O secretário de governo do Acre, Luiz Calixto, atribuiu ao Partido dos Trabalhadores (PT) a responsabilidade pelos problemas estruturais que levaram à interdição da ponte sobre o rio Caeté, no quilômetro 282 da BR-364. A ponte, que liga os municípios de Sena Madureira e Feijó, será interditada para reabilitação, e Calixto afirma que a situação é resultado de falhas na execução da obra durante uma gestão petista.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Calixto afirmou que a construção foi feita às pressas e sem os devidos critérios técnicos. “Uma obra mal feita pelo PT vai deixar a nossa região, a partir do rio Caeté, isolada. Isso é uma prova de que as coisas sendo feitas apressadamente, de forma desordenada, sem qualidade, dão neste resultado”, declarou. Ele também convocou o ex-governador Jorge Viana a se posicionar sobre o tema: “Jorge Viana, se manifeste, por favor. Essa obra vai causar o maior transtorno para transporte de doentes, carros de polícia, mercadorias”.
Em resposta, o vereador de Rio Branco André Kamai (PT) rebateu as declarações e defendeu as realizações do partido em gestões anteriores. Kamai criticou o governo estadual por não dar continuidade a investimentos em infraestrutura e destacou a inatividade das gestões recentes. “Será mesmo que ele acredita que o povo não está vendo que eles estão há seis anos no governo, tiveram um presidente aliado, e que nada foi feito pelo Acre? Na época do presidente deles, esse isolamento quase aconteceu de verdade porque abandonaram a BR”, afirmou Kamai.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que, durante a interdição, a travessia do rio será realizada por balsas, que operarão gratuitamente, 24 horas por dia, garantindo o transporte de todos os tipos de veículos, incluindo carretas.
Na abertura do ano legislativo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), defendeu nesta segunda-feira (3) o fortalecimento do Congresso Nacional como pilar essencial da democracia brasileira. Em um discurso marcado por apelos à pacificação política e ao diálogo entre os Poderes, ele enfatizou que o Brasil exige coragem e ações concretas para garantir crescimento econômico, geração de emprego e combate às desigualdades.
A mensagem de Alcolumbre ocorre em um momento de tensões institucionais, especialmente após embates sobre emendas parlamentares e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que impactaram diretamente o Legislativo. Sem confrontar diretamente a Corte, ele ressaltou que as decisões judiciais devem ser respeitadas, mas alertou para a necessidade de preservar as prerrogativas do Parlamento.
O senador também reforçou que o Legislativo não pode ser um espectador das decisões do país e que sua independência é fundamental para destravar o crescimento econômico e reduzir a burocracia estatal. Em um tom conciliador, destacou a importância da oposição responsável e do diálogo político: “Precisamos voltar a ouvir antes de falar e falar sem agredir. Vamos colocar o bem-estar dos brasileiros acima de preconceitos, interesses pessoais e conveniências”, afirmou.
Ao reafirmar o compromisso do Congresso com a democracia, Alcolumbre destacou que a legitimidade do Parlamento vem do voto popular e de sua capacidade de representar os interesses da sociedade. Segundo ele, para que o Brasil avance, é essencial que Executivo, Legislativo e Judiciário respeitem seus limites e atuem com cooperação.
Diante de um ano que promete embates políticos e desafios fiscais, o Senado deixa um recado claro: o Congresso não abrirá mão de sua autonomia. Se, por um lado, o discurso prega harmonia, por outro, reivindica um papel mais ativo na definição dos rumos do país. Resta saber se os demais Poderes estarão dispostos a escutar.
A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) inicia os trabalhos legislativos de 2025 nesta terça-feira, 4 de fevereiro, com uma sessão solene marcada para as 10h. O evento contará com a participação de parlamentares, secretários de Estado, autoridades e do governador Gladson Cameli.
A sessão marca o início da 3ª legislatura e será transmitida ao vivo pelo canal oficial da Aleac no YouTube. Com o retorno das atividades parlamentares, os deputados estaduais retomam as discussões sobre temas como infraestrutura, saúde, educação e segurança pública.
O presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior (Progressistas), afirmou que a abertura do ano legislativo representa um compromisso com o debate e a aprovação de projetos voltados para o estado. Segundo ele, o Legislativo tem o papel de garantir que as propostas apresentadas atendam às necessidades da população.
A partir da quarta-feira, 5 de fevereiro, o parlamento retoma as atividades regulares, dando continuidade à análise de pautas e projetos apresentados ao longo do ano.
Com o respaldo de um bloco parlamentar amplo, que reuniu siglas de diferentes espectros políticos como PT e PL, Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito neste sábado (1) presidente da Câmara dos Deputados com 444 votos. Em seu discurso de posse, o deputado defendeu a Constituição, a democracia e as prerrogativas do Parlamento, assumindo o compromisso de pacificar a Casa e garantir a autonomia dos poderes.
A eleição da Mesa Diretora também refletiu a composição diversa do bloco de apoio. O Partido dos Trabalhadores (PT) garantiu a primeira secretaria, com Carlos Veras (PT-PE), cargo estratégico por controlar a administração interna e os atos da Câmara. O Partido Liberal (PL), que também esteve na coalizão que elegeu Motta, ficou com a primeira vice-presidência, ocupada por Altineu Côrtes (PL-RJ). O PL e o PT, que tradicionalmente se enfrentam na arena política, agora compartilham espaço na cúpula da direção da Casa.
Outros partidos também garantiram representação na Mesa Diretora: a segunda vice-presidência ficou com Elmar Nascimento (União Brasil-BA), enquanto as secretarias foram distribuídas entre Lula da Fonte (PP-PE) na segunda, Delegada Katarina (PSD-SE) na terceira e Sergio Souza (MDB-PR) na quarta.
A vitória de Motta encerra um período de incertezas sobre o comando da Câmara e sinaliza um movimento de conciliação interna, com apoio do governo e da oposição. O novo presidente assume com o desafio de garantir previsibilidade nas votações e reestabelecer a centralidade da Câmara na construção de consensos políticos.
No discurso de posse, Motta frisou a importância do Legislativo como pilar da democracia e garantiu que atuará para preservar suas prerrogativas, especialmente no momento em que o Judiciário questiona a transparência das emendas parlamentares. “Nosso compromisso é com um Parlamento forte, transparente e independente”, afirmou.
No Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente da Casa com 73 votos, consolidando uma ampla maioria. Em seu primeiro discurso, ele defendeu o diálogo e a pacificação, destacando a importância de garantir a independência dos senadores ao mesmo tempo em que colabora com a agenda do governo. O presidente Lula parabenizou Alcolumbre e reforçou a necessidade de harmonia entre as instituições.
Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil.
Os senadores também elegeram os demais integrantes da Mesa Diretora: Eduardo Gomes (PL-TO) na primeira vice-presidência e Humberto Costa (PT-PE) na segunda. As quatro secretarias foram ocupadas por Daniella Ribeiro (PSD-PB), Confúcio Moura (MDB-RO), Ana Paula Lobato (PDT-MA) e Laércio Oliveira (PP-SE).
Na segunda-feira (3), a sessão legislativa de 2025 será oficialmente inaugurada em uma reunião conjunta do Congresso Nacional. Sob nova direção, a Câmara e o Senado iniciam um ciclo que poderá definir os rumos da articulação entre Executivo e Legislativo no próximo período.