O lançamento oficial da VIII edição da Ecoflores – Feira da Economia Solidária e Popular, aconteceu nesta sexta-feira, 23, no Horto Florestal. O evento reuniu expositores, a imprensa, autoridades e parceiros para apresentar os detalhes da feira que começa dia 28 e vai até 2 de julho.
A feira terá a participação de 150 expositores do Brasil, Bolívia e Peru com empreendimentos dos segmentos da agricultura familiar, artesanato, alimentação, economia criativa, artes plásticas, bazar, movelaria, cerâmica, brinquedos, entre outros. A expectativa é que compareçam 20 mil pessoas durante os cinco dias de evento.
O Presidente da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários – Unisol Acre, Carlos Omar, apresentou os detalhes do evento e reforçou aos presentes a importância da realização da Ecoflores na capital.
“A importância desse lançamento é algo muito bom, porque estamos fazendo um trabalho a muitas mãos, a economia solidária é formada por várias pessoas que juntas compõem diversos empreendimentos para a sociedade. Quero agradecer a oportunidade de estarmos todos reunidos para mais um lançamento da melhor feira de economia popular e solidária da Amazônia”, relatou.
Representando o prefeito Tião Bocalom no evento, o Coronel Ezequiel Bino, responsável pela pasta da economia solidária no município, enfatizou a parceria da gestão para a realização da feira e informou que o ambiente do Horto Florestal está sendo preparado para a montagem das barracas e para receber a população com segurança.
“Quero destacar que o evento é importante para movimentar a economia do nosso estado e tenho certeza que muitas pessoas irão comparecer na feira, contem com o apoio da Prefeitura de Rio Branco, somos parceiros na realização e estamos fazendo todo o possível para que o evento seja um sucesso”, destacou.
Valdemiro Rocha, presidente do Sistema OCB/Sescoop Acre agradeceu a presença de todas as instituições parceiras que compareceram ao evento e que estão envolvidas na realização da Ecoflores.
“Estamos todos aqui juntos e envolvidos na realização desse importante evento, oportunidade de negócios e de renda para muitas famílias, para cooperativas e associações venderem seus produtos. Nosso propósito é o fortalecimento da economia solidária e popular e não tenho dúvida de que será um evento muito bom”, disse.
Oportunidade de negócios e de renda para famílias
A feira é uma oportunidade de negócios para os expositores, que apresentam e comercializam seus produtos e serviços e ainda ajudam a aquecer a economia e a melhorar a renda das famílias.
Kelle Altina, proprietária da Kalux Artesanato, destacou a importância da feira para ajudar na composição da renda da família.
“Eu amo participar da Ecoflores, o ambiente é super agradável, as pessoas realmente comparecem ao evento, essa é uma oportunidade de mostrar o meu trabalho e ajudar a desenvolver a economia no nosso estado, até porque além do evento essa é uma oportunidade de divulgar o nosso trabalho e o de outras pessoas, a venda dos produtos ajuda na geração de renda para nossas famílias”, destacou.
Compareceram ao lançamento o Coronel Ezequiel Bino, representando a Prefeitura de Rio Branco; Cesário Braga, do Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no Acre; Alessandra Ferraz, Superintendente da CONAB Acre, Tiago Almeida, diretor da Secretaria de Estado de Agricultura; Antônio Cerezo, da Reaja; Jorge Melo, da Coopermóveis; Silvia Monteiro, representando o gabinete do deputado estadual Pedro Longo; Paulo Machado, Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Educação; Márcio Alercio, Superintendente do Incra; Marcelo Messias, Secretário de Estado de Turismo; Edmar Batistela, presidente da CUT Acre, entre outras autoridades.
Realização
A VIII Ecoflores é uma realização da Unisol Acre, em parceria com o Sistema OCB/Sescoop Acre, a Reaja, Gabinete do deputado estadual Pedro Longo, Governo do Estado e Prefeitura de Rio Branco, ex-deputado estadual Daniel Zen e ex-deputado federal Leo de Brito, que destinaram emendas para a realização da atividade.
Texto: Andréia Oliveira e Bruna Rosa. Fotos: Alice Hainan
Rio Branco será sede, nos dias 5 e 6 de dezembro, das finais da Copa SEST SENAT, considerada a maior competição de futebol amador do Brasil. A etapa nacional reunirá equipes masculinas e femininas classificadas em diferentes regiões e contará com a presença da goleira da seleção brasileira, Bárbara Micheline. As semifinais serão realizadas na sexta-feira, 5 de dezembro, a partir das 19h, no SEST SENAT Rio Branco, e as finais ocorrerão no sábado, 6 de dezembro, às 15h.
A competição chega à capital acreana após uma edição que registrou recorde de participação, com 97 equipes masculinas e 29 femininas. Os times semifinalistas do masculino são Ísis Transportes e Locação, de São Vicente (SP), Rodofrota Transportes e Logística, de Ponta Grossa (PR), Viação Conquistadora, de Pelotas (RS), e Apoio Transportes, de Vitória da Conquista (BA). No feminino, disputam a vaga na final Vitlog, de Vitória da Conquista (BA), Vega, de Fortaleza (CE), Asatur Transporte, de Boa Vista (RR), e São Cristóvão, de Patos de Minas (MG).
Além dos jogos, o SEST SENAT preparou uma programação paralela aberta ao público, com bandas locais, brinquedos para crianças, lanches gratuitos e sorteio de prêmios, incluindo uma moto zero quilômetro. Os portões serão abertos às 15h na sexta-feira e às 14h no sábado. A direção destaca que a iniciativa integra as ações de fortalecimento do esporte e de promoção da saúde. “A Copa SEST SENAT é um evento que movimenta milhares de pessoas em todo o Brasil. Receber a grande final em Rio Branco é motivo de orgulho e demonstra o compromisso da instituição com a promoção do esporte, da saúde e do bem-estar”, afirma Daniely Vale, diretora da unidade em Rio Branco.
O torneio reúne trabalhadores do setor de transporte e comunidades locais, com impacto estimado na circulação de público e no incentivo ao esporte amador. A realização das finais em Rio Branco promove integração entre regiões, amplia a visibilidade das equipes participantes e fortalece atividades comunitárias vinculadas ao evento.
A Prefeitura de Rio Branco anunciou que a edição de 2025 do Natal de Vida, Esperança e Dignidade será inaugurada no sábado, 6 de dezembro, às 18h, no centro da cidade, com uma estrutura que, segundo a gestão municipal, representa o formato mais tecnológico já montado para o evento. A preparação inclui montagem de equipamentos e teste de iluminação, que estão em fase final de execução, com o objetivo de entregar uma celebração voltada a públicos de todas as idades.
O prefeito Tião Bocalom afirmou que a realização do evento é resultado do planejamento financeiro da administração municipal, que, segundo ele, permite ao mesmo tempo investir em serviços essenciais e promover atividades culturais para a população. O prefeito declarou que “quando a gente cuida bem do dinheiro público, sobra para fazer obra, comprar uniformes para as crianças, computadores para professores, reformar escolas, colocar ar-condicionado, adquirir medicamentos, reformar unidades de saúde, construir viaduto e também para garantir a alegria do nosso povo no final do ano”, ao comentar sobre a montagem da estrutura natalina. Ele também afirmou que o objetivo é promover um “Natal de luz, esperança e dignidade” para 2025.
A programação prevê o acendimento oficial das luzes natalinas no próximo sábado. Bocalom afirmou que os equipamentos já estão instalados e que a prefeitura prepara um espetáculo aberto ao público. Durante a apresentação da estrutura, ele destacou: “Você que está me vendo está convidado a estar aqui no sábado, às 18 horas, para o acender das luzes de 2025. Tenho certeza de que você vai gostar, seus filhos vão gostar, todos vão gostar, é algo realmente diferente”. O prefeito também comparou a proposta do evento com as celebrações realizadas em outras regiões do país ao afirmar que Rio Branco não busca reproduzir a experiência de cidades como Gramado, mas deseja construir uma referência regional para o período natalino.
Mulheres que ocupam cargos formais no Brasil recebem, em média, 21,2% a menos que os homens, segundo o 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego no início de novembro. O levantamento considerou dados de 54.041 empresas e apontou que a remuneração média feminina é de R$ 3.908,76, enquanto a média masculina chega a R$ 4.958,43. Os números reforçam a permanência de desigualdades estruturais no mercado de trabalho e motivam ações voltadas à equidade de gênero e raça em diferentes setores.
A análise salarial se conecta ao conjunto de iniciativas desenvolvidas pelo Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, do Ministério das Mulheres, que apoia empresas e organizações na revisão de práticas de gestão e na implementação de políticas internas de diversidade. Atualmente, 88 empresas participam da 7ª edição do programa, que já recebeu 246 adesões ao longo de suas edições. A certificação concedida pelo selo Pró-Equidade reconhece compromisso institucional com mudanças nas estruturas organizacionais e no enfrentamento de práticas discriminatórias.
As informações do relatório e as ações do programa dialogam com relatos de profissionais que identificam impactos diretos da desigualdade de gênero em suas trajetórias. Alessandra Souza, vice-presidente de Marketing e Comunicação de Marca de uma montadora multinacional, afirmou que padrões de comportamento associados à liderança masculina influenciaram sua experiência no início da carreira. “Eu sofria, de forma muito sutil, uma tendência a levar para uma masculinização da minha gestão”, disse. Para ela, condições estruturais nas empresas podem facilitar ou dificultar a permanência e o avanço das mulheres em espaços de decisão.
A diretora de negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Ana Paula Repezza, destacou que vivências externas ao ambiente corporativo também moldam competências valorizadas no trabalho. “A minha carreira aconteceu quando eu deixei de tentar ser uma coisa que não sou”, afirmou, ao relatar que sua evolução profissional ocorreu após a licença-maternidade. Segundo Repezza, a diversidade de trajetórias amplia perspectivas dentro das organizações.
Executivas de instituições que integram o programa afirmam que ajustes internos têm potencial para transformar ambientes de trabalho e ampliar oportunidades. Para Glenda Nóbrega, gerente executiva de diversidade e inclusão da Caixa Econômica Federal, práticas estruturadas de gestão são determinantes para ampliar condições de crescimento. Já a diretora de administração da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Tereza Cristina de Oliveira, avaliou que mudanças institucionais repercutem também fora das empresas. “Se a gente não tiver a clareza de que as mudanças na sociedade se dão pelo nosso envolvimento, pela nossa luta e pelas nossas escolhas, a gente não está fazendo nada”, afirmou.
De acordo com as gestoras, medidas de equidade precisam considerar fatores como conciliação entre trabalho e família, acesso a oportunidades, critérios de promoção e políticas que contemplem raça, gênero e deficiência. A avaliação é que a combinação entre diagnóstico, ações públicas e práticas corporativas pode gerar efeitos diretos no mercado de trabalho e contribuir para a redução das diferenças registradas nos dados oficiais.