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Direto ao ponto

A “a guerra de narrativas” pela Prefeitura de Rio Branco

Será que a popularidade de Marcus Alexandre é suficiente para Derrotar Bocalom?

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Com a aproximação das eleições municipais de 2024, o cenário político de Rio Branco se desenha em uma polarização entre o atual prefeito, Tião Bocalom, e o ex-prefeito, Marcus Alexandre. Essa disputa é vista por muitos como certa.

De um lado, temos Marcus Alexandre, que governou a cidade por um mandato completo e parte de um segundo, antes de sair para disputar o governo do estado, uma eleição na qual perdeu para Gladson Cameli. Tentou novamente a sorte em uma eleição posterior, desta vez como vice de Jorge Viana, mas mais uma vez não teve sucesso. Durante sua gestão na prefeitura, Marcus Alexandre construiu uma reputação baseada no trabalho árduo e no diálogo. Ele era uma presença constante nas comunidades, e seu período à frente da prefeitura foi marcado por diversas obras em áreas como saúde, educação e cultura.

A questão é se essa popularidade será suficiente para desbancar Bocalom, que busca um segundo mandato consecutivo. Após cinco tentativas frustradas em eleições para governador e prefeito, Bocalom finalmente conseguiu se eleger. Ele construiu sua narrativa política destacando sua trajetória como prefeito de Acrelândia, secretário de estado, professor e empresário. Além disso, ele enfatiza uma rejeição ao PT, partido que dominou a gestão municipal e estadual por duas décadas.

A rejeição ao PT, que para alguns ainda é uma questão relevante, pode ser contestada, especialmente agora que Marcus Alexandre está filiado ao MDB. Vale destacar que o PT esteve no comando da prefeitura e do governo estadual por 20 anos e, nas últimas eleições, sempre se posicionou bem em candidaturas majoritárias, indo ao segundo turno ou ficando em segundo lugar, com exceção da candidatura do ex-deputado estadual Daniel Zen, em 2020. Ou seja, o partido sempre esteve entre os principais concorrentes.

Com o fim dos quatros anos de experiência à frente da prefeitura, o que o povo pode esperar de Bocalom? Sua administração tem sido um desafio, e agora, conhecendo melhor a complexidade da gestão da capital, suas promessas para o futuro serão fundamentais.

Essa campanha será apenas uma disputa entre vermelho e azul? Esquerda contra direita? Ou será que questões mais profundas devem ser consideradas? Ser um bom político é suficiente ou a capacidade de gestão é mais importante?

A população de Rio Branco quer saber o que foi realizado por ambos os candidatos durante suas gestões e, talvez mais importante, o que eles pretendem fazer em um futuro mandato.

Em uma análise desta pré-campanha do emedebista, o slogan “BORA” cansou por não apontar claramente para onde se ir, como e quando, não despertou o interesse. Até chamou a atenção, mas se perdeu, falhou no desenvolvimento. Afinal, o desejo de uma cidade melhor é comum a todos. A regra é clara: atenção, desejo e engajamento.

O caminho até outubro é longo, e começar a campanha cedo demais pode tornar o processo cansativo. Aqueles que não têm um plano claro para o futuro podem acabar se prendendo ao passado.

A polarização entre esquerda e direita já nos levou a extremos antes. A disputa entre o “bom” e o “ruim” pode acabar prejudicando todos, especialmente aqueles que dependem do transporte público, das UPAs, creches, escolas públicas e trabalham diariamente nas ruas de Rio Branco.

Vale a reflexão: tanto os especialistas em campanhas, os “marqueteiros”, quanto os próprios candidatos deveriam se perguntar “o que levou à minha vitória ou derrota nas eleições passadas?”

No final, o voto na urna é o que decide, e o vencedor será aquele que conseguir se conectar com o povo, compartilhando sonhos e uma visão para o futuro. E é esse eleitor que, no final das contas, registra o voto na urna.

Direto ao ponto

No 8 de março, feminicídio zero não basta!

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O feminicídio continua sendo um problema grave no Brasil. Apesar de campanhas e medidas para combater a violência contra a mulher, os números permanecem altos, especialmente no Acre, um dos estados com as maiores taxas do país.

Campanhas como “Feminicídio Zero” trazem uma mensagem forte e necessária, mas será que zerar os números resolve o problema? Me questiono: focar apenas na redução dos casos é suficiente? Ou o Estado deveria ir além e promover mudanças estruturais e profundas na sociedade?

É preciso fomentar uma educação que vá além da conscientização e realmente transforme a forma como a violência contra a mulher é encarada, atacando suas causas na raiz.

Os dados do Atlas da Violência mostram que, desde 2015, a taxa de feminicídios no Brasil tem se mantido em 1,2 por 100 mil mulheres. No Acre, os números são ainda mais preocupantes. Entre 2012 e 2022, o estado registrou um aumento de 43,8% nos homicídios de mulheres. Em 2023, a taxa foi de 2,4 mortes por 100 mil mulheres, a segunda maior do país.

Além dos casos fatais, as denúncias de violência doméstica continuam aumentando. O serviço Ligue 180 registrou um crescimento de 35,6% nas denúncias de violência contra a mulher no Acre em 2024. As vítimas mais frequentes tinham entre 20 e 24 anos ou entre 55 e 59 anos, e os agressores eram, na maioria, companheiros ou ex-companheiros.

As mulheres seguem sendo vítimas de violência física e psicológica em diversos contextos, revelando a necessidade urgente de mudanças efetivas para além das estatísticas.

Não quero ser o dono da verdade nem trazer respostas definitivas para um problema tão complexo. Mas, ao olhar para os números e para o contexto social, a ideia de reduzir os feminicídios a zero soa como uma meta estatística que, por si só, não resolve a questão. A violência contra a mulher é um reflexo de questões culturais, sociais e estruturais que não podem ser apagadas simplesmente com um slogan.

A violência contra a mulher não começa no feminicídio. Ela se manifesta antes: na desigualdade de gênero, no controle sobre a vida das mulheres e na impunidade dos agressores. Se o foco for apenas na redução dos números, sem abordar as causas estruturais, a raiz do problema continuará intacta.Até que esse ciclo seja interrompido em sua origem, os números continuarão altos. Infelizmente.

O desafio é maior: mudar a forma como as mulheres são tratadas, garantir acesso à proteção e eliminar a tolerância à violência. Se um dia feminicídio deixar de existir, não será porque conseguimos zerar números. Será porque nos tornamos uma sociedade onde isso nunca deveria ter acontecido.

Foto: Jhenyfer Souza/Semulher

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Em Cruzeiro do Sul, o prefeito reeleito segue reformulando sua equipe

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Após garantir uma reeleição com dificuldades, o prefeito de Cruzeiro do Sul inicia seu segundo mandato em um movimento que tem gerado mais perguntas do que respostas. Embora diversas ações estejam em andamento, como a entrega de cestas básicas e iniciativas no Inverno Amazônico, as mudanças na equipe de gestão ainda levantam dúvidas.

Afinal, a equipe que chegou até 31 de dezembro de 2024 não foi parte do “time que estava ganhando”?

Com a reforma e a continuidade dos projetos sociais, o prefeito busca consolidar uma gestão mais eficaz, especialmente após os desafios enfrentados nas urnas. No entanto, a dúvida persiste: será que essas mudanças serão suficientes para manter a boa avaliação conquistada até agora e melhorar ainda mais os índices de aprovação? Destaques como o reconhecimento nacional, regional e estadual na área da Cultura, com uma gestão eficiente e presente, ou os investimentos no Meio Ambiente, com a manutenção e limpeza da cidade e ações educativas premiadas, reforçam a imagem do governo. Além disso, a atuação em momentos críticos, como durante a pandemia e nas crises de alagação e seca, demonstrou a capacidade da administração em enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

Nesse cenário, a vice-prefeita Delcimar Leite pode ser o elo que falta para que o prefeito supere os desafios internos e reafirme sua posição à frente do município. Muitos a veem como peça-chave para uma articulação política capaz de trazer mais estabilidade à administração, em um momento em que as alianças políticas estão sendo testadas. Sua experiência na Secretaria de Ação Social e seu alinhamento com o grupo político ao qual pertence são considerados diferenciais importantes nesse processo.

Ao prefeito, é essencial permanecer atento aos comentários nas ruas, nas rodas políticas e nas redações, pois esses são termômetros indispensáveis para avaliar a eficácia de sua gestão política.

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Direto ao ponto

Delcimar Leite: O Ponto de equilíbrio e renovação na gestão de Cruzeiro do Sul

Gestão, experiência e representatividade no futuro do município

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A eleição de Delcimar Leite como vice-prefeita de Cruzeiro do Sul é importante para a política do Juruál, ampliando a presença feminina em cargos de decisão. Sua atuação no executivo municipal aponta para uma gestão mais próxima da população e atenta às suas demandas.

A sociedade do Juruá enxerga em Delcimar uma liderança que pode motivar mais mulheres a participarem da política, aumentando sua presença em espaços públicos e administrativos. Ela é vista como uma peça-chave na gestão do atual prefeito, trazendo uma nova visão para a administração do município.

Durante a campanha, Delcimar destacou a necessidade de investir em infraestrutura, educação e saúde, com atenção às necessidades de cada comunidade. Suas propostas incluem ações que promovam o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da população, respeitando a cultura e as tradições locais.

Sua experiência no meio rural e como secretária na gestão municipal de Cruzeiro do Sul garante um entendimento mais claro sobre as necessidades do município. A convivência política com seu esposo, o deputado estadual Codoaldo, amplia sua visão sobre os desafios e oportunidades da região.

A expectativa é que Delcimar Leite represente o papel das mulheres no dia a dia da sociedade e traga essa perspectiva para a administração pública. Espera-se que sua atuação contribua para políticas que atendam às necessidades das famílias e da comunidade, refletindo o papel de liderança e participação feminina na gestão do município.

Uma das apostas para a gestão e atuação de Delcimar Leite é o fortalecimento do diálogo com a população, com atenção especial às mulheres. Há expectativa de que ela trabalhe para criar conselhos comunitários e promover encontros que permitam ouvir as demandas da comunidade, garantindo maior participação no planejamento e execução das políticas públicas.

Delcimar Leite será uma conexão importante entre a gestão municipal e os moradores mais humildes. Sua atuação no meio rural e na administração pública lhe dá condições de transformar demandas em ações concretas. Sua presença na gestão pode aproximar o poder público de quem mais precisa.

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