Na década de 1930 foi construído o Casarão, localizado no centro da capital Rio Branco, para servir de residência ao governador do ex-território do Acre, Manoel Fontenele de Castro.
No dia 13 de agosto de 2009, por iniciativa da sociedade civil, o prédio foi tombado pelo Conselho Estadual de Patrimônio Histórico e Cultural, sendo homologado o tombamento no dia 30 de abril de 2010, por meio do Decreto nº 5.235.
Após ser tombado, o Casarão passou a ser administrado pela Fundação de Cultura Elias Mansour, e poucas reformas foram realizadas no local. Na última segunda-feira (07), tiveram início as reformas, onde já ocorrem feiras, exposições de artesanatos, de livros, entre outras modalidades. Além disso, durante o período invernoso, costuma ser local de realização do famoso forró do Senadinho.
Na parte superior do prédio existem três salas, uma em homenagem ao jornalista cultural Chico Pop, outra de memória do próprio espaço, com uma sala de multimeios, e a terceira especialmente para exposição de artesanato.
Com o início das obras, a previsão de entrega é de, no máximo, três meses.
A ativista cultural e atriz, Karla Martins, enfatizou que o Casarão é um espaço histórico da sociedade civil acreana, e que ao reformar um espaço desse, reforça os laços fundamentais para a sociedade. “Durante longos anos ele se tornou um bar, onde o ativismo cultural da cidade estava presente. Ali fizemos diversos saraus. O Casarão tem um contexto histórico da sociedade civil. Essa reforma é de extrema importância para nossa população”, salientou a artista.
Já o sambista e compositor, Brunno Damasceno, diz que tem um grande amor e respeito pelo Casarão já que seu primeiro grande projeto foi lançado lá. “Eu sempre fui apaixonado pelo Casarão, tanto é que meu primeiro projeto de samba eu fiz lá no Casarão e foi um grande sucesso. Esse meu projeto Casas e Bambas acontecia todas as primeiras sexta-feira dos meses”, afirmou.
“Aquele local emana uma energia maravilhosa que eu acho que vem da nossa ancestralidade, dos nossos amigos músicos que passaram por ali, que tiveram que fugir da ditadura e lutar muito para manter aquele local de pé. Tenho um grande respeito pelo Casarão”, finalizou Damasceno.