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MEIO AMBIENTE

Marina Silva destaca queda do desmatamento e cobra compromisso internacional em pronunciamento no Dia do Meio Ambiente

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Em rede nacional de rádio e televisão, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, realizou na noite desta quinta-feira (5) um pronunciamento em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente. Durante a fala, Marina apresentou um balanço das ações do governo federal na área ambiental, destacou a redução de 46% no desmatamento da Amazônia entre 2022 e 2024 e defendeu maior responsabilidade dos países desenvolvidos no enfrentamento das mudanças climáticas.

“Isso não é mágica, não acontece da noite para o dia. É preciso esforço dos 196 países signatários da Convenção do Clima da ONU. Os países ricos terão que liderar esse esforço e os países em desenvolvimento virão em seguida”, afirmou a ministra.

Marina também mencionou a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro deste ano em Belém (PA), como um marco da agenda climática brasileira.

Ao longo da semana, o governo federal anunciou um pacote de medidas ambientais para marcar a data. Entre as principais ações está a liberação de R$ 825 milhões do Fundo Amazônia ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os recursos serão utilizados para fiscalização ambiental, aquisição de helicópteros e drones, construção de bases aéreas e centros de monitoramento, além do uso de inteligência artificial para autuação remota de infrações.

O pacote inclui ainda a criação de três novas Unidades de Conservação federais: a Área de Proteção Ambiental (APA) da Foz do Rio Doce, no Espírito Santo, e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Faxinal São Roquinho e Bom Retiro, no Paraná. Também foi oficializada a delimitação do Parque Nacional Saint-Hilaire/Lange (PR) e reconhecido o território do quilombo Pedro Cubas de Cima, em São Paulo.

Na área da biodiversidade, foram lançadas a Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (Epanb) e a Estratégia Nacional para Conservação e Uso Sustentável dos Recifes de Coral (Pró-Coral). O Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) também foi ampliado e agora contempla apoio direto a comunidades em 60 unidades de uso sustentável.

O governo instituiu ainda o Programa Nacional de Fortalecimento da Sociobiodiversidade (Pró-Sociobio), que tem como objetivo promover o desenvolvimento territorial sustentável a partir das economias da floresta. A iniciativa prevê o uso de mecanismos como o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e políticas públicas de apoio à produção e comercialização de produtos oriundos da sociobiodiversidade.

Durante a semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que amplia de 20% para 30% a reserva de vagas para pessoas negras em concursos públicos federais. O novo percentual também se aplicará a indígenas e quilombolas.

MEIO AMBIENTE

Jullie Messias assume protagonismo nacional na agenda climática ao liderar conferência com foco em soluções baseadas na natureza

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Uma nova liderança amazônida se destaca na agenda climática nacional. A acreana Jullie Messias, natural do Vale do Juruá, acaba de protagonizar um marco em sua trajetória ao liderar a realização da 3ª Conferência Brasileira Clima e Carbono, evento que reuniu mais de 600 participantes no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Recém-empossada na direção da Aliança Brasil NBS (Soluções Baseadas na Natureza), Jullie assumiu o cargo em um momento de transição pessoal e institucional, trazendo consigo mais de uma década de atuação na agenda ambiental e climática. “Assumi essa função fortalecida pela luz dos meus filhos”, declarou em suas redes sociais, destacando também a mudança de cidade e de ritmo de vida como parte desse novo ciclo.

Sob sua liderança, a Conferência cresceu em representatividade e impacto. Em dois dias intensos de programação, o evento contou com 20 painéis temáticos, mais de 90 painelistas e 18 moderadores, além de exposições fotográficas, reuniões com governos, comunidades e redes de mulheres. Foi um espaço de diálogo plural, com trocas significativas entre setores públicos, privados e da sociedade civil, algo essencial diante do horizonte da COP30 na Amazônia, marcada para 2025 em Belém do Pará.

“Seguimos com escuta, integridade e ação real”, afirmou Jullie, reafirmando seu compromisso com uma construção coletiva e baseada nos saberes dos territórios.
Sua origem no Juruá, uma das regiões mais biodiversas, mas também mais vulneráveis da Amazônia ecoa em sua atuação. Jullie leva à mesa de decisões a perspectiva de quem viveu de perto os efeitos da crise climática, e que agora luta para reposicionar a floresta como protagonista das soluções. Sua atuação articula inovação, justiça climática e a valorização de práticas tradicionais.

O Evento reunimos, no Memorial da América Latina, em São Paulo, mais de 600 pessoas em um espaço de diálogo qualificado, diverso e representativo. Foto: Reprodução/ Instagram

Com foco nas Soluções Baseadas na Natureza, a conferência também representou um avanço no fortalecimento de práticas sustentáveis que integram conservação, restauração e uso responsável dos ecossistemas, com benefícios para o clima, a biodiversidade e as pessoas.

Ao agradecer os membros da Aliança, os painelistas e os patrocinadores, Jullie reforçou um sentimento coletivo de propósito: fazer da agenda climática um compromisso com a vida, os territórios e as futuras gerações.

A liderança de Jullie Messias inaugura um novo capítulo na atuação climática brasileira um capítulo onde a floresta fala por si, e quem vem do interior da Amazônia assume com autoridade os rumos de um futuro mais justo e sustentável.

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MEIO AMBIENTE

Megaexpedição científica fortalece monitoramento ambiental na Estação Ecológica Rio Acre

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O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou uma expedição científica na Estação Ecológica Rio Acre, com foco na ampliação do monitoramento ambiental e da biodiversidade. A iniciativa integra o Programa Monitora, que atua em 125 unidades de conservação em todo o país e busca gerar dados consistentes sobre a fauna, flora e qualidade ambiental dos ecossistemas brasileiros.

Localizada no sudoeste do Acre, a Estação Ecológica Rio Acre recebeu ações voltadas ao monitoramento de mamíferos, aves, borboletas e plantas, espécies que servem como indicadores biológicos. A expedição aplicou tanto metodologias simples, que exigem poucos recursos, quanto protocolos mais complexos, que envolvem tecnologias e especialistas para análise de determinados grupos.

Segundo os responsáveis pela atividade, a operação contemplou todos os grupos monitorados, utilizando protocolos padronizados de alta exigência técnica. A diversidade biológica encontrada na unidade inclui organismos ainda pouco conhecidos pela ciência, destacando a relevância da área para pesquisas e estratégias de conservação.

A Estação Ecológica Rio Acre foi criada com o objetivo de preservar as nascentes do rio que dá nome à unidade. Sua posição estratégica na região garante a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais, como o transporte fluvial e a segurança hídrica para comunidades ribeirinhas e para a capital, Rio Branco.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima coordena a iniciativa, reforçando a política federal de conservação da biodiversidade por meio de instrumentos científicos e integrados à gestão territorial.

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MEIO AMBIENTE

Comunicadores Indígenas do Acre pedem veto ao PL 2159 e alertam para risco ambiental

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Representantes de comunidades indígenas intensificaram nesta semana a mobilização contra o Projeto de Lei 2159/21, aprovado na Câmara dos Deputados e atualmente em análise pela Presidência da República. O projeto altera as regras de licenciamento ambiental no Brasil, reduzindo exigências para obras com potencial de impacto, como hidrelétricas, estradas e atividades de mineração.

Lideranças indígenas, por meio da Rede de Comunicadores Indígenas do Acre, divulgaram um vídeo pedindo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vete integralmente o projeto. A preocupação central é que, com a nova proposta, empreendimentos possam ser executados sem estudos de impacto ambiental nem consulta prévia às comunidades diretamente afetadas.

“Esse projeto coloca nossas florestas, nossos territórios e nossas vidas em risco”, afirma Uhnepa Nukini, comunicador do povo Nukini, no material divulgado. Segundo ele, a proposta fragiliza mecanismos de controle e fiscalização ambiental e compromete direitos garantidos aos povos originários.

O PL 2159 é alvo de críticas de diversos setores da sociedade civil, incluindo especialistas em meio ambiente, movimentos sociais e organizações indígenas. Para esses grupos, a aprovação da medida representa um retrocesso na legislação ambiental brasileira, ao flexibilizar normas que foram construídas ao longo de décadas com base em tratados internacionais e pactos nacionais.

As lideranças alertam que o projeto beneficia apenas grandes empreendimentos e corporações, em detrimento da preservação dos ecossistemas e dos modos de vida tradicionais. “O veto é pela vida. O veto é pelos nossos territórios”, resume o apelo da campanha.

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