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Cultura

Com o projeto “Encantes para Todos”, escritor Antonio Alves coloca em circulação livro com histórias dos seres encantados da floresta

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Rio Branco, AC – 06 de Maio de 2024 – No ano passado, o escritor Antonio Alves lançou “Encantes – Livro Um”, com histórias de personagens como Mãe D’água, Mapinguari e o Boto. Ilustrado por imagens dos quadros do artista plástico Fernando França, com design de Marina Bylaardt, o livro esgotou rapidamente sua primeira edição. Este ano, com a aprovação do projeto “Encantes para Todos”, financiado pela Fundação Garibaldi Brasil com recursos da Lei Paulo Gustavo, o livro tem 350 novos exemplares e será colocado em circulação para um público mais amplo. Para isso, serão realizados vários encontros e palestras, com música, pintura, leitura e contação de histórias. 

O primeiro evento acontece em parceria com o Centro de Convivência e Cultura Arte de Ser, na oficina de livre expressão Keneya, um espaço de encontro com a cultura Huni Kui. Fernando França, artista acreano que mora em Fortaleza (CE), virá a Rio Branco para participar de uma roda de conversa que contará com a participação de Samê e Baynawa Huni Kui. O bate-papo será na quarta-feira, 08 de maio, a partir das 14h, no no Parque Capitão Ciriaco, localizado na Tv. Cabanelas, no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco (AC). 

“Nossa ideia é valorizar e promover as matrizes da formação cultural acreana e amazônica, contando e relembrando nossas histórias com literatura e arte. É o nosso jeito de fortalecer a memória, as tradições e os conhecimentos que recebemos dos antigos, e assim buscar inspiração para seguir na luta em defesa da floresta e das nossas comunidades”, diz o escritor. 

Os encontros, além de terem a apresentação do livro e das histórias, funcionarão também como oficinas para a produção artística e o compartilhamento de técnicas e processos criativos. Mais informações sobre o projeto “Encantes para Todos” e o calendário dos encontros estarão no instagram do autor @caissame.

Veriana Ribeiro / Foto: Cedida

Cultura

Câmara de Cruzeiro do Sul reconhece música de Alberto Lôro como patrimônio cultural do município

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A Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul aprovou, na terça-feira (14), o Projeto de Lei nº 7/2025, que declara a música Cruzeiro do Sul, do compositor e cantor Alberto Rodrigues de Brito Filho, conhecido como Alberto Lôro, como patrimônio cultural e imaterial do município. A proposta foi apresentada pelo presidente da Casa, vereador Elter Nóbrega, e segue para sanção do Executivo Municipal.

De acordo com o texto aprovado, a canção passa a integrar o acervo de bens imateriais de Cruzeiro do Sul e deverá ser incentivada em eventos cívicos, culturais e educacionais. O projeto assegura que os direitos autorais permanecem com os herdeiros do compositor, sem interferência do poder público municipal.

Durante a votação, Elter Nóbrega afirmou que a iniciativa busca valorizar a história e a memória do povo cruzeirense. “Estamos reconhecendo, valorizando e preservando esse legado. A música Cruzeiro do Sul fortalece o sentimento de pertencimento do nosso povo. É um símbolo da nossa cultura que deve continuar inspirando gerações presentes e futuras”, declarou o parlamentar.

O vereador também lembrou a trajetória de Alberto Lôro, que faleceu em 2019. “Lôro foi um artista que deixou saudade e marcou a história de nossa cidade. Precisamos reconhecer as pessoas que contribuíram para o desenvolvimento de Cruzeiro do Sul, seja na política, na cultura, na educação ou em qualquer outro setor”, completou.

Natural do Acre, Alberto Lôro morreu no dia 16 de novembro de 2019, em Rio Branco, onde tratava um câncer no fígado. Além da canção homenageada, ele é autor de músicas como Vale do Juruá e BR-364, que retratam aspectos culturais e socioambientais da região.

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Assessoria

No mês da criança, Espetáculo “SINIRA E CHUVISCO IN CONCERT” circula por escolas públicas de RIO BRANCO

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O mês de outubro ficará ainda mais colorido e musical com a circulação do espetáculo cênico-musical “Sinira e Chuvisco In Concert”, que levará arte, música e palhaçaria a três escolas da rede pública de ensino de Rio Branco (AC). A ação integra o projeto “Circulação do Espetáculo Cênico/Musical Sinira e Chuvisco In Concert”, financiado pelo Governo Federal/Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) por meio do Edital de Fomento e Incentivo à Cultura – Arte e Patrimônio nº 06/2024, do Governo do Estado do Acre/ Fundação de Cultura Elias Mansour.

Com foco no público infantil e infantojuvenil, o espetáculo une teatro, música e palhaçaria para explorar a diversidade musical brasileira, valorizando ritmos de diferentes regiões do país e promovendo o respeito e a inclusão por meio da arte. A dramaturgia, escrita por Carol Di Deus, e a atuação das artistas Carol Di Deus e Sandra Buh dão vida aos palhaços Sinira e Chuvisco, que embarcam em uma divertida jornada para salvar o circo da falência — e, no caminho, descobrem sons, danças e histórias do Brasil.

Entre as músicas que compõem o repertório estão clássicos como “Carimbó do Macaco” (Pinduca), “Lambada do Amapá” (Jorge Cardoso), “Sebastiana” (Rosil Cavalcanti), “Feirinha da Pavuna” (Jovelina Pérola Negra) e “O Circo” (Sidney Miller), além de paródias e composições que misturam humor e cultura popular.

A circulação acontecerá nas seguintes escolas:
📍 13/10 – Escola Roberto Sanches Mubarak
📍 15/10 – Escola Maria Angélica de Castro
📍 17/10 – Escola Madre Hildebranda da Prá

Todas as apresentações contarão com interpretação em Libras, garantindo acessibilidade e inclusão ao público escolar.

Além do espetáculo, serão realizadas rodas de conversa com os alunos e professores após cada sessão, onde a equipe artística compartilhará detalhes sobre o processo criativo, figurino, cenário e escolha dos ritmos brasileiros. A proposta é ampliar a compreensão do público sobre o fazer teatral e musical, despertando o interesse das crianças pelas artes e pela cultura brasileira.

“Investir na formação cultural das crianças é investir no futuro. Nosso desejo é que esse encontro com a arte desperte nelas a curiosidade e o respeito pela diversidade cultural do Brasil”, destaca Carol Di Deus, idealizadora e dramaturga do espetáculo.

A ação é uma produção da Acreativa Produções.

FICHA TÉCNICA

Atrizes | Cantoras: Carol Di Deus e Sandra Buh
Concepção do Projeto e Dramaturgia Cênico-Musical: Carol Di Deus
Colaborações Textuais e Cênicas: Sandra Buh e Narjara Saab
Direção, Figurino e Cenário: Carol Di Deus e Sandra Buh
Sonoplasta: Narjara Saab
Apoio Técnico: Ivan de Castela
Voz em Off – Bisu Abelardo: Lenine Alencar
Direção Musical: James Fernandes
Músicos Trilha Sonora: James Fernandes (violão), João Gabriel Brito (percussão e bateria), Nilton Castro (acordeon)
Gravação e Mixagem da trilha sonora: RB Studio

SERVIÇO
Espetáculo: Sinira e Chuvisco In Concert
Quando: 13, 15 e 17 de outubro de 2025
Onde: Escolas da rede pública de Rio Branco/AC
Acesso: Gratuito
Financiamento: Governo Federal/Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) por meio do Edital de Fomento e Incentivo à Cultura – Arte e Patrimônio nº 06/2024, do Governo do Estado do Acre/ Fundação de Cultura Elias Mansour
Produção: Acreativa Produções

📸 @circojiquitaia | @acreativaproducoes | @caroldideus | @sandrabuh

Crédito das fotos: Narjara Saab/Sol e Lua Fotografia

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Cultura

Geoglifos da Amazônia ganham exposição permanente no Museu da Amazônia em Manaus

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A exposição “Expedição – Desvelando o Passado Profundo” foi inaugurada nesta sexta-feira (10) no Museu da Amazônia (Musa), em Manaus, e reúne fotografias aéreas de geoglifos escavados há mais de dois mil anos por povos originários. As imagens, registradas por Diogo Gurgel, Hudson Ferreira e Valter Calheiros, mostram as grandes figuras geométricas presentes no Acre, no sul do Amazonas e em Rondônia, revelando estruturas que continuam despertando o interesse da arqueologia.

Os registros foram feitos em diferentes períodos da Amazônia Ocidental e compõem um acervo permanente no Jardim Botânico de Manaus. A mostra é coordenada pelo paleontólogo e professor aposentado da Universidade Federal do Acre (Ufac), Alceu Ranzi, que há quase cinco décadas se dedica ao estudo dos geoglifos desde que integrou uma expedição liderada pelo arqueólogo Ondemar Dias. Ranzi também é fundador do Instituto Geoglifos da Amazônia, entidade que atua na divulgação e defesa dos sítios arqueológicos. “Os construtores de geoglifos detinham o saber sobre a paisagem e conheciam a geomorfologia para escolher locais elevados e planos, com nascentes de água potável”, explicou o pesquisador.

Estima-se que existam mais de mil sítios arqueológicos identificados nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. As estruturas, em sua maioria geométricas, permanecem próximas a cursos d’água e variam em tamanho e forma. Ranzi afirma que as pesquisas ainda buscam compreender a extensão e a função dos geoglifos. “Apesar do já longo tempo que se tem conhecimento deles, temos mais perguntas do que respostas”, disse.

Para Hudson Ferreira, do Instituto Geoglifos da Amazônia, as imagens revelam a complexidade do passado e contribuem para o entendimento da ocupação humana na floresta. “Os geoglifos desafiam mitos sobre o vazio verde e inspiram novas práticas no presente. São fontes de pesquisa científica, recursos para a educação e pilares para o turismo sustentável”, afirmou. Já Valter Calheiros, que realizou registros em maio deste ano, destacou a experiência de fotografar as estruturas a partir de um pequeno avião. “A cada amanhecer na floresta, sentia a responsabilidade de fazer registros que nos levem a agir e despertar para a proteção da natureza amazônica”, contou.

Os estudos apontam que os povos do sul do Amazonas iniciaram a construção dos geoglifos ao menos mil anos antes de Cristo e que essa civilização perdurou por cerca de dois mil anos. A floresta, segundo Ranzi, regenerou-se após o fim das construções, cobrindo por séculos os desenhos sob a vegetação. O pesquisador alerta, entretanto, para os riscos impostos pelo avanço do desmatamento e de grandes empreendimentos agrícolas na região de Lábrea e Boca do Acre. “Os geoglifos conhecidos estão em terras particulares. É urgente um trabalho de conscientização sobre a importância desses sítios como patrimônio do Amazonas e do Brasil”, disse.

Ranzi observa que foi justamente o desmatamento que possibilitou a redescoberta das estruturas, ao remover a cobertura florestal que as ocultava. Para ele, o desafio atual é garantir políticas públicas de proteção e incentivo à pesquisa. “Sem essas medidas, muitos geoglifos correm o risco de desaparecer antes mesmo de serem estudados”, concluiu.

Foto: Diego Gurgel

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