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Política

Acre terá novas áreas da União destinadas ao Minha Casa Minha Vida – Entidades

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O governo federal incluiu o Acre na nova etapa do programa Minha Casa Minha Vida – Entidades (MCMV-E) com a publicação da Portaria SPU/MGI nº 7.037, de 22 de agosto de 2025, que estabeleceu regras para a seleção de entidades privadas sem fins lucrativos para atuar na produção habitacional em terrenos da União. No estado, duas áreas foram disponibilizadas pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), em Feijó e Rio Branco.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) já apresentou proposta para o terreno de Rio Branco, situado na Rodovia AC-40, prevendo a construção de 300 a 400 unidades habitacionais. De acordo com o coordenador nacional do movimento, Jamyr Rosas, o déficit habitacional no Acre atinge cerca de 30 mil famílias, e os projetos da modalidade Entidades representam uma alternativa concreta para enfrentar esse cenário. “É um novo bairro que vai surgir em Rio Branco e já temos projeto pronto para a área. Agora é a questão do trâmite legal”, afirmou.

Assembleia Geral (Foto: Wendel Grangeiro – Comunicação MTST)

Rosas explicou que o MTST já possui experiência no estado, com o Residencial Marielle Franco, em Rio Branco, que terá 224 unidades contratadas com a Caixa Econômica Federal e previsão de início das obras ainda este ano. Ele destacou que a iniciativa surgiu a partir de uma reintegração de posse e será transformada em um conjunto com infraestrutura. “Essas 224 unidades vão beneficiar mais de mil pessoas”, disse.

O coordenador também reforçou a especificidade da modalidade Entidades, voltada a famílias de baixa renda, com renda de até dois salários mínimos ou sem renda formal, incluindo beneficiários do Bolsa Família e do BPC. Nessas condições, não há cobrança de taxas. “Quem escolhe os moradores é a própria entidade. É uma modalidade diferente, mas 90% segue as mesmas regras do programa geral”, explicou. Segundo ele, a seleção das famílias é feita a partir da participação em reuniões, assembleias e atividades do movimento.

Ocupação Marielle Franco (Foto: Wendel Grangeiro – Comunicação MTST)

Jamyr destacou que o programa não concorre com iniciativas do governo estadual ou municipal, mas complementa os esforços. “Se a entidade não conquista, as unidades vão para outro estado. Não estamos tirando casas de programas do governo estadual ou da prefeitura. É uma parceria que amplia o número de moradias no estado”, afirmou. Ele acrescentou que, além da oferta de moradias, os projetos têm impacto na economia local. “É mais geração de emprego nas construções das casas dentro do estado, é recurso que entra para fortalecer a economia e combater a falta de moradia”, disse.

O superintendente da SPU no Acre, Tiago Mourão, ressaltou o papel do governo federal na reestruturação da política habitacional. “O programa Minha Casa, Minha Vida é mais uma demonstração do compromisso do governo do Presidente Lula com a redução do déficit habitacional no Acre e em todo o país. A recente oferta de duas áreas da União no Estado do Acre só reforça o papel da Secretaria do Patrimônio da União, que tem atuado de forma estratégica, colocando imóveis da União à disposição para que projetos como esse se tornem realidade”, declarou.

Mourão também avaliou que a publicação da nova portaria amplia as oportunidades de acesso à moradia para famílias de baixa renda. “a portaria apresentou critérios para a seleção de entidades privadas sem fins lucrativos para atuarem dentro do programa, o que ampliou as oportunidades de utilização do patrimônio público em benefício direto da população de baixa renda”, afirmou.

Superintendente da SPU no Acre, Tiago Mourão

Política

ALEAC participa da Conferência Nacional da Unale e disputa prêmio em duas categorias

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A Assembleia Legislativa do Acre participa, entre 3 e 5 de dezembro, em Bento Gonçalves (RS), da 28ª Conferência Nacional da Unale, que reúne parlamentares estaduais de todo o país para discutir o papel dos Legislativos no contexto da inteligência artificial e das emergências climáticas. Além da presença institucional, a ALEAC concorre ao prêmio nacional da entidade nas categorias projetos especiais e reportagem legislativa, resultado de iniciativas desenvolvidas ao longo de 2025.

A conferência deste ano tem como eixo o tema Humanidade Conectada: Os Legislativos Estaduais no Tempo da IA e das Emergências Climáticas, conforme o material oficial apresentado pela organização do evento. Paralelamente à programação central, está prevista uma reunião do Parlamento Amazônico para analisar os resultados da COP realizada no Brasil, além da assembleia do Colegiado de Presidentes das Assembleias, que contará com a participação do presidente da ALEAC, deputado Nicolau Júnior.

A disputa da ALEAC pelo prêmio nacional inclui o projeto Redação Nota Mil, desenvolvido pela Escola do Legislativo Acreano, que atendeu mais de 1.700 jovens ao longo do ano. A iniciativa é destacada pela instituição como uma estratégia de aproximação com estudantes e preparação para avaliações educacionais. Segundo a Unale, os estados concorrem com iniciativas que demonstram impacto social, inovação legislativa ou relevância para a formação cidadã.

O histórico de participação da ALEAC na premiação inclui o segundo lugar na edição de 2024, realizada no Rio de Janeiro, quando o Legislativo acreano apresentou o programa de aulas preparatórias para o Enem desenvolvido em uma aldeia indígena na zona rural de Feijó. A continuidade das inscrições em 2025 reforça o interesse do Legislativo acreano em manter projetos voltados à educação, inclusão e fortalecimento da atuação institucional.

A conferência propõe que os Legislativos discutam tendências digitais, impactos da IA na gestão pública e respostas às crises climáticas que afetam diferentes regiões do país.

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Política

Em busca de mais verba, Câmara de Rio Branco avança em manobra que ameaça finanças do município

Na velha política de ‘pouca farinha, meu pirão primeiro’, o ônus recai sobre o povo, que paga a conta.”

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A Câmara de Rio Branco tenta ampliar sua fatia no orçamento municipal ao propor que contribuições previdenciárias sejam incluídas na base de cálculo do duodécimo. A medida, protocolada em 11 de novembro de 2025, pode elevar o repasse anual de cerca de R$ 60 milhões para até R$ 80 milhões.

A Câmara Municipal de Rio Branco decidiu testar os limites da responsabilidade fiscal. A proposta de emenda à Lei Orgânica, apresentada em 11 de novembro de 2025, tenta incluir contribuições previdenciárias na base de cálculo do duodécimo. O objetivo é óbvio: inflar o repasse ao Legislativo.

Não se trata de garantir “independência”, como tenta argumentar a justificativa oficial. Trata-se de aumentar o caixa da própria Câmara em um momento de crise, enquanto a Prefeitura corta despesas, revisa contratos e tenta manter serviços essenciais funcionando.

Caso aprovada, a mudança reduzirá o volume de recursos disponíveis para áreas como saúde, educação e assistência social, além de aproximar o Executivo dos limites de despesa com pessoal previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal.

A reportagem procurou membros do TCE que foram enfáticos ao classificar a tentativa como um desvio de cálculo e alertam para riscos de sanções, responsabilização de gestores e pressão sobre os limites fiscais da Prefeitura. Em outras palavras: a Câmara tenta empurrar o Executivo para o abismo fiscal e, com isso, arrastar toda a cidade junto. “Esse tipo de inclusão distorce a receita disponível do município. É um movimento que contraria a técnica orçamentária, pressiona os limites fiscais e cria risco de sanções para quem autorizar ou executar.”

Recentemente, a Câmara aprovou o aumento das emendas parlamentares de 1,15% para 2% do orçamento. As duas medidas ampliam a participação do Legislativo nas receitas municipais em um momento de cortes e ajustes promovidos pelo Executivo.

A proposta tramita na Câmara em meio a questionamentos técnicos e já nasce sob risco de judicialização. No fim das contas, a manobra não fortalece o Legislativo enfraquece Rio Branco, corrói o orçamento municipal e compromete serviços essenciais.

E, como sempre, nessa política de “pouca farinha, meu pirão primeiro”, quem acaba arcando com o ônus não é o vereador nem o gestor: é o povo, que paga a conta.

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Política

Audiência pública abre análise da LOA 2026 na Câmara de Rio Branco

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A Câmara Municipal de Rio Branco iniciou, na manhã de 1º de dezembro, o processo de análise da Lei Orçamentária Anual de 2026 durante audiência pública conduzida pelo vereador Márcio Mustafá, presidente da Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação. O encontro, realizado no plenário da Casa, buscou discutir o Projeto de Lei Complementar nº 33/2025, que estima receitas e fixa despesas do Município para o próximo ano, reunindo parlamentares, gestores da Prefeitura, representantes de instituições e membros da sociedade civil.

A abertura do debate foi marcada pela fala de Mustafá, que destacou a função estratégica da LOA no planejamento municipal. “Aqui não tratamos apenas de números, mas de prioridades. Discutimos qual cidade queremos construir”, afirmou. Ele também reforçou o papel do Legislativo no processo e ressaltou que o orçamento precisa alcançar as comunidades e serviços essenciais.

O secretário municipal de Planejamento, Wilson Leite, apresentou os parâmetros técnicos da proposta e afirmou que o processo foi conduzido com transparência. “A gente traz e compartilha com toda a população os números de Rio Branco e como chegamos a esses valores”, disse. Ele reconheceu ainda o esforço das equipes técnicas envolvidas na elaboração da proposta. Na exposição subsequente, a diretora de Orçamento Municipal, Renata Costa, explicou a evolução das receitas e despesas, incluindo reduções aplicadas em estimativas anteriores. Segundo ela, a operação de crédito prevista para 2025, de R$ 175 milhões, foi reavaliada para R$ 67 milhões em 2026, e a receita patrimonial ficou abaixo do estimado no período anterior, exigindo ajustes.

O debate também recebeu contribuições da sociedade civil. Representando o Movimento Junino, Paulo Leopoldo Lima defendeu a inclusão do segmento no orçamento, lembrando o impacto econômico do setor e os custos envolvidos na manutenção das quadrilhas. “É um trabalho que movimenta costureiras, aderecistas, coreógrafos e empreendimentos comunitários”, afirmou.

Entre os parlamentares, surgiram preocupações relacionadas à participação popular, cultura, esporte e serviços essenciais. O vereador Fábio Araújo questionou o alcance da consulta pública, que não atingiu 1% da população, e apontou valores reduzidos nos fundos municipais. Zé Lopes relatou demandas por água, pavimentação e limpeza pública nas comunidades. Samir Bestene alertou para impactos da redução orçamentária sobre agricultura familiar, assistência social e investimentos. André Kamai destacou a baixa confiança da população no processo participativo e mencionou que o orçamento destinado à cultura se aproxima do valor gasto com decoração natalina no Município. Já Felipe Tchê chamou atenção para a queda nos investimentos, que passam de R$ 529 milhões em 2025 para R$ 375 milhões em 2026.

Em resposta aos questionamentos, o secretário Wilson Leite explicou limites legais e financeiros enfrentados pela gestão municipal. Ele citou a inadimplência na taxa de limpeza pública, que arrecadou R$ 9 milhões dos R$ 20 milhões lançados, e lembrou que 80% do orçamento está comprometido com despesas obrigatórias, como saúde, educação e folha de pagamento.

As discussões seguirão nas comissões permanentes e posteriormente em plenário até a votação final da LOA 2026.

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