Uma das principais iniciativas de incentivo ao cinema independente no Brasil, a Mostra Sesc de Cinema anunciou os filmes selecionados para a sua 6ª edição. No total, 34 produções (10 longas-metragens, um média e 23 curtas) comporão a mostra nacional, sendo 10 delas referentes ao Panorama Infanto-Juvenil. Dentre eles o filme do cineasta acreano Ney Ricardo “Cabeça de vento”.
Os filmes serão licenciados pelo período de um ano e estarão disponíveis ao público a partir de novembro, quando será realizada a cerimônia de lançamento da VI MSDC, no Rio de Janeiro.
Nessa edição, foram registradas 1.575 inscrições e selecionados 343 filmes nas etapas estadual, regional e nacional, sendo 206 de cineastas homens e 137 cineastas mulheres. Desses, 65 serão licenciados pelo período de um ano. O circuito intitulado Panorama Nacional traz a produção de cada um dos 23 estados participantes e do Distrito Federal, além de dez filmes em uma mostra especial voltada à infância e à juventude. As obras foram avaliadas por comissões estaduais formadas por profissionais do Sesc e especialistas convidados.
Filme acreano
O curta-metragem acreano “Cabeça de vento”, com duração de 11 minutos. Com elenco todo infantil, com meninos e meninas com idades entre 8 a 12 anos e apenas um adolescente de 16, sendo a maioria da Baixada da Sobral, a participação no curta-metragem acabou se tornando um grande incentivo para eles, que vivem uma realidade difícil.
O filme se passa na década de 80, com ambientação, principalmente, no Bairro Taquari e APA do Amapá, e mostra estas brincadeiras que são comuns daquele período: papagaio/pepeta, peteca, brincadeira da manja, peão.
Sinopse do filme
O filme conta a história de um garoto, o Chico, que perde a bicicleta do pai, que é o único meio de transporte da família. A mãe de Chico é lavadeira e arruma as roupas para entregar na casa de uma professora, só que, a caminho para deixar a trouxa, Chico vê uma pepeta caindo, esquece a responsabilidade, e vai atrás da pepeta.
Quando ele volta, a bicicleta não está mais lá e começa uma aventura em busca dessa bicicleta, uma vez que ele não tem como voltar para casa. E a partir disso, ele vive muitas experiências, deparando-se com essas brincadeiras antigas, o que acaba gerando uma memória afetiva.
O curta-metragem também traz uma reflexão sobre a perda da interação que estas brincadeiras traziam.
Sobre o cineasta
Ney Ricardo é historiador e cineasta acreano, premiado no V Festival de Cinema e Vídeo Acreano e tem em seu currículo algumas produções como Mundo Entre as Pontes, de 2003; A outra Margem do Rio, de 2004, entre outros.
Além do prêmio no Festival Acreano, ele também foi destaque com melhor produção Amazônica, no I Festival Curtamazônia, em Porto Velho (RO), com o documentário Aos Trancos e Barrancos, de 2010.
Departamento de Comunicação do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac