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Reabertura da Casa de Chico Mendes em Xapuri (AC): Um retorno às raízes da luta socioambiental

Xapuri: Compromisso renovado com a memória e ideais do ativista ambiental que marcaram gerações na Amazônia – Chico Vive!

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Xapuri (AC) testemunhou, na última sexta-feira, 10, a reabertura da Casa de Chico Mendes, marcando o retorno às raízes da luta socioambiental que ecoou a partir deste pequeno município. Após cinco anos fechada, a residência que abrigou o ativista Chico Mendes volta a abrir suas portas, não apenas como um espaço histórico, mas como um testemunho vivo das batalhas iniciadas por Mendes e tantos outros seringueiros em prol da Amazônia e de suas comunidades.

A reforma, realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em colaboração com a prefeitura de Xapuri e a família de Chico Mendes, é mais do que a restauração de uma construção; é a revitalização de um símbolo da resistência. Desde 2007 tombada pelo Iphan, a casa e seu acervo representam o modo de vida dos seringueiros na região amazônica, sendo o local onde Chico Mendes viveu e onde perdeu a vida em 1989.

A prefeitura de Xapuri, agora responsável pela administração do espaço, não apenas se compromete a preservar fisicamente a casa, mas também a manter viva a chama das ideias que Chico Mendes defendia. Bira Vasconcelos, prefeito de Xapuri, destaca: “O Acre deve muito aos seringueiros e a Chico Mendes, e a gente tem que pagar essa dívida. A nossa ideia é que a juventude, as escolas, quando vierem visitar o espaço, aprendam um pouco sobre esses ideais que o Chico tanto falava e hoje estão se concretizando”.

Foto: Felipe Freire/Secom

A reforma abrangente incluiu a substituição de elementos estruturais danificados, a recuperação de áreas internas e externas, bem como uma nova pintura completa. O investimento de pouco mais de R$ 92 mil não é apenas financeiro; é um investimento no legado e na memória que a Casa de Chico Mendes carrega consigo.

Angela Mendes, filha de Chico Mendes e coordenadora do Comitê Chico Mendes, expressa o simbolismo da reabertura: “Estamos aqui em Xapuri para a reabertura da casa de Chico Mendes, num momento muito importante, muito simbólico da luta que é os 35 anos que Chico nos deixou um legado muito importante, e essa casa representa muito desse legado.”

Foto: Felipe Freire/Secom

Leandro Grass, presidente do Iphan, destaca a relevância histórica do momento e o compromisso contínuo: “Esse templo da luta socioambiental brasileira passa a estar disponível para educação, para informação e para inspiração das atuais e futuras gerações.” Grass enfatiza o compromisso de levar adiante o legado de Chico Mendes, especialmente diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas e ameaças enfrentadas pelas comunidades desfavorecidas.

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Brasil e China discutem corredor ferroviário que pode beneficiar Acre e Rondônia

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O Ministério dos Transportes, a Casa Civil e uma delegação de engenheiros ferroviários da China se reuniram nesta semana para tratar da possível implantação do Corredor Bioceânico Brasil-Peru, que poderá integrar os estados do Acre e Rondônia a uma rota internacional de exportação. A proposta prevê a conexão ferroviária entre o Porto Sul, na Bahia, e o porto de Chancay, no Peru, cruzando o território brasileiro de leste a oeste.

O projeto foi tema de uma visita técnica em Ilhéus (BA), incluindo inspeções na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e no Porto Sul. Segundo o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, a infraestrutura seria responsável por escoar cargas do centro do país, passando por estados como Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre até o Pacífico.

A delegação chinesa estuda a viabilidade do projeto e deve elaborar um novo estudo técnico para avaliar a implantação da ferrovia transcontinental. A iniciativa é considerada uma estratégia para ampliar o comércio entre a América do Sul e a Ásia, encurtando o tempo de transporte marítimo entre os dois continentes em cerca de 10 dias.

A Malha I da Fiol, entre Caetité e Ilhéus, já tem 537 quilômetros em construção e é gerida pela empresa Bamin. O trecho é parte do projeto Fico-Fiol, que integra as ferrovias de Integração Centro-Oeste e Oeste-Leste, com 2,7 mil quilômetros entre Bahia, Goiás e Mato Grosso, incluído no Novo PAC, com previsão de R$ 28,7 bilhões em investimentos.

A comitiva chinesa também visitou pontos de integração entre as ferrovias, como o entroncamento em Mara Rosa (GO) com a Ferrovia Norte-Sul, e deve seguir para o Porto de Santos (SP). A agenda antecede a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, marcada para maio, no âmbito da Celac, onde devem ser aprofundadas as tratativas bilaterais sobre infraestrutura.

A possibilidade de extensão do corredor até o Acre e Rondônia está associada à estratégia de escoamento da produção de grãos e minérios, especialmente para o mercado chinês. Segundo o Ministério dos Transportes, o Brasil exporta cerca de US$ 350 bilhões por ano, sendo a China o principal destino, com destaque para minério de ferro e soja.

​A reunião entre representantes do Ministério dos Transportes, da Casa Civil e a delegação chinesa ocorreu em Brasília na terça-feira, 15 de abril de 2025.

Fonte: Ministério dos Transportes

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Turismo inclusivo e sustentável avança com atuação em rede nos municípios brasileiros

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Representantes de 12 municípios participantes do Programa Turismo Futuro Brasil reuniram-se durante a WTM Latin America para discutir estratégias de consolidação do turismo sustentável e inclusivo no país. O encontro integra as ações do programa promovido pelo Sebrae em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio técnico da GKS Inteligência Territorial.

O objetivo é estruturar políticas públicas e práticas que melhorem a experiência turística, incluindo aspectos de acessibilidade, governança, inovação, sustentabilidade, marketing e segurança. A atuação em rede tem permitido a troca de experiências e o desenvolvimento de soluções adaptadas a diferentes contextos regionais.

Participam da iniciativa os municípios de Pirenópolis (GO), Bonito (MS), Penedo (AL), São Luís (MA), Recife (PE), Belém (PA), Novo Airão (AM), Curitiba (PR), Bombinhas (SC), Belo Horizonte (MG), Ilhabela (SP) e Paraty (RJ). Ao longo de dois anos, essas cidades passaram por diagnósticos e consultorias para implementação de projetos voltados ao turismo sustentável e acessível.

Segundo o Sebrae, o programa está em fase de reavaliação, que deve ocorrer em maio, com o objetivo de mensurar os avanços em cada dimensão prioritária. A troca de experiências entre os municípios é apontada como um dos pontos centrais da metodologia.

Exemplos locais incluem o uso de sensores para monitoramento do fluxo turístico em Ilhabela (SP), investimentos em infraestrutura e capacitação indígena em Novo Airão (AM) e ações de ordenamento do centro histórico de Paraty (RJ). Em São Luís (MA), destacou-se o esforço de mobilização da sociedade e do setor produtivo.

O Programa Turismo Futuro Brasil contribui para preparar as cidades para o reconhecimento como Destino Turístico Inteligente (DTI), conforme critérios que vêm sendo definidos pelo Ministério do Turismo.

Para o Sebrae, mais do que atender visitantes, o foco da estratégia é melhorar as condições de vida da população local por meio do turismo estruturado e integrado a outras políticas públicas.

Foto: Divulgação/Flor da Samaúma

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Governo do Acre distribui 13 toneladas de alimentos a comunidades indígenas de Feijó e Tarauacá

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O Governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), entregou nesta quinta-feira, 17 de abril, mais de 13 mil quilos de alimentos, além de 300 kits de higiene, 300 kits de limpeza e 68 colchões a comunidades indígenas dos municípios de Feijó e Tarauacá.

A iniciativa foi uma resposta aos impactos causados pelas enchentes e enxurradas registradas nos meses de março e abril, que atingiram plantações e estruturas habitacionais de diversas aldeias. Em Feijó, as comunidades beneficiadas foram Boa União, Novo Paraíso, Paroá Central, Xiná Banu, Nova Aliança, Curralinho e famílias indígenas em tratamento de saúde. Em Tarauacá, os itens foram destinados à Terra Indígena Praia do Carapanã, Aldeia Água Viva e Terra Indígena Igarapé Primavera.

Segundo a SEASDH, as cestas básicas com 25 quilos de alimentos foram armazenadas no galpão da Cageacre e distribuídas com apoio do Polo Básico de Saúde Indígena de Feijó. A destruição de roçados e hortas prejudicou a subsistência de dezenas de famílias. Em Boa União, a avaliação técnica indicou a necessidade de realocação de 32 famílias por instabilidade do solo. Também foram identificadas perdas de pequenos animais e plantações em aldeias como Paroá Central.

Além da ajuda às aldeias, 50 cestas foram destinadas a famílias de alunos da rede estadual de ensino em Feijó. A ação contou com participação da coordenação local da educação, da equipe de saúde indígena e da prefeitura municipal, representada pelo vice-prefeito Juarez Leitão.

A entrega dos itens foi acompanhada por representantes do governo estadual, entre eles a técnica de referência para assuntos indígenas e comunidades tradicionais, Andréia Guedes, e a nutricionista Daiane Alves, responsável pela avaliação das necessidades nutricionais das famílias afetadas.

O município de Feijó concentra a maior população indígena do estado, com mais de 5 mil pessoas. A SEASDH anunciou que outras comunidades também receberão apoio, como a Terra Indígena Katukina/Kaxinawá e áreas solicitadas pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Juruá.

A operação de assistência segue as diretrizes do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

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