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Instituto Yorenka relata ameaça sofrida por Benki Piyãko

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Na última quarta-feira (1), o Instituto Yorenka Tasorentsi, fundado pelo líder indígena Ashaninka, Benki Piyãko, emitiu uma nota informando sobre a ameaça contra a vida do líder Indígena. Benki foi alvo de ameaça armada durante evento de celebração do seu aniversário, no dia 25 de fevereiro.

O evento estava sendo realizado na sede do Centro Yorenka Tasorentsi, no município de Marechal Thaumaturgo, interior do Acre.

Leia a Nota na Íntegra

Por meio desta nota, o comitê gestor do INSTITUTO YORENKA TASORENSTI, organização privada da sociedade civil dedicada à defesa dos direitos dos povos indígenas, à proteção do meio ambiente e ao fortalecimento da sua cultura ancestral e das suas medicinas tradicionais, vem a público agradecer as inúmeras manifestações de apoio a segurança e proteção dos direitos fundamentais da liderança indígena BENKI PIYÃKO em relação aos fatos ocorridos no último dia 25/02/2023 durante a sua festa de aniversário.

Com o intuito de evitar especulações e relatos imprecisos publicados nas redes sociais e na imprensa.

Aproveitamos a ocasião para esclarecer os seguintes fatos.

1) Que o evento promovido dentro das instalações do INSTITUTO YORENKA TASORENTSI, localizado no município de Marechal Thaumaturgo, no Acre, para comemorar o aniversário de BENKI PIYÃKO,
era privado e que não havia nenhuma autorização para que qualquer pessoa presente portasse armas de fogo nas suas dependências.

2) Que alguns convidados notaram a presença na festa de um policial civil à paisana, portando camiseta e bermuda, e em posse publicamente visível de arma de fogo.

3) Que sob aparente efeito de álcool, conforme relatado por vários convidados, o policial supramencionado manuseou em diferentes momentos a sua arma.

4) Que diante da insegurança gerada pelo comportamento do policial ao manusear sua arma durante a festa, convidados dentre os quais autoridades e lideranças indígenas da APIWTXA, mostraram-se assustados e passaram a buscar alguma forma de organizar a retirada pacífica do policial do espaço do evento evitando animosidades, o que se evidencia pela ausência de qualquer ato violento ou acidente com arma de fogo na situação.

5)Que tão logo o policial foi retirado das dependências do Instituto e temendo represálias futuras para as lideranças presentes, diferentes convidados passaram independentemente a relatar suas versões do ocorrido a seus conhecidos, pessoas dos órgãos de segurança pública do Estado do Acre, bem como à imprensa.

6) Que tão logo o fato tornou-se público, imediatamente o Instituto passou a receber manifestações de apoio e de compromisso público para a devida apuração dos fatos e responsabilização por eventuais ilícitos nas esferas competentes, incluindo do MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, da FUNDAÇÃO NACIONAL DOS POVOS INDÍGENAS, do GOVERNO DO ESTADO DO ACRE, da EMBAIXADA DA ALEMANHA NO BRASIL, da CORREGEDORIA DA POLÍCIA CIVIL DO ACRE, dentre outros.

7) Que o INSTITUTO YORENKA TASORENTSI confia nas instituições do Estado Brasileiro na promoção dos princípios democráticos que regem sua atuação nos termos da sua Constituição Federal de 1988 para os devidos encaminhamentos segundo suas respectivas competências.

Sem mais para acrescentar no momento,
Subscrevemo-nos.

Marechal Thaumaturgo-AC, 01 de março de 2023.
COMITÊ GESTOR
INSTITUTO YORENKA TASORENTSI

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Feriado do Dia do Servidor é transferido para sexta-feira, 31, no Acre

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O governo do Acre anunciou que o feriado do Dia do Servidor Público, tradicionalmente comemorado em 28 de outubro, será transferido para a sexta-feira, 31. A medida está prevista no Decreto nº 11.768, publicado no Diário Oficial do Estado no dia 10 de outubro de 2025, e tem como objetivo reorganizar o calendário administrativo estadual.

Com a alteração, os órgãos públicos do Estado não funcionarão na sexta-feira, retomando o expediente normal na segunda-feira, 3 de novembro. O decreto determina que, durante o período do feriado, o atendimento à população será mantido nas áreas essenciais, especialmente nos setores de saúde e segurança pública.

Hospitais, prontos-socorros, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Hospital das Clínicas continuarão a operar normalmente, garantindo assistência em casos de urgência e emergência. Também permanecem em funcionamento os serviços de apoio diagnóstico, internação, centros cirúrgicos e unidades de terapia intensiva.

Na segurança pública, as delegacias especializadas, como as de Flagrantes, Investigação Criminal e da Mulher, seguirão abertas para atendimento à população. A medida busca assegurar o funcionamento contínuo dos serviços indispensáveis durante o ponto facultativo transferido.

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Prefeitura de Rio Branco amplia programa habitacional e anuncia novas unidades do projeto 1001 Dignidades

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O prefeito de Rio Branco visitou, na quinta-feira (22), o galpão de montagem e pintura do projeto 1001 Dignidades, acompanhado do secretário municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, João Marcos Luz. O espaço é responsável pela produção de casas de madeira pré-fabricadas que serão destinadas a famílias em situação de vulnerabilidade social. Durante a visita, o prefeito destacou o compromisso da gestão com a habitação popular e afirmou que o material utilizado passa por um processo de beneficiamento antes de ser aproveitado. “A madeira utilizada passa por todo um processo de beneficiamento, só o material de qualidade é aproveitado. Estamos muito satisfeitos com o avanço das obras”, afirmou.

O projeto, criado para ampliar o acesso à moradia em Rio Branco, conta atualmente com 445 unidades contratadas e deve entregar entre 200 e 300 casas até o fim do ano. Segundo o prefeito, a produção será contínua, com meta de fabricar de 20 a 30 casas por mês. As moradias são construídas com telhas termoacústicas, que ajudam na durabilidade e conforto térmico, e contam com infraestrutura completa, incluindo pavimentação, esgoto e abastecimento de água.

Durante a visita, o prefeito também anunciou que a Prefeitura credenciou 685 terrenos junto ao Ministério das Cidades para o programa federal de habitação financiado com recursos do FGTS, voltado para famílias atingidas por cheias e que vivem em áreas de risco. “Já temos 445 unidades contratadas e seguimos avançando com o restante. É mais uma conquista para garantir moradia digna ao nosso povo”, disse o gestor.

O secretário João Marcos Luz informou que a seleção das famílias beneficiadas será feita de forma transparente, com acompanhamento de instituições parceiras. “A comissão inclui representantes do Ministério Público, Defensoria Pública, OAB e Tribunal de Justiça. Queremos que tudo seja feito de forma justa, garantindo dignidade a quem mais precisa”, explicou o secretário.

O projeto 1001 Dignidades nasceu com o objetivo de oferecer moradia segura e melhorar a qualidade de vida de famílias em vulnerabilidade social, unindo planejamento, inovação e políticas públicas voltadas à habitação.

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Censo 2022 mostra aumento da diversidade étnica e linguística entre povos indígenas no Brasil

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (24), em evento no Instituto de Geociências da Unicamp, em Campinas (SP), os resultados do Censo Demográfico 2022 sobre etnias e línguas indígenas. O levantamento identificou 391 etnias e 295 línguas faladas no país, registrando 1.694.836 pessoas que se autodeclararam indígenas. Em 2010, o total era de 896.917 indígenas distribuídos entre 305 etnias.

As etnias mais populosas são Tikúna, com 74.061 pessoas, Kokama, com 64.327, e Makuxí, com 53.446. O Censo também apontou que 74,51% da população indígena declarou etnia, e 1,43% declarou dupla etnia — fenômeno mais comum entre jovens de até 29 anos que vivem em Terras Indígenas. A gerente de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, Marta Antunes, afirmou que o levantamento reflete a valorização do pertencimento étnico e os processos de reemergência identitária. “Depois de anos de ocultação para lidar com o racismo, principalmente no contexto urbano, se reúnem condições favoráveis para a declaração do pertencimento étnico”, disse.

O levantamento mostra que dentro de Terras Indígenas foram registradas 335 etnias, enquanto fora delas foram contabilizadas 373. São Paulo é o estado com maior número de etnias identificadas, 271 no total, seguido por Amazonas (259) e Bahia (233). Nas capitais, São Paulo aparece com 194 etnias, seguida de Manaus (186), Rio de Janeiro (176) e Salvador (142). Fora das capitais, Campinas (SP) apresentou 96 etnias e Santarém (PA), 87. O gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do IBGE, Fernando Damasco, destacou que o aumento da diversidade em cidades médias está ligado à presença de universidades e políticas de inclusão. “Campinas, Foz do Iguaçu e cidades do Mato Grosso do Sul passaram a ser polos de atração da população indígena. Isso mudou o mapa da diversidade no Brasil na última década”, afirmou.

O Censo também revelou o aumento do número de línguas indígenas faladas no país. Em 2022, foram registradas 295 línguas, contra 274 em 2010. As mais faladas são Tikúna (51.978 falantes), Guarani Kaiowá (38.658), Guajajara (29.212) e Kaingang (27.482). Houve crescimento absoluto de falantes de línguas indígenas, passando de 293.853 em 2010 para 433.980 em 2022, embora o percentual tenha diminuído de 37,35% para 28,51%. Dentro das Terras Indígenas, o percentual de falantes aumentou de 57,35% para 63,22%. Damasco apontou o avanço do português como resultado da urbanização e da ausência de políticas de ensino bilíngue. “O avanço do português nas Terras Indígenas é um destaque dos resultados desse Censo. A ausência de políticas educacionais específicas que garantam o ensino em línguas indígenas contribui decisivamente para esse cenário”, explicou.

Os dados mostram ainda que 11,93% das pessoas indígenas com cinco anos ou mais não falam português, proporção que chega a 30,96% dentro de Terras Indígenas. Das 308 mil pessoas indígenas de 15 anos ou mais que falam alguma língua indígena, 78,55% são alfabetizadas, abaixo da média geral indígena, que é de 84,95%. Entre as que falam apenas línguas indígenas, a taxa de analfabetismo é de 31,85%.

O estudo também abordou o registro civil de crianças e o acesso ao saneamento básico. Entre as 194 mil crianças indígenas de até cinco anos, 5,42% não possuem registro de nascimento, percentual superior ao da população total do país (0,51%). Os povos Yanomami e Sanumá têm os maiores índices de crianças sem registro, com 65,54% e 97,34%, respectivamente. Em relação ao saneamento, as etnias Tikúna, Guarani-Kaiowá, Kokama, Guajajara e Makuxí concentram os maiores números de moradores sem acesso à água encanada, esgoto adequado ou coleta de lixo.

O IBGE ressaltou que o Censo 2022 é a operação estatística mais abrangente já realizada no país, e que as informações podem ser consultadas no portal do instituto, no SIDRA e na Plataforma Geográfica Interativa (PGI). Os dados, segundo Marta Antunes, ajudam a compreender a complexidade da diversidade indígena no Brasil. “Esse quantitativo expressivo de etnias e línguas mostra a riqueza e o desafio de conhecer quem são esses indígenas e como vivem”, concluiu.

Foto: Sérgio Vale

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