O deputado Nicolau Júnior (Progressistas) tomou posse, neste sábado (1º), como presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para mais um mandato. A cerimônia ocorreu no plenário da Casa e contou com a presença de autoridades estaduais, incluindo o governador Gladson Cameli, representantes do Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e Defensoria Pública, além de deputados federais e senadores.
Durante seu discurso, Nicolau Júnior reafirmou a importância da independência do Legislativo, ressaltando que o papel da Aleac é atuar de forma equilibrada, sem oposição entre os poderes. “Com muita humildade, assumo novamente a presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Acre e o faço reafirmando o principal valor da nossa gestão: a independência deste poder. Independência com responsabilidade e harmonia com os demais poderes. Independência para divergir, mas também para buscar convergir ideias, pensamentos e projetos, em torno dos interesses maiores do povo do Acre.”
“Independência com responsabilidade, harmonia entre os poderes e união pelo Acre. Juntos, construímos soluções para nossa população!” – Nicolau Júnior, presidente da Aleac. #UniãoPeloAcre – Foto: Sérgio Vale
O parlamentar também enfatizou que a Casa Legislativa seguirá sendo um espaço de diálogo e construção de soluções para os desafios do estado. “Esta é a Casa do Povo. É a Casa do diálogo, do debate aberto e do equilíbrio. Aqui devemos agir com foco na construção de consensos e na garantia da governabilidade. Sem radicalismos e sempre com o espírito desarmado, porque entendo que os poderes constituídos não podem fazer oposição entre si.”
Projetos e relação com o Executivo
Nicolau Júnior citou a parceria entre a Aleac e o governador Gladson Cameli, destacando projetos aprovados pelo Legislativo, como a CNH Social, que oferece carteira de habilitação gratuita para pessoas de baixa renda, e o reajuste salarial de 20,32% para servidores estaduais.
“Ser acreano é minha identidade, ajudar a transformar o Acre é minha missão!” – Nicolau Júnior, presidente da Aleac. #UnidosPeloAcre – Foto Sérgio Vale
Ele também mencionou a doação de um terreno de 20 mil metros quadrados para a construção da nova sede da Assembleia Legislativa. “A construção do novo espaço da Aleac é de grande significado para nós e para a população em geral, pois trará mais conforto aos servidores, espaço para melhor atender a população e seus representantes, além de dar celeridade às atividades legislativas”, disse.
Educação, segurança e união política
O presidente da Aleac destacou iniciativas voltadas à educação, como a Escola do Legislativo, que ofereceu cursos gratuitos preparatórios para o Enem e beneficiou mais de 1.200 jovens. “O parlamento acreano tem compromisso com uma educação de qualidade, com melhores estruturas para a saúde e com políticas públicas que aumentem a segurança da nossa população”, afirmou.
Ele também fez um apelo pela união entre os parlamentares, enfatizando a necessidade de superar diferenças ideológicas para atuar de forma conjunta em benefício da população. “Faço um apelo aos colegas deputados pela união dos parlamentares em torno dos interesses maiores da coletividade acreana. Para que seja possível superar as diferenças ideológicas e partidárias em torno da construção de soluções em benefício do povo acreano.”
“Faço um apelo pela união dos parlamentares, para que possamos superar diferenças e trabalhar juntos pelo povo acreano.” – Nicolau Júnior, presidente da Aleac. #UniãoPeloAcre – Fotos: Sérgio Vale
O Acre no cenário nacional e internacional
O deputado destacou a importância do estado no contexto ambiental e reforçou que o Acre tem um papel estratégico na preservação da Amazônia. “O Acre não é um peso para o País, nós somos parte da solução dos problemas do mundo. Somos exemplo de preservação para o planeta, somos a reserva do mundo, mas temos que cobrar o preço que valemos e que isso tem nos custado.”
“Com gratidão pelo presente e compromisso com o futuro, seguimos trabalhando para transformar a vida de cada acreano.” – Nicolau Júnior, presidente da Aleac. #FuturoeUnião – Foto: Sérgio Vale
Ao assumir mais um mandato na presidência da Aleac, Nicolau Júnior reafirmou o compromisso de fortalecer o Legislativo e trabalhar pelo desenvolvimento do estado. “Ser acreano é minha identidade, ajudar a transformar o Acre é minha missão! Vamos trabalhar juntos e unificados para transformar a vida de cada um dos 880 mil acreanos.”
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) anunciou a abertura de um novo escritório em Washington, nos Estados Unidos, como parte da estratégia do governo para apoiar empresas brasileiras afetadas pelo aumento tarifário imposto ao país. A medida integra o Plano Brasil Soberano, que prevê R$ 30 bilhões em crédito e incentivos às companhias impactadas.
De acordo com o presidente da Apex, Jorge Viana, além da atuação institucional nos Estados Unidos, o Brasil tem buscado parcerias com a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) e com importadores de produtos nacionais. O objetivo é mobilizar o setor privado norte-americano em defesa da exclusão de itens brasileiros do tarifaço. “Precisamos trazer para o nosso lado os importadores que ganham com os produtos brasileiros. Isso vale para setores como café e carne, que têm peso significativo no mercado norte-americano”, afirmou.
Viana destacou ainda que as exigências feitas pelo governo dos Estados Unidos para revisar as sanções atingem a soberania brasileira. Segundo ele, o entrave não se restringe a questões comerciais, já que envolve tentativas de interferência em áreas internas, como o Judiciário. “Se fosse apenas uma questão comercial, já estaria resolvida. Não há como aceitar condicionantes que ferem a soberania nacional”, disse.
A estratégia brasileira também inclui a diversificação de mercados. A Apex já identificou mais de 100 países com potencial para absorver produtos que estão perdendo espaço nos Estados Unidos. Entre os setores mapeados, destacam-se alimentos, calçados e bens industrializados. Para viabilizar essa transição, a agência pretende ampliar a participação de empresas em feiras internacionais e trazer compradores estrangeiros ao Brasil.
No cenário das exportações, dados da Apex mostram que o Brasil vendeu US$ 77,3 bilhões em bens no primeiro trimestre de 2025, levemente abaixo do mesmo período de 2024. O saldo comercial, entretanto, fechou positivo em US$ 10 bilhões. China, União Europeia, Estados Unidos e Mercosul seguem entre os principais destinos, com destaque para o aumento de 51% nas vendas à Argentina.
Segundo Viana, a crise comercial pode abrir novas oportunidades. “Em uma guerra comercial todos perdem, mas às vezes perde mais quem a provocou. O Brasil tem alternativas e está preparado para enfrentá-la”, avaliou.
A expansão da Apex nos Estados Unidos e o reforço do crédito interno buscam reduzir os efeitos imediatos do tarifaço, ao mesmo tempo em que se constroem alternativas para garantir competitividade às exportações brasileiras. O governo aposta que, ao diversificar mercados e manter diálogo com importadores norte-americanos, o país conseguirá reduzir perdas e fortalecer sua posição no comércio internacional.
Feijó, no Acre, vai sediar a primeira indústria brasileira dedicada ao processamento de açaí com selo de Indicação Geográfica (IG). O anúncio foi feito em conjunto pelo Governo do Estado, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e a Prefeitura de Feijó, durante ato realizado no município. A iniciativa prevê investimento superior a R$ 6 milhões e deve beneficiar diretamente produtores locais e famílias que vivem da cadeia extrativista do fruto.
O projeto inclui a cessão de um terreno no parque industrial do município, oficializada pelo governador Gladson Cameli, que destacou a relevância da agroindústria para diversificar a economia regional e ampliar o alcance do açaí acreano. Segundo ele, a implantação da fábrica vai fortalecer a economia da regional Envira e abrir espaço para novas indústrias. “Estamos consolidando um produto que carrega a identidade do Acre e que agora terá valor agregado, com potencial de conquistar mercados externos”, afirmou.
A unidade será administrada pela Cooperativa de Produtores, Coletores e Batedores de Açaí de Feijó (Acaicoop), responsável pela gestão da IG concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial em 2023. A cooperativa estima que a produção processada chegue a 60 toneladas mensais, com geração de ao menos 50 empregos diretos e impacto sobre mais de 500 famílias da cadeia produtiva.
A diretora de Economia Sustentável e Industrialização da ABDI, Perpétua Almeida, informou que os recursos serão aplicados em duas etapas, de R$ 3 milhões cada, para construção e equipagem da indústria. “Nosso objetivo é estruturar um empreendimento que receba também a produção de Tarauacá e da região do Envira, garantindo escala e maior inserção no mercado”, explicou.
Produtores e cooperados ressaltaram que a industrialização representa a possibilidade de definir preços, ampliar mercados e melhorar a renda. Julia Gomes, presidente da AçaíCoop Feijó, destacou que a nova estrutura consolida um antigo projeto coletivo. “Com a fábrica, vamos transformar o açaí de Feijó em um produto competitivo, capaz de fortalecer nossa economia e valorizar as famílias envolvidas”, afirmou.
O município de Feijó já é conhecido nacionalmente pela Festa do Açaí e pela produção que varia entre 35 e 40 toneladas por mês. Com a instalação da indústria, a expectativa é que a cidade amplie sua relevância no cenário produtivo, unindo tradição cultural e inovação industrial.
A iniciativa reforça o cooperativismo como estratégia para estruturar cadeias produtivas na Amazônia e aponta para um novo momento da economia acreana, com a valorização da biodiversidade como motor de desenvolvimento regional.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, percorreu neste sábado (16) os 364 quilômetros da BR-364 até Feijó para participar da 26ª edição do Festival do Açaí. Durante a viagem, que foi registrada em suas redes sociais, ele destacou os problemas da rodovia e ouviu reclamações de motoristas e moradores.
Em um dos relatos, um caminhoneiro afirmou que “são obras paliativas que se repetem há 15 anos”. Bocalom disse que a estrada precisa de investimentos permanentes para garantir acesso durante todo o ano, facilitar o turismo e o escoamento da produção local.
O prefeito de Rio Branco e presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), Tião Bocalom, viajou na manhã deste sábado, 16, ao município de Feijó para participar da 26ª edição do Festival do Açaí, uma das festas mais tradicionais da região, a convite do prefeito Railson Ferreira. Apesar das críticas à infraestrutura, ele ressaltou a importância do evento para a valorização da cultura e para a economia do município, considerado o maior produtor do fruto no Acre.
“Uma estrada que dá acesso o ano todo nesta região, atrai turistas, permite escoamento da produção e gera riqueza, é por isso que tem que ser bem feita”, concluiu.