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Direto ao ponto

Mais a esquerda ou mais a direita, isso realmente influência o povo do Acre?

O jogo político se intensifica

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O cenário político em Rio Branco, especialmente à medida que nos aproximamos das eleições de 2024, revela uma série de desafios e dilemas que permeiam não apenas a esquerda ou a direita, mas todo o espectro político.

A questão do protagonismo político surge como um tema central nesse contexto. Muitas vezes, o protagonismo é associado à liderança individual e ao destaque central na condução da agenda política. No entanto, é fundamental compreender que o verdadeiro protagonismo político vai além do papel de ator principal. Envolve a capacidade de influenciar e moldar os eventos, mesmo que de forma indireta ou descentralizada.

A construção de uma unidade política forte e coesa requer a disposição de ceder espaço e reconhecer a importância de outros atores e perspectivas. Isso implica em entender que o sucesso político não está necessariamente ligado à proeminência individual, mas sim à capacidade de trabalhar em conjunto para alcançar objetivos comuns.

No entanto, é evidente que essa abordagem enfrenta desafios no Acre. Tanto na esquerda quanto na direita, observa-se uma falta de unidade interna e uma busca incessante pelo protagonismo individual. O resultado é uma fragmentação política que dificulta a formação de alianças sólidas e a condução de uma agenda política eficaz.

Na esquerda, em particular, a falta de coesão interna é evidente. Mágoas, ressentimentos e rivalidades internas têm minado a capacidade dos partidos de formar uma frente unida capaz de enfrentar os desafios comuns. Além disso, a falta de uma visão clara e de lideranças que queiram articular um projeto político coeso tem contribuído para a dispersão de esforços e a falta de direção.

A mudança de posicionamento político de figuras proeminentes, como Marcus Alexandre, também levanta questionamentos sobre o compromisso ideológico e o projeto da esquerda. A busca por alianças com ex-aliados ou adversários políticos em troca de vantagens eleitorais pode comprometer os princípios e valores fundamentais da esquerda, minando ainda mais a sua história, questionando seu legado, a sua credibilidade e coesão.

No campo da direita, o prefeito Bocalom mostra confiança em sua reeleição. Há rumores nos bastidores de que ele espera uma indicação e apoio do Partido Progressista (PP), sua antiga agremiação política. Espera-se que o PP faça a indicação para vice-prefeito ou vice-prefeita. A responsabilidade recai sobre o governador Gladson Cameli, que até o momento apoia a candidatura de Alisson Bestene a prefeito, mas tem quem queira o PP em uma aliança com o PL de Bocalom ou com o MDB de Marcus Alexandre, no caso indicando Nabiha Bestene para vice.

Em Cruzeiro do Sul, o prefeito Zequinha Lima (PP) mantém expectativas em relação à participação dos Sales (MDB) em seu palanque eleitoral. Essa possibilidade sugere uma busca por fortalecer sua base política e ampliar seu apoio eleitoral, agregando forças de diferentes setores político. Isso está em linha com a abordagem de Zequinha, que prioriza o diálogo e a união para avançar. Enquanto isso Jéssica Sales anunciou sua pré-candidatura a prefeita. Nos bastidores, rumores de uma possível aliança com Clodoaldo, o quê para alguns seria a chapa imbatível.

Em Rio Branco, há quem espera uma alternativa, mais de esquerda, uma aliança entre o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido dos Trabalhadores (PT), com Dr. Jenilson candidato a prefeito e Dra Nazaré, vice, uma proposta que pode proporcionar uma boa saída e uma postura honrosa para os partidos de esquerda. Além de ser um time que estará no palanque do presidente Lula em 2026. No entanto, a incerteza persiste sobre se as mágoas, ressentimentos e rivalidades permitirão essa união se concretizar.

Independentemente das alianças políticas de esquerda ou direita, no final das contas, é o eleitorado que tem o poder de decisão, expressando seus votos nas urnas, um voto de cada vez.

Direto ao ponto

O purgatório entre a memória e o futuro

A esquerda no Acre será capaz de converter a memória de 20 anos de poder em um futuro político real em 2026?

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A esquerda no Acre vive um dilema. Em público, seus discursos falam de unidade, mobilização e esperança. Nos bastidores, porém, a realidade é menos animadora: faltam diálogo, articulação e, sobretudo, disposição para construir um projeto coletivo que vá além das vaidades individuais. O desafio não é apenas de uma sigla, mas de todo o campo progressista, que precisa transformar a memória de duas décadas de poder em propostas capazes de dialogar com a sociedade de hoje.

Esse período de hegemonia foi liderado pelo PT, com Jorge Viana, Binho Marques e Tião Viana à frente. Jorge transformou Rio Branco quando prefeito e promoveu mudanças estruturais no estado em seus dois mandatos como governador; no Senado, consolidou projeção nacional. Binho fez um governo de consenso, conciliador e distante das disputas políticas. Já Tião Viana deu continuidade ao projeto, mas foi criticado por excessos políticos, ao construir alianças em detrimento de antigos aliados. Muito do que o Acre vive hoje é fruto direto desse ciclo. Essa história não pode ser apagada e, gostem ou não, ainda pesa na balança eleitoral.

O problema é que a esquerda parece presa a esse passado. Em vez de dialogar com a sociedade de hoje, acomoda-se na memória de ontem. O próprio Jorge Viana reconheceu que muitos viraram as costas ao partido que liderou o processo, mas o que não se diz é que a esquerda também virou as costas para antigos aliados, apoiadores e até para suas próprias bases. A consequência é clara: perdeu capacidade de diálogo e já não consegue articular um projeto coletivo.

Há nomes respeitados, sim. Dentro da federação PT–PCdoB–PV figuram lideranças com trajetórias sólidas: Perpétua Almeida (PCdoB), Raimundo Angelim (PT), Aníbal Diniz (PT), Sibá Machado (PT), Nazaré Araújo (PT), Daniel Zen (PT), Shirley Torres (PV), Dr. Dudu (PCdoB) e Binho Marques (PT). Experiência não falta, muitos já foram testados nas urnas e têm capacidade de atrair votos. O que falta é uma liderança capaz de unificar essa diversidade em torno de um projeto maior do que disputas internas e cálculos individuais. Para além disso, é preciso incorporar a inclusão como prática concreta: ser diverso não é suficiente se essa diversidade não se traduzir em participação efetiva, diálogo amplo e renovação de ideias.

O desafio de 2026 está lançado. Ou a esquerda acreana rompe com o saudosismo e reencontra a capacidade de diálogo, ou ficará reduzida a uma frente nostálgica, que sobrevive de lembranças em vez de propostas. O Acre precisa de futuro. Cabe aos partidos progressistas decidir se serão parte dele ou apenas uma nota de rodapé em sua própria história.

O certo é que o futuro chega com o novo e, para isso, é impreterível ouvir, abrir espaço e deixar que ele aconteça.

Foto: Reprodução Instagran

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Direto ao ponto

Renan Biths: o “Valete de Espadas” que inspira confiança na gestão de Tião Bocalom

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A reeleição de Tião Bocalom em 2024, com vitória expressiva já no primeiro turno, consolidou sua liderança em Rio Branco e abriu caminho para um segundo mandato em que a palavra de ordem é resultado. O prefeito tem repetido que “gestão é gestão, amizades à parte”, e essa máxima se reflete na forma criteriosa com que avalia o desempenho de seus secretários.

Se em algumas áreas da administração municipal ainda há dificuldades de ritmo e execução, outras conseguem avançar com entregas consistentes e silenciosas. É neste contraste que o trabalho de Renan Biths, secretário de Saúde e também responsável pela Articulação Política, ganha relevância.

O estilo discreto e realizador

Enquanto algumas secretarias ainda enfrentam dificuldades para acelerar suas entregas, Renan, em pouco mais de seis meses no cargo, já começa a construir sua marca com um estilo discreto, técnico e orientado a resultados. Na saúde, promoveu a redução de filas, inaugurou novas unidades de atendimento e fortaleceu a atenção primária, medidas que têm impacto direto no dia a dia da população. Na articulação política, função que assumiu interinamente a convite do prefeito, vem conduzindo com habilidade o diálogo entre Executivo e Legislativo e, de forma estratégica, estabeleceu um canal direto com o núcleo político do Palácio Rio Branco, ampliando a capacidade de articulação da gestão e abrindo espaço para novas conquistas.

Esse desempenho fez de Renan Biths não apenas um nome de confiança para o prefeito, mas também uma referência dentro da própria equipe. Sua atuação tem se tornado um parâmetro de comparação no secretariado, sinalizando que a renovação do primeiro escalão passa cada vez mais a ser medida pelo padrão de resultados que ele representa. Nos bastidores, pessoas próximas ao núcleo de poder destacam nele qualidades como a capacidade de diálogo, o carisma e o tempo dedicado à escuta — atributos que o tornam mais humano e fortalecem sua credibilidade política. Mesmo exercendo a articulação política de forma interina, já demonstra credenciais que podem consolidar sua permanência definitiva na função.

Gestão sob avaliação e a sombra da infraestrutura

Nos corredores da prefeitura, comenta-se que a área de infraestrutura tem recebido atenção redobrada do prefeito. O ritmo de algumas entregas e a complexidade de contratos em andamento são acompanhados de perto, já que a população cobra resultados cada vez mais visíveis nesse setor estratégico. Dentro desse cenário, Tião Bocalom tem sinalizado que a gestão será pautada por desempenho: secretários que demonstrarem capacidade de entrega tendem a ganhar espaço, enquanto aqueles que não corresponderem às expectativas podem ser substituídos. É nesse ponto que a atuação de Renan Biths se torna referência, servindo como parâmetro para o padrão de resultados que o prefeito deseja imprimir ao conjunto do secretariado.

A diplomacia: na busca do consensos sem confronto

Para alguns observadores políticos, a atuação de Renan Biths busca construir consensos sem confronto. Mesmo conhecido pelo estilo firme e até turrão, Tião Bocalom tem buscado o caminho do diálogo e da negociação, movimento que se fortalece com a presença de Biths. Guardadas as proporções, sua forma de conduzir a articulação tem permitido manejar diferentes interesses no Legislativo e nos bastidores políticos, preservando a estabilidade da gestão e criando condições para que Rio Branco continue avançando.

A régua agora é a capacidade de entregas

Ao apostar em Renan Biths, o prefeito Tião Bocalom sinaliza que seu segundo mandato será pautado pela eficiência e pela capacidade de entrega. A presença do secretário reforça a ideia de que resultados, mais do que proximidade pessoal, são o critério que orientará a permanência de integrantes no primeiro escalão.

Em um momento em que a população cobra obras, serviços e governabilidade, Renan Biths tem se tornado exemplo dentro da equipe de governo. Nos bastidores, passou a ser identificado como o “Valete de Espadas”, uma expressão usada para simbolizar a confiança do prefeito e sua capacidade de entrega. Seu desempenho na Saúde e na Articulação Política, ainda exercida de forma interina, é visto como um passo que tende a se consolidar de maneira definitiva. Assessores próximos comentam que o secretário não se opõe à permanência, já que conseguiu organizar sua rotina e dividir o tempo entre as duas funções. A leitura é de que sua atuação tende a ser ampliada, acumulando formalmente a responsabilidade pela articulação política e consolidando seu papel no núcleo da gestão.

Para os mais atentos, esse movimento tem efeito estratégico: ao fortalecer a articulação com o governo estadual, ampliar o diálogo com partidos e manter interlocução ativa com vereadores, Biths ajuda a preparar terreno político para os desafios que Tião Bocalom terá pela frente até 2026. O prefeito, que já surge em pesquisas como um nome competitivo para a disputa ao governo do Estado e mantém boa avaliação na capital, pode contar comBiths, ao lado de outros importantes nomes da base, como uma peça-chave na construção de uma grande aliança para os próximos desafios.

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Direto ao ponto

Nicolau se firma como referência política no Juruá

Presidente da Aleac defende reconstrução da BR-364 e celebra avanços como a ponte de Rodrigues Alves

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O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Nicolau, consolida seu papel como uma das principais lideranças políticas do Juruá. Com foco no diálogo e no compromisso democrático, ele vem construindo sua trajetória sem se esquivar de pautas cruciais, como a situação da BR-364. Liderou caravanas ao interior para cobrar soluções, buscou apoio do governo federal e acompanhou de perto as demandas junto ao DNIT.

Na última sexta-feira, 8 de agosto, durante a visita do presidente Lula ao Acre, Nicolau fez questão de marcar presença. Nos bastidores, conversou com ministros e autoridades, levando as necessidades do Acre, especialmente do Juruá, ao centro do debate. Presidente da Aleac, Nicolau deixou claro seu compromisso institucional:

“Vim receber o presidente porque ele é o presidente de todos os brasileiros e não poderia ficar de fora deste ato, onde será anunciada a reconstrução da BR-364, tão importante para o nosso povo. A ponte de Rodrigues Alves é uma luta antiga e essa é uma conquista para nossa gente. A BR-364 é a obra mais importante do estado do Acre.” Nicolau Junior

Nicolau demonstrou maturidade e espírito público. Mesmo pertencendo a um partido diferente do presidente Lula e tendo convicções distintas, colocou o interesse coletivo acima das diferenças políticas, deixando de lado disputas eleitorais para priorizar as necessidades do povo acreano.

“Agradeço ao presidente e ele será sempre bem-vindo quantas vezes vier ao Acre.” Deputado Estadual Nicolau Junior Presidente da Aleac – Foto: Sérgio Vale

A ausência de alguns políticos do Juruá, que preferem se promover nas redes sociais para agradar apenas a um grupo específico, em vez de comparecer a eventos decisivos para toda a região, diz muito sobre como a politicagem tem substituído a verdadeira missão de representar o povo. Enquanto se alimentam de curtidas e discursos vazios, deixam passar oportunidades concretas de lutar por obras e investimentos que beneficiem a todos. No fim, quem paga o preço dessa omissão é a população, que precisa de líderes atuantes e não de “digitais influencers” de ocasião.

O momento, como Nicolau bem pontuou, é de cuidar do povo do Acre e não de antecipar eleições.

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