Federal nº 11.626/2023, integrando o Programa Povos da Pesca Artesanal. A iniciativa envolve ações relacionadas a educação, turismo comunitário, justiça climática, segurança alimentar, combate ao racismo ambiental, gênero, cultura e formação.

Além do Acre, o programa articula parcerias com instituições de ensino superior e professores da rede básica em outras regiões, de acordo com as diretrizes das Fundações Estaduais de Apoio à Pesquisa.

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MEIO AMBIENTE

Cidades amazônicas têm os piores índices de arborização urbana, segundo IBGE

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Dados do Censo 2022 do IBGE mostram que cidades da Amazônia, incluindo capitais como Rio Branco (AC) e Manaus (AM), apresentam alguns dos menores índices de arborização urbana do país. Apenas 10,7% dos moradores das áreas urbanas do Acre e 13,7% dos do Amazonas vivem em ruas com ao menos cinco árvores, percentual que contrasta com os de estados ligados ao agronegócio, como Mato Grosso do Sul (58,9%) e Paraná (49%).

O levantamento faz parte da pesquisa “Características urbanísticas do entorno dos domicílios” e analisou 5.698 municípios, cobrindo a realidade de 174,1 milhões de brasileiros em áreas urbanas. Quando o critério é a presença de pelo menos uma árvore com 1,70m de altura, 66% da população urbana está coberta. No entanto, esse número cai para 32% quando se exige a presença de cinco árvores ou mais por rua.

Entre os dez piores estados em arborização urbana, cinco estão localizados na Amazônia Legal. A pesquisa aponta que localização geográfica não garante presença de áreas verdes em áreas urbanas. O fator mais relevante, segundo os especialistas ouvidos, é a combinação entre planejamento urbano, investimento público e características culturais.

A coordenadora do MapBiomas Urbano, Mayumi Hirye, afirma que o padrão de ocupação urbana na Amazônia contribuiu para o desmatamento e a baixa cobertura vegetal nas cidades. Ela destaca que a urbanização na região geralmente é feita após a derrubada da floresta para abertura de pastos, seguida pela instalação de núcleos urbanos. Cidades mais antigas ou planejadas, como Londrina (PR) e Maringá (PR), apresentam melhores indicadores por conta da consolidação histórica da arborização urbana.

No Acre, a baixa taxa de arborização urbana acompanha uma tendência observada em toda a Amazônia Legal, apesar da região concentrar a maior floresta tropical do mundo. A discrepância entre o ambiente natural e a infraestrutura urbana aponta desafios para políticas públicas que integrem preservação ambiental com qualidade de vida nas cidades.

Com informações de O Globo

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MEIO AMBIENTE

Estudo aponta mais de 51 mil hectares de capoeira sob pressão agrícola no Acre

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Um levantamento realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revela que o Acre possuía, em 2019, 51.113 hectares de vegetação secundária com pelo menos seis anos de regeneração sob alta pressão para conversão em áreas agrícolas. A maior parte desse total está localizada no Vale do Acre, com 38.517 hectares.

O estudo integra o projeto Amazônia 2030, que reúne pesquisadores brasileiros com o objetivo de propor caminhos para o desenvolvimento econômico e humano da região, com base no uso sustentável dos recursos naturais.

Além da vegetação sob alta pressão, foram identificados 143.018 hectares de vegetação secundária sob baixa pressão. De acordo com a pesquisa, essas áreas estão principalmente em assentamentos rurais, imóveis privados e em áreas públicas não destinadas.

Na Amazônia Legal, 28% da vegetação secundária sob alta pressão — o equivalente a 549 mil hectares — encontra-se em áreas públicas sem destinação definida (16%) e vazios fundiários (12%). Esses territórios fazem parte de um total de 143 milhões de hectares que não possuem uso regulamentado. Segundo o Imazon, essa indefinição fundiária torna as áreas mais vulneráveis à supressão. A recomendação é que elas sejam destinadas à conservação e a usos sustentáveis, com base em estudos de planejamento e ordenamento territorial.

Capoeira é o termo utilizado para descrever áreas de vegetação secundária, ou seja, áreas que se regeneram após algum tipo de interferência humana, como desmatamento ou uso agrícola. A presença de capoeiras sob alta pressão agrícola indica que essas regiões, em processo de regeneração ambiental, correm risco de serem convertidas novamente para atividades econômicas, o que compromete a recuperação da cobertura florestal e o equilíbrio ecológico da Amazônia. Essa dinâmica tem implicações diretas na conservação da biodiversidade e no cumprimento das metas de redução do desmatamento no Brasil.

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