O 6º Congresso Internacional de Pecuária Leiteira da Amazônia Ocidental começou nesta quarta-feira, 30, no Sebrae, em Rio Branco, reunindo produtores, pesquisadores, estudantes e representantes de instituições públicas e privadas para discutir inovação, desafios e oportunidades do setor. O evento segue até 1º de novembro e é realizado pelo Fórum Empresarial do Acre, Universidade Federal do Acre e Sebrae .
Na abertura, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, afirmou que o fortalecimento da pecuária leiteira é uma estratégia econômica para gerar renda e ampliar a produção de alimentos no estado. Ele lembrou que iniciou esse modelo de incentivo em Acrelândia, município que, segundo ele, tornou-se o maior produtor de leite e de café do Acre após investimentos em assistência técnica e mecanização. “Isso comprova que investir no campo traz resultado, gera renda, emprego e desenvolvimento”, disse durante o evento .
Bocalom afirmou que a Prefeitura de Rio Branco replicará o modelo executado em Acrelândia, que envolvia melhoria de ramais, distribuição de calcário, incentivo ao uso de tratores e assistência de veterinários e agrônomos. “Nós montamos todo um projeto. Temos dois veterinários contratados, agrônomos, técnicos agrícolas. Estamos dando assistência técnica, incentivando o produtor, fomentando com calcário, com trator pra gradear, com adubação”, declarou .
O prefeito destacou que o foco da gestão é aumentar a produtividade por meio do melhoramento genético do rebanho, com inseminação artificial e seleção de animais de maior rendimento. “Não adianta você falar que quer tirar leite de vaca que dá dois, três litros. Tem que ser no mínimo de dez litros. E pra isso você precisa fazer melhoramento genético. A prefeitura já faz esse trabalho há dois anos”, afirmou . Ele também relacionou nutrição e resultado na produção: “O que entra pela boca do gado leiteiro é o que sai pelas tetas”, disse, reforçando a necessidade de pastagens cuidadas .
Além do leite, Bocalom explicou que o programa também mira o fortalecimento da produção de café, tratado como complemento econômico ao produtor rural. “O leite é o dinheiro que paga as contas no final do mês e o café é para poder comprar a propriedade do vizinho”, afirmou, repetindo discurso que, segundo ele, defende desde a década de 1990 .
Durante o congresso, participantes têm acesso a palestras e painéis sobre inovação, sustentabilidade e competitividade na cadeia produtiva do leite, com exposição de práticas aplicadas em diferentes estados e países . A expectativa é que o encontro incentive parcerias e decisões técnicas baseadas em evidências para qualificar a produção e ampliar oportunidades de mercado.