O Governo do Acre confirmou a realização do tradicional Réveillon da Família em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, com shows de artistas nacionais e um espetáculo de fogos sem estampido. Apesar de ser uma celebração aguardada por milhares, o evento já levanta debates nas redes sociais e entre críticos sobre o uso de recursos públicos. “Dinheiro tem”, afirmam internautas em tom irônico, ao questionar as prioridades do governo diante de problemas estruturais no estado.
Em Rio Branco, a festa será realizada na Arena da Floresta, com apresentações de Léo Magalhães e Wanderley Andrade. Já em Cruzeiro do Sul, o palco será montado na Arena do Juruá, com shows de Tarcísio do Acordeon e Chicão dos Teclados. Além disso, as festas contarão com queima de fogos sem estampido, respeitando pessoas e animais sensíveis ao barulho.
Show de investimentos e questionamentos
O evento, promovido em parceria com associações comerciais e prefeituras, é anunciado como uma oportunidade de gerar empregos temporários, aquecer o comércio local e reunir famílias. No entanto, a grandiosidade do Réveillon da Família contrasta com os desafios enfrentados pela população acreana, como precariedade na saúde e educação pública, questões que não passam despercebidas por parte da sociedade.
“É uma celebração importante, mas precisamos discutir se isso é realmente prioritário agora”, questiona um morador de Rio Branco. A volta de Léo Magalhães ao Acre, após se apresentar na Expoacre Juruá em 2023, e a presença de Tarcísio do Acordeon, conhecido pelos ritmos nordestinos, prometem atrair multidões. Contudo, para alguns, o investimento no evento parece desproporcional frente a outras demandas.
Cores no céu, dúvidas no ar
O espetáculo de fogos sem estampido, considerado um marco inclusivo da festa, é outro ponto que divide opiniões. Para muitos, é um avanço, mas críticos ponderam sobre o custo-benefício. A expectativa é de que milhares de pessoas compareçam às festas, que ainda não tiveram os horários divulgados, enquanto autoridades reforçam que a segurança será garantida por ações conjuntas de monitoramento e policiamento.
Festa ou prioridade?
Enquanto o governo defende que o evento fomenta o turismo e promove união entre famílias, críticos apontam que os investimentos poderiam ser direcionados para serviços essenciais. Ainda assim, o Réveillon da Família permanece como um dos principais eventos do calendário estadual, mostrando que, quando o assunto é festa, “dinheiro tem” para celebrar, mesmo em tempos de desafios.
E você, o que acha dessa celebração? Comemorar ou priorizar?
Foto: Pedro Devani/Secom