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MEIO AMBIENTE

Parceria entre Governo Federal e Prefeitura beneficia famílias afetadas pela seca no Acre

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A entrega de cestas básicas para famílias afetadas pela seca no Vale do Juruá teve início nesta quinta-feira, 21 de novembro, como parte de uma ação coordenada entre o Governo Federal, Estadual, Municipal e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O programa visa atender famílias em situação de vulnerabilidade e minimizar os impactos dos desastres naturais na região.

Em Cruzeiro do Sul, 8.050 cestas serão distribuídas, enquanto 3.611 estão destinadas ao município de Mâncio Lima, totalizando mais de 61 mil cestas em todo o Acre. A iniciativa faz parte do Programa Ação de Distribuição de Alimentos (ADA), promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e executado pela Conab, com o apoio da Defesa Civil Estadual.

O coordenador estadual da Defesa Civil, Coronel Carlos Batista, explicou que as famílias mais impactadas pela seca foram identificadas em parceria com as coordenadorias municipais e inseridas na ação. “Mais de oito mil famílias em Cruzeiro do Sul foram cadastradas como diretamente impactadas. Esse levantamento foi encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Social, que liberou os recursos necessários para a logística de entrega das cestas”, afirmou.

Os moradores de comunidades rurais enfrentaram prejuízos expressivos devido à seca severa e outros desafios, como a infestação de pragas que agravaram as dificuldades na produção agrícola. A entrega das cestas busca aliviar parte das dificuldades enfrentadas por essas populações, especialmente em áreas mais isoladas.

O prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, destacou que a ação é essencial para as populações dos ramais e áreas ribeirinhas, que sofreram diretamente os efeitos da seca. “Distribuímos as cestas nas áreas mais afetadas. Essa iniciativa é uma forma de atender às famílias que mais precisam e auxiliar produtores rurais que tiveram grandes prejuízos,” disse o prefeito.

A Conab enfatizou a preocupação com a qualidade e a validade dos produtos entregues, enquanto a Defesa Civil Estadual planeja reuniões em dezembro para preparar ações de resposta a possíveis inundações em 2025. O evento em Cruzeiro do Sul reforça o compromisso entre os níveis de governo e as comunidades na mitigação dos efeitos de desastres naturais.

MEIO AMBIENTE

Redução de água na Amazônia reflete impactos ambientais e climáticos

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O volume de água na Amazônia apresentou redução de 3,6% em 2024, em comparação à média histórica. Os dados são do projeto MapBiomas, que aponta que o bioma perdeu cobertura hídrica após dois anos seguidos de vazantes severas. A Amazônia concentra mais de 60% da água superficial do Brasil e tem sido impactada por mudanças no uso da terra, desmatamento e eventos climáticos extremos.

Além da Amazônia, o Pantanal foi o bioma mais afetado, com perda de 61% de sua superfície de água em apenas um ano. O país como um todo registrou retração hídrica pelo segundo ano consecutivo. Em 2024, a superfície coberta por água foi de 17,9 milhões de hectares, 2,2% a menos que em 2023. Desde 2022, o Brasil perdeu mais de 900 mil hectares de áreas alagadas, área equivalente a quase duas vezes o tamanho do Distrito Federal.

Outros biomas tiveram variações diferentes. O Pampa também registrou queda, enquanto Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica tiveram aumento de superfície hídrica em 2024. A Caatinga, por exemplo, apresentou os maiores índices dos últimos dez anos.

O coordenador técnico do MapBiomas Água, Juliano Schirmbeck, afirmou que o país enfrenta um período prolongado de déficit hídrico. Segundo ele, a única exceção recente foi o ano de 2022, que ficou acima da média. Schirmbeck observou ainda que os níveis de água não voltaram aos patamares registrados entre 1989 e 1999, período de maior disponibilidade hídrica no Brasil.

O estudo também aponta alterações na natureza da cobertura hídrica. No Cerrado, a maior parte da água registrada atualmente está em corpos artificiais, como represas e reservatórios. Em 1985, 63% da superfície hídrica brasileira era composta por rios, lagos e lagoas naturais. Em 2024, esse índice caiu para 40%.

Segundo o MapBiomas, a redução da água no território brasileiro está relacionada à ocupação desordenada do solo, à expansão do agronegócio e ao desmatamento, somados aos efeitos das mudanças climáticas. O relatório recomenda políticas públicas de gestão da água e ações de adaptação climática, especialmente nas áreas mais vulneráveis.

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MEIO AMBIENTE

Amazônia enfrenta mudanças no sabor e no acesso aos alimentos

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As transformações no clima e os efeitos do mercado estão alterando o modo como a população amazônica se alimenta. Produtos tradicionais estão mais difíceis de encontrar, mais caros ou diferentes do que costumavam ser, e isso afeta diretamente o cotidiano de quem depende desses alimentos para viver.

A castanha, por exemplo, teve o tamanho do ouriço reduzido, possivelmente por causa da seca extrema no Amazonas. O tucumã, fruto essencial para o preparo do x-caboquinho, chegou a custar R$ 200 o quilo, tornando-se inacessível para muitas famílias. O jaraqui, peixe comum nos rios da região, ficou menor e com sabor diferente. São mudanças que, mesmo observadas de forma empírica, refletem a realidade vivida por comunidades inteiras.

Diante desse cenário, algumas pessoas têm buscado alternativas. Há quem substitua o café por chás feitos com ervas locais. No entanto, essas mudanças não são escolhas conscientes de quem deseja diversificar a alimentação, mas sim respostas à falta de acesso a produtos antes comuns. A insegurança alimentar se agrava, especialmente entre aqueles com menor renda, e pratos típicos vão desaparecendo da mesa.

Uma das alternativas levantadas no debate é o fortalecimento da produção local. Antigamente, muitas comunidades produziam o que consumiam, o que ajudava a reduzir a dependência de alimentos de fora. Retomar esse modelo pode ser um caminho, mas exige adaptações. As novas condições climáticas impõem desafios, e qualquer retorno à produção tradicional precisa considerar o uso de práticas agrícolas mais resilientes e sustentáveis.

Garantir alimentação adequada passa por repensar toda a cadeia, do cultivo à distribuição. Valorizar o que é produzido localmente, apoiar técnicas adaptadas às mudanças ambientais e buscar soluções acessíveis para todos são partes fundamentais dessa construção.

Este texto foi elaborado a partir do artigo O sabor da Amazônia está mudando, escrito por Valcléia Lima, superintendente de Desenvolvimento Sustentável da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), e publicado no site ((o))eco em 24 de março de 2025. O artigo original está disponível em: https://oeco.org.br/colunas/o-sabor-da-amazonia-esta-mudando.

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MEIO AMBIENTE

Dia Mundial da Água: estudo revela como as mudanças climáticas estão afetando os rios do Acre

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Neste Dia Mundial da Água, o Epop convida a refletir sobre uma pergunta urgente: o que está acontecendo com os nossos rios?

Para ajudar a responder, trazemos um estudo produzido por pesquisadoras e pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC), que analisou os impactos das mudanças climáticas no estado entre os anos de 2023 e 2024. O levantamento mostra que as transformações no clima estão afetando diretamente a vida da população e o equilíbrio dos nossos rios, que são fonte de água, alimento, transporte e cultura.

De acordo com o estudo, o Acre viveu uma sequência de eventos extremos nos últimos dois anos: inundações, estiagens severas, ondas de calor, vendavais e incêndios. Esses fenômenos não são novos, mas estão se tornando mais intensos e frequentes. E isso tem relação direta com o aquecimento global e o uso desordenado dos recursos naturais.

Os rios são os primeiros a dar sinais dessas mudanças. Quando há excesso de chuvas, como aconteceu em Rio Branco, Tarauacá e Brasiléia, os rios transbordam, invadem casas, destroem plantações e espalham doenças. Quando a chuva falta, como em várias regiões da zona rural, a água desaparece, o gado morre de sede, o peixe some e a produção de alimentos é interrompida.

Entre 2023 e 2024, o governo do estado e as prefeituras emitiram 25 decretos de emergência ou calamidade pública por causa desses eventos climáticos. A maioria está ligada a enchentes e secas. O município de Rio Branco foi o mais afetado. Mas a realidade atingiu todas as regiões do Acre, principalmente as que dependem diretamente dos rios para sobreviver.

Além dos impactos materiais, a saúde das pessoas também foi afetada. Com os rios contaminados ou com volume alterado, aumentaram os casos de doenças como diarreias, hepatites, leptospirose e síndromes respiratórias. As ondas de calor também trouxeram riscos, principalmente para crianças e idosos.

O estudo destaca a importância de reconhecer a relação entre as mudanças no clima e a vida dos rios. A floresta amazônica, que ajuda a manter o ciclo da água e o equilíbrio das chuvas, também está sob pressão. A preservação da floresta e o cuidado com os rios precisam ser parte do nosso cotidiano e das políticas públicas.

Neste Dia Mundial da Água, o Epop reforça a importância de falar sobre o tema com seriedade. Entender os efeitos das mudanças climáticas é um passo importante para proteger a água que corre nos nossos rios e, com ela, a vida que depende deles.

O estudo completo está disponível para leitura no site da UFAC e na plataforma ResearchGate:
🔗 Leia o estudo completo

Foto: Sérgio Vale

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