O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior, anunciou nesta segunda-feira, 19 de maio de 2025, a realização da segunda caravana parlamentar pela BR-364, entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul. A ação tem como objetivo inspecionar os pontos críticos da rodovia e cobrar do governo federal a execução imediata das obras de recuperação.
A caravana, com saída marcada para 5 de junho, contará com a presença de deputados estaduais, parlamentares da bancada federal, representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Advocacia-Geral da União (AGU), da Federação das Indústrias do Acre (FIEAC) e da Fecomércio. A imprensa também foi convidada a acompanhar a ação.
“Essa fiscalização é uma preocupação coletiva. São mais de 20 anos acompanhando os problemas da estrada. Queremos um trabalho definitivo, que comece este ano com a manutenção e reconstrução da BR-364 em parceria com o governo federal e o DNIT”, afirmou Nicolau Júnior durante coletiva.
O itinerário da caravana inclui paradas técnicas na ponte do Caeté, em Sena Madureira, e na ponte do Rio Tarauacá, além da comparação entre trechos com diferentes métodos de pavimentação. O encerramento ocorrerá com um ato público em Cruzeiro do Sul, no dia 6 de junho, onde será apresentado um relatório audiovisual das condições da estrada.
Paralelamente, o superintendente do DNIT no Acre, Ricardo Araújo, confirmou que a BR-364 foi reclassificada pelo governo federal como rodovia de nível 1, o que viabiliza sua reconstrução com prioridade de investimentos. Segundo Araújo, o edital para obras definitivas no trecho entre Sena Madureira e Feijó, com cerca de 200 km, deve ser lançado até agosto.
“Essa reclassificação reconhece que a BR-364 é uma rota de sobrevivência para milhares de pessoas. Já realizamos 30 km de manutenção com macadame e faremos entre 40 e 60 km adicionais enquanto a reconstrução não começa. O presidente Lula deixou claro que quer respeito com a população do Acre”, disse Araújo.
A obra definitiva incluirá camadas de pedras com 35 cm de espessura e a reconstrução de bueiros e pontes. O DNIT informou que a estrada possui alta densidade de igarapés, o que exige intervenções técnicas complexas.
Foto: Sérgio Vale