A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) se consolida como modelo de negócio que alia a sustentabilidade ambiental através da bioeconomia e geração de renda. A prática extrativista adotada pela rede de cooperativas concilia a geração de renda para muitas famílias e a manutenção da floresta em pé. E busca alternativas que possam potencializar a produção agroflorestal e consolidar cadeias produtivas sustentáveis.
Atualmente, a Cooperacre exporta para nove países e possui 22 associações e 14 cooperativas filiadas, que atuam no fortalecimento das cadeias produtivas da borracha, castanha-da-Amazônia, café, palmito e polpa de frutas. Além do Acre, a cooperativa adquire matéria-prima dos estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará, com negociação para ampliar essa relação comercial com os estados do Amapá e Roraima e os com os países vizinhos Peru e Bolívia.
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“Nossa missão é desenvolver atividades produtivas sustentáveis, com valorização dos produtos florestais não madeireiros, acreditamos que esse é o caminho para se alcançar a sustentabilidade na Amazônia, explica José Rodrigues de Araújo, presidente da Cooperacre”.
Em 2022, a Cooperacre movimentou mais de 38 milhões de reais em bioeconomia, beneficiando diretamente cerca de quatro mil famílias extrativistas. Somente na cadeia da borracha, foram produzidas 720 toneladas, gerando 8,6 milhões de reais. Com a coleta da castanha, o retorno ao produtor foi ainda maior: 24,5 milhões de reais com a comercialização de 350 mil latas de castanha (cada lata custa em média 70 reais). Já na cadeia do café, a expectativa para 2023 é comprar cerca de seis mil sacas, gerando 650 mil reais.
Parceria com a Apex para expandir exportações
A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) firmaram parceria para ampliar as exportações e mercados consumidores dos produtos Cooperacre. No mês de junho, a Cooperacre participou da maior feira de alimentos dos Estados Unidos, realizada em Nova Iorque. A articulação para participação na feira foi toda feita pela Apex Brasil e os resultados superaram as expectativas da cooperativa.
“Ainda temos dificuldades de colocar todo o produto produzido no estado no mercado internacional. Através da Apex chegamos na feira Summer Fancy Food Show fechando oito contêineres em vendas, a partir do ano que vem a meta é aumentar a quantidade de países e participação em feiras internacionais e esse apoio da Apex será fundamental, somos muito gratos por toda ajuda técnica que a Agência tem prestado a Cooperacre”, disse o presidente.
Sobre a Cooperacre
Sua missão é trabalhar pelo desenvolvimento econômico de atividades agroflorestais sustentáveis do ponto vista ambiental, econômico e socialmente justo. Em 2023, a Cooperacre gera cerca de 260 empregos diretos e agrega 22 associações e cooperativas ligadas à produção florestal de castanha-da-Amazônia e borracha, destacando-se como a principal compradora desses produtos no Acre. Também trabalha com a produção de café, polpa de fruta e palmito.
Texto: Andréia Oliveira e Bruna Rosa. Fotos: Assessoria Cooperacre
O Governo Federal publicou no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 24 de dezembro de 2025, o decreto que reajusta o salário mínimo nacional para R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026. O novo valor substitui o piso atual de R$ 1.518 e representa um reajuste de 6,79%, conforme estabelece o Decreto nº 12.797, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com a atualização, o valor diário do salário mínimo passa a ser de R$ 54,04 e o valor por hora é fixado em R$ 7,37. O reajuste segue as regras da Política de Valorização do Salário Mínimo, retomada em 2023, que define critérios permanentes para a correção anual do piso nacional.
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A política estabelece que o cálculo do salário mínimo considere a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor dos 12 meses anteriores ao reajuste, somada ao crescimento real do Produto Interno Bruto registrado dois anos antes. Caso não haja crescimento econômico, a correção é feita apenas com base na inflação medida pelo INPC.
Para o reajuste válido em 2026, o INPC acumulado até novembro de 2025 foi de 4,18%. Já o crescimento econômico considerado foi o de 2024, revisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em dezembro deste ano, que confirmou expansão de 3,4% do PIB. No entanto, o arcabouço fiscal em vigor impõe limites ao ganho real acima da inflação, fixando um intervalo entre 0,6% e 2,5%, o que resultou no valor final de R$ 1.620,99, arredondado para R$ 1.621 conforme previsão legal.
A publicação do decreto consolida a trajetória recente do salário mínimo no país. Em 2022, o piso nacional era de R$ 1.212. O valor foi reajustado para R$ 1.320 em 2023 e, com a retomada da política de valorização, chegou a R$ 1.412 em 2024. Em 2025, o salário mínimo passou para R$ 1.518 e alcança agora R$ 1.621 para o ano de 2026.
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O novo valor impacta diretamente trabalhadores que recebem remuneração vinculada ao salário mínimo e serve de referência para benefícios previdenciários, assistenciais e trabalhistas, além de influenciar despesas públicas federais, estaduais e municipais a partir do próximo ano.
O ano de 2026 começará sem cobrança adicional na conta de energia elétrica dos consumidores brasileiros, com a aplicação da bandeira tarifária verde no mês de janeiro, conforme anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) feito em 23 de dezembro. A decisão vale para todo o país e indica que não haverá acréscimo no valor pago a cada 100 quilowatts-hora consumidos no primeiro mês do ano, em razão das condições de geração de energia observadas pelo órgão regulador.
De acordo com a Aneel, a adoção da bandeira verde ocorre após a redução gradual do custo extra ao longo do fim de 2025. Em novembro, vigorou a bandeira vermelha patamar 1, que acrescentava R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Em dezembro, o indicador foi rebaixado para a bandeira amarela, com custo adicional de R$ 1,88 a cada 100 kWh. Para janeiro de 2026, o cenário permitiu a retirada completa da cobrança extra, refletindo uma menor necessidade de acionamento das usinas termelétricas.
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A agência reguladora informou que, embora o período chuvoso tenha começado com índices abaixo da média histórica, houve manutenção do volume de chuvas e dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas nos meses de novembro e dezembro. Com esse quadro, em janeiro não será necessário despachar as termelétricas na mesma intensidade do mês anterior, o que reduz os custos de geração do Sistema Interligado Nacional e evita repasses adicionais ao consumidor. Segundo a Aneel, “em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor”.
O Ministério de Minas e Energia explicou que a bandeira verde está associada a um cenário de segurança energética, no qual a geração hidrelétrica segue como base do sistema elétrico nacional. A pasta lembra que, apesar da ampliação da participação de fontes como solar e eólica, a produção das hidrelétricas depende diretamente do regime de chuvas nas principais bacias do país. O uso reduzido das termelétricas, além de impactar o custo da energia, também limita a queima de combustíveis fósseis e as emissões associadas.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias tem como objetivo sinalizar aos consumidores os custos variáveis da geração de energia elétrica. Quando as condições são favoráveis, como na bandeira verde, não há acréscimo na fatura. Já as bandeiras amarela e vermelhas indicam cenários de geração mais onerosa e resultam em cobranças adicionais proporcionais ao consumo. A Aneel reforça que, mesmo em períodos sem custo extra, o uso responsável da energia contribui para a preservação dos recursos e para a sustentabilidade do setor elétrico brasileiro.
A Prefeitura de Rio Branco informou nesta terça-feira, 24 de dezembro de 2025, como ficará o funcionamento das unidades de saúde do município durante o período natalino, com atendimento parcial em dois dias e suspensão total dos serviços no feriado de Natal, medida adotada para organizar a oferta de atendimento e orientar a população.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, na quarta-feira, dia 24, e na sexta-feira, dia 26 de dezembro, quatro Unidades de Referência de Atenção Primária (URAPs) estarão abertas das 7h às 13h, atendendo exclusivamente no período da manhã. Na quinta-feira, 25 de dezembro, feriado nacional de Natal, todas as unidades de saúde da rede municipal permanecerão fechadas.
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Nos dias com funcionamento parcial, estarão abertas a URAP Roney Meireles, no bairro Adalberto Sena; a URAP Hidalgo de Lima, no bairro Palheiral; a URAP Farmacêutica Cláudia Vitorino, no bairro Taquari; e a URAP Rozângela Pimentel, no bairro Calafate. As demais unidades da rede básica não terão atendimento nesses dias.
A Secretaria Municipal de Saúde orienta que a população se programe para buscar atendimento apenas nas unidades em funcionamento e dentro do horário estabelecido, evitando deslocamentos desnecessários. O esquema especial segue o padrão adotado pelo município em feriados prolongados, quando parte da atenção primária opera em regime reduzido, concentrando os atendimentos em unidades de referência para manter assistência básica à população.
A Prefeitura informa que os serviços voltam ao funcionamento normal após o período festivo, conforme o calendário regular da rede municipal de saúde, reforçando que situações de urgência devem seguir os fluxos habituais definidos pelo sistema de saúde do município.