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Cultura

Programa Nacional de Comitês de Cultura inicia atividades no Acre

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O Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC), iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) em parceria com a Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, está sendo implementado no Acre pelo Instituto Federal do Acre (Ifac). O programa tem como objetivo ampliar o acesso às políticas públicas culturais e fortalecer a participação popular.

Com um investimento superior a R$ 900 mil, o PNCC prevê a atuação de agentes culturais nos municípios de Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Sena Madureira, Brasiléia e Rio Branco. Ao todo, 64 agentes foram selecionados para a Região Norte, sendo cinco destinados ao Acre. Os profissionais foram escolhidos por meio de edital que considerou critérios como representatividade étnico-racial, de gênero e inclusão de grupos minoritários. Os agentes receberão bolsa e auxílio para inclusão digital por 12 meses, com possibilidade de renovação.

As ações do programa são alinhadas às Regiões Imediatas, definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que agrupam municípios com identidades culturais e infraestrutura compartilhada. No Acre, o programa prioriza o Vale do Juruá, onde há articulação com associações indígenas e artesanais.

A expectativa é que o PNCC contribua para a valorização das identidades locais, a criação de um mapa cultural colaborativo e a ampliação do acesso a editais nacionais voltados para a arte e a cultura.

Agentes territoriais do PNCC no Acre

Os cinco agentes selecionados para atuar no Acre possuem trajetórias ligadas à cultura e ao envolvimento social em suas regiões. Eles desempenharão atividades voltadas à articulação cultural e ao fortalecimento das expressões locais.

  • Rylary Karen Targino da Silva (Rio Branco) – Atriz, dançarina e pesquisadora, Rylary participa de grupos como Jabuti Bumbá e Coletivo Taboqueiro. Graduada em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Acre (Ufac), trabalha com performances de contação de histórias e pesquisa sobre cultura popular.
  • Deusa Maria do Nascimento França (Rio Branco) – Brincante, atriz e repentista, coordena o grupo Jabuti Bumbá e realiza intervenções artísticas em comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas.
  • Francisco Leandro da Silva Santos (Sena Madureira) – Conhecido como “Leo do Hip-Hop”, atua há 20 anos na cultura urbana, promovendo o hip-hop e organizando batalhas de breakdance. Graduado em Física pelo Ifac, já participou de intercâmbios nos EUA e ministra workshops sobre cultura e tecnologia.
  • Ulissys Vinícius dos Santos Bandeira (Cruzeiro do Sul) – Mestrando em Ensino de Humanidades, trabalha na revitalização de espaços históricos do Vale do Juruá. Já atuou na Fundação Elias Mansour (FEM) e desenvolve ações voltadas à preservação da memória cultural da região.
  • Maria Elenilda de Brito de Almeida (Brasiléia) – Com experiência no teatro, música e cinema, integrou a Associação de Juventude de Epitaciolândia e preside a Associação de Arte e Cultura (JQD-AC). Atua em projetos que promovem cultura e justiça social por meio da arte.

Cultura

Sérgio Souto lança livro de poesias em Rio Branco no dia 26 de abril

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O cantor, compositor e escritor Sérgio Souto fará o lançamento do livro “Versos Colaterais: detalhes de poesia numa realidade paralela” no dia 26 de abril de 2025, no Cine Teatro Recreio, em Rio Branco. O evento será gratuito e contará com apresentação musical.

A obra é publicada pela Editora Social e reúne 74 poemas. O prefácio é assinado pelo jornalista e escritor Pitter Lucena. O conteúdo reúne experiências do autor, natural de Sena Madureira, que construiu carreira nacional a partir da relação com a musicalidade da região amazônica.

Sérgio Souto se mudou para o Rio de Janeiro aos 15 anos e passou a compor profissionalmente a partir de 1979. Tem 14 discos lançados e músicas gravadas por artistas como Elba Ramalho, Nelson Gonçalves, Fagner, Jorge Vercilo, Jessé, Claudio Nucci e Nilson Chaves. Também participou de festivais como o Festival dos Festivais (TV Globo), Festival da TV Tupi e Rodada Brahma.

O artista já se apresentou em palcos como o Maracanãzinho (RJ), Teatro Amazonas (AM), Teatro da Paz (PA), Teatro Castro Alves (BA), Dragão do Mar (CE) e Teatro Plácido de Castro (AC).

No lançamento, Sérgio destaca o livro como uma extensão de sua trajetória musical, reunindo reflexões que dialogam com sua identidade e trajetória na Amazônia.

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Cultura

Estudo arqueológico questiona validade da tese do Marco Temporal

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Reportagem publicada pela plataforma Amazônia Real, com autoria da arqueóloga Bruna Rocha, apresenta argumentos científicos contra a aplicação da tese do Marco Temporal para definir o direito territorial dos povos indígenas no Brasil. A autora destaca evidências arqueológicas que comprovam ocupações humanas indígenas contínuas há pelo menos 12 mil anos na Amazônia, contestando a ideia de que a ocupação válida se limite à data da promulgação da Constituição de 1988.

O texto aponta que os povos indígenas participaram ativamente da transformação ambiental e do desenvolvimento de tecnologias, como a domesticação de alimentos e a produção cerâmica. Essas evidências incluem as chamadas terras pretas de índio, solos antrópicos altamente férteis, e sítios arqueológicos datados de até oito mil anos, como os encontrados no baixo rio Amazonas.

A autora critica trechos do Projeto de Lei 490, como o inciso IV do artigo 16, que permite a perda da terra indígena caso haja “alteração dos traços culturais da comunidade”. A argumentação considera essa exigência baseada em uma visão colonial e desatualizada, desconsiderando a historicidade e as mudanças vividas por esses povos.

A reportagem também menciona que a tese do Marco Temporal ignora os efeitos do regime de tutela imposto pelo Estado brasileiro ao longo do século 20, o que inviabilizava legalmente a atuação dos povos indígenas em disputas territoriais até a redemocratização. Segundo Bruna Rocha, a própria Fundação Nacional do Índio (atualmente Fundação dos Povos Indígenas) emitiu documentos que negavam a presença de indígenas em áreas requeridas para empreendimentos durante o regime militar.

Como exemplo de continuidade histórica de ocupação, o texto cita a aldeia Sawré Muybu, do povo Munduruku, situada sobre um sítio arqueológico datado do ano 1000 d.C., no médio Tapajós (PA), além da cidade de Santarém, no Pará, que apresenta mil anos de ocupação indígena contínua.

A autora conclui que os dados arqueológicos, somados às denúncias constantes de violações de direitos humanos, como as registradas no relatório da Comissão Nacional da Verdade, evidenciam a incompatibilidade do Marco Temporal com a realidade histórica e social dos povos indígenas brasileiros.

Fonte: Amazônia Real – “Marco temporal: a arqueologia também diz não”, por Bruna Rocha (Publicado em 07 de junho de 2023). Link: https://amazoniareal.com.br/marco-temporal-a-arqueologia-tambem-diz-nao

Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real

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Cultura

História do Quatipuru encantado é tema de produção audiovisual de jovens comunicadores indígenas do Acre

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Um grupo de jovens comunicadores indígenas do Acre produziu um vídeo baseado em narrativas tradicionais do povo Huni Kuĩ. O trabalho foi realizado durante a 5ª Oficina de Comunicadores Indígenas, ocorrida entre os dias 9 e 20 de setembro, no Centro de Formação dos Povos da Floresta (CFPF).

A produção apresenta a história do Quatipuru encantado, um conto tradicional Huni Kuĩ que relata a transformação de um animal em ser humano. No enredo, uma mulher encontra um quatipuru encantado enquanto busca água no igarapé. Após um breve diálogo, o quatipuru se transforma em homem, casa-se com a mulher, tem três filhos e contribui com a comunidade ao cultivar uma plantação de legumes. O desfecho da narrativa envolve a fuga do personagem principal com seus filhos após descobrir um plano contra sua vida.

O vídeo foi idealizado e produzido pelos próprios participantes da oficina, como parte de uma iniciativa voltada à valorização das culturas indígenas e ao fortalecimento da comunicação feita por jovens das comunidades.

A oficina integra um esforço coletivo para registrar e divulgar saberes tradicionais por meio de linguagens audiovisuais, promovendo o protagonismo indígena na produção de conteúdos culturais.

Fonte: @comunicadoresindigenasdoac

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