Na próxima semana, nos dias 21, 22 e 23, a BR-364 terá o tráfego interrompido na altura da ponte do Rio Tarauacá das 22h às 5h. Nem os pedestres poderão passar pelo local. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) realizará uma extensão de 70 metros na cabeceira da ponte, que foi erguida em uma curva e apresenta constantes desmoronamentos.
Carla Costa, representante do DNIT em Cruzeiro do Sul, informa que apenas ambulâncias e casos de urgência poderão passar durante o período de interrupção. “Para garantir a segurança de todos, é necessário interromper o tráfego para realizar os trabalhos de retirada de uma laje de transição rompida, instalação de pilares, estruturação, escavação de estacas e fundação, com o uso de equipamentos grandes”, afirmou Carla.
No último mês, uma equipe liderada por Ricardo Araújo realizou uma extensa vistoria ao longo da BR-364 para identificar necessidades de reparo e avaliar as obras em andamento. Essa iniciativa faz parte de um esforço contínuo para melhorar a qualidade e a segurança da estrada. Durante a vistoria, a equipe percorreu o trecho que se estende de Sena Madureira até Cruzeiro do Sul, observando as condições da estrada e os progressos das técnicas de reconstrução adotadas.
“Nossa missão é assegurar que a BR-364 não apenas atenda às necessidades atuais de tráfego, mas também esteja preparada para desafios futuros,” disse Araújo. Um dos focos principais da vistoria foi a avaliação do macadame hidráulico, uma técnica de pavimentação que já mostrou resultados promissores em outros trechos da rodovia. “Estamos analisando a performance do macadame, temos trechos que, após mais de dez anos de serviço, não apresentam falhas significativas, o que confirma a eficácia desta técnica para a nossa região,” destacou Araújo.
A equipe também inspecionou a construção de novas infraestruturas, como a ponte sobre o Rio Tarauacá. Este projeto é de particular importância devido às mudanças no curso do rio, que exigem uma adaptação na estrutura da ponte para prevenir erosões futuras. A visita ao canteiro de obras permitiu que os engenheiros avaliassem os avanços na construção das fundações e na instalação das estacas.
Além das verificações técnicas, a caravana do DNIT proporcionou uma plataforma para o diálogo direto com os empreiteiros e a supervisão local. Discussões sobre os próximos passos, desafios logísticos e soluções técnicas foram abordadas em reuniões ao longo do percurso. “Essas interações são essenciais para sincronizar nossa abordagem e garantir que todos os envolvidos estejam alinhados com os objetivos de longo prazo,” explicou Araújo.
Concluindo a vistoria, o superintendente reafirmou o compromisso do DNIT com a melhoria contínua da BR-364. “Nossas observações e as discussões que tivemos ao longo desta viagem serão fundamentais para planejar as fases seguintes do projeto. Estamos determinados a transformar a BR-364 em uma rodovia modelo em termos de segurança, durabilidade e eficiência,” concluiu Araújo.
A rodovia vem recebendo atenção renovada em termos de manutenção e reconstrução. Após anos de investimentos limitados, o fluxo de recursos para esta via vital aumentou significativamente com a chegada do novo governo. Entre 2019 e 2022, apenas cerca de R$ 240 milhões foram alocados para a manutenção de rodovias em todo o Acre. Em contraste, o ano de 2023 viu um aumento para aproximadamente R$ 340 milhões, com previsões de R$ 450 milhões para 2024.
O governo Lula aprovou um plano ambicioso para a reconstrução da BR-364 com um orçamento que pode chegar a R$ 2,5 bilhões. Essa decisão visa revitalizar completamente a estrada, essencial para o transporte e a economia da região.
O Laboratório de Estudos Geopolíticos da Amazônia Legal no Acre realiza o workshop “Introdução aos Estudos Legislativos”, de 18 e 20 de novembro. O Curso é ministrado pelo professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Fabiano Santos, de forma presencial no Auditório Adriana Santelli, localizado no Centro de Convenções da Universidade Federal do Acre.
Voltado a estudantes, pesquisadores e profissionais, o workshop visa apresentar aos participantes os fundamentos teóricos e metodológicos da moderna análise do funcionamento do Poder Legislativo nas democracias contemporâneas. Procura também mostrar como tal aparato foi absorvido nos estudos sobre a política brasileira desde a transição democrática iniciada nos anos 80 do século passado. Além disso, se debruça sobre como aplicar instrumentos e técnicas para a pesquisa de Assembleias Legislativas.
A programação do curso abrange três aulas principais, cada uma focada em temas fundamentais para a compreensão do funcionamento do Legislativo, abordando a teoria geral e perspectivas de análise; teoria brasileira e o estudo de legislativos estaduais. As aulas objetivam proporcionar uma visão abrangente das teorias e práticas do Legislativo brasileiro, com enfoque tanto em análises gerais quanto em estudos específicos de casos estaduais.
O workshop oferece uma oportunidade valiosa para aprofundar o entendimento sobre o Legislativo brasileiro e refletir sobre suas dinâmicas, tanto em âmbito federal quanto estadual, utilizando exemplos práticos e teóricos.
Durante a abertura do workshop, foi realizado também o lançamento do documentário “Viver para a terra: o caso de Rondônia”, que aborda a questão agrária de forma analítica em Rondônia, produzido com o apoio do Instituto Clima e Sociedade (ICS) e da Iniciativa Amazônia + 10.
Estiveram presentes no ato de lançamento a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufac, professora Margarida Lima de Carvalho; a diretora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Ufac, professora Georgia Pereira Lima; o presidente do Sistema OCB no Acre, Valdemiro Rocha; o superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no Acre, Cesário Braga; o secretário Executivo da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes); o superintendente da Secretaria do Patrimônio da União no Acre, Tiago Mourão; a representante da Pró-reitoria de Extensão, Keiti Pereira; o coordenador da Unisol no Acre, Carlos Omar; e os vereadores eleitos André Kamai (PT) e Bruno Morais (PP).
Realização
O workshop é uma realização da Universidade Federal do Acre (Ufac); Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH); Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propeg); e Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proex). O evento conta com o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/AC); Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac); Iniciativa Amazônia +10; e Escola de Contas do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AC).
Uma comitiva do Acre, composta por empresários liderados pela Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (ACISA) e pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, participou no último sábado (16) da inauguração do Porto de Chancay, no Peru. O evento contou também com a presença do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), que destacou as oportunidades logísticas e econômicas que a nova estrutura oferece para o estado e para o Brasil.
O Porto de Chancay, fruto de uma parceria entre Peru e China, recebeu investimentos de US$ 3,6 bilhões. Localizado no Oceano Pacífico, o terminal representa uma nova alternativa logística para conectar a América Latina ao mercado asiático, atendendo à crescente demanda por exportações com maior eficiência e menor custo.
Para o Acre, a proximidade com o porto cria a possibilidade de consolidar sua posição estratégica como corredor logístico. O senador Sérgio Petecão afirmou que é essencial investir em infraestrutura para que o estado aproveite plenamente as oportunidades geradas pela nova rota.
“O Acre está a dois mil quilômetros do Porto de Chancay, o que facilita o acesso aos mercados asiáticos. É preciso que governos e setores produtivos trabalhem juntos para fortalecer a infraestrutura e ampliar a capacidade de exportação do estado”, disse Petecão.
O prefeito Tião Bocalom destacou o papel de Rio Branco como um ponto de apoio para as operações logísticas que podem ser impulsionadas pela nova rota. Ele defendeu a necessidade de atrair investimentos e desenvolver a infraestrutura local, apontando o impacto positivo para a economia regional.
“A nova conexão com o Pacífico coloca o Acre em uma posição estratégica. Nossa capital pode se tornar uma base importante para movimentar produtos e facilitar o comércio internacional. Vamos trabalhar para garantir que essa oportunidade seja transformada em avanços concretos”, declarou Bocalom.
Marcello Moura, presidente da ACISA, também esteve presente no evento e ressaltou o papel do porto na integração comercial. Ele afirmou que a nova estrutura pode ser um fator decisivo para a expansão dos negócios locais e a inserção de empresários acreanos no mercado global.
“Essa conexão reforça a importância do Acre no cenário logístico brasileiro. Precisamos aproveitar essa oportunidade para fortalecer o empreendedorismo e criar condições favoráveis ao crescimento econômico da nossa região”, disse Marcelo Moura . (Confira o vídeo)
Durante a inauguração, os representantes do Acre participaram de reuniões bilaterais com autoridades peruanas, empresários e investidores para discutir possibilidades de cooperação. Entre as propostas apresentadas estão a criação de um porto seco (EADI) no estado e a reativação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), ambos vistos como alternativas para melhorar a competitividade logística e atrair novos investimentos.
“Essa nova rota precisa de planejamento e investimento. Com parcerias bem estruturadas, o Acre pode se tornar um exemplo de integração econômica na região amazônica, gerando empregos e fortalecendo a economia local”, afirmou o senador Petecão.
O evento demostra, reafirma e consolida o interesse de lideranças públicas e empresariais em criar condições para que o Acre desempenhe um papel relevante na cadeia de exportações internacionais, ampliando o impacto do Porto de Chancay para além das fronteiras peruanas.
Atenção fazedores de cultura, artistas, ativistas, educadores e público em geral. O Comitê de Cultura Cia Visse e Versa Acre promove, a partir desta segunda-feira, 18, até o sábado, 23, a Oficina Básica em Elaboração e Gestão de Projetos Culturais – Fábrica de Ideias. A atividade será realizada no Centro Cultural Thaumaturgo Filho, bairro Manoel Julião, em Rio Branco,
Totalmente gratuita, a oficina ocorre das 18 às 21 horas, de segunda a sexta-feira (18 a 22 novembro). E das 9 às 12 horas, no encerramento do sábado, 23.
A proposta da oficina é desenvolver habilidades criativas e técnicas para a concepção, planejamento, comunicação e execução de projetos culturais, além de fomentar a colaboração e o pensamento crítico entre os participantes, utilizando de diversos instrumentos lúdicos, dinâmicas e jogos, que possam contribuir com a concretização material, coletiva e financeira de uma proposta cultural.
Segundo o coordenador do Comitê e oficineiro, Lenine Alencar (artista das artes cénicas), a formação viabiliza aos participantes a possibilidade de apresentar projetos culturais e concorrer aos editais.
“A elaboração de um projeto é essencial para qualquer tipo de atividade. E é isso que a gente vai buscar que a pessoa desenvolva, seja por um fomento, ou captação de recursos junto a uma empresa ou mesmo um órgão público, seja uma produção individual com recurso próprio, todas precisam de planejamento. A oficina apresenta técnicas para que o proponente se organize para executar a sua ideia”, destaca Lenine.
Financiado pela Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio Fundação de Cultura Garibaldi Brasil (FGB), o projeto é desenvolvido em parceria com o Comitê de Cultura Cia Visse e Versa Acre. A atividade será ministrada por Lenine Alencar, Claudia Toledo e Rose Farias.
“O que a gente pretende no final dessa ideia é que cada um possa desenvolver criativamente o seu projeto, a partir de uma ideia. E que, essa ideia ao se tornar uma proposta, vire um projeto cultural bem configurado, dentro dos parâmetros que a gente está vivendo hoje, sobre questões inclusivas, participação ativa das pessoas dentro do acolhimento e dos processos de acessibilidade que são necessários, a partir do direito das pessoas em terem acesso à cultura e a arte, sobretudo o empoderamento dos trabalhadores e trabalhadoras da cultura quanto aos editais de fomento”, salienta Lenine.
Como participar
Com uma carga horária de 20 horas e certificado ao final da formação, a oficina Básica em Elaboração e Gestão de Projetos Culturais – Fábrica de Ideias, é totalmente gratuita e tem como público-alvo: produtores culturais, artistas, ativistas, educadores, estudantes e interessados em construir e elaborar projetos artístico-culturais.