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MEIO AMBIENTE

Semana Chico Mendes 2021 começa hoje

“Crise Climática: Vozes das Florestas em Defesa dos Territórios”

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Arte Divulgação

Semana Chico Mendes 2021 – de 15 a 22 de dezembro

Promovida anualmente desde o assassinato de Chico Mendes, em 22 de dezembro de 1988, a Semana Chico Mendes é uma atividade idealizada e organizada pelo Comitê Chico Mendes – instituição composta por amigos e adeptos a causa dos Povos das Florestas.

Em 2021, a atividade traz como eixo do debate central a “Crise Climática: Vozes das Florestas em Defesa dos Territórios”, com o intuito de reunir lideranças em Xapuri para, a partir das discussões e estratégias adotadas, elencar, alinhar e estruturar ações em defesa dos territórios, das vidas e do Planeta.

A Terra vive uma emergência climática, que se agrava com a pressão sobre a Amazônia. A destruição dessa região afeta diretamente as populações e o mundo, os predadores vislumbram a natureza como recurso e não como ser com direitos.

Desse modo, se faz urgente e necessário ouvir as diferentes demandas da região MAP (Madre de Dios, Acre e Pando) e os diferentes atores: juventudes, mulheres, idosos, homens, com suas diversas perspectivas, suas frentes de atuação e experiências.

O contexto de luta dos povos das florestas ensinou que a cosmovisão dos povos tradicionais foi e é essencial para garantir o equilíbrio sujeito e natureza, por isso, vamos nos reunir para reverberar essas vozes, esses saberes e com isso buscar alternativas para frear a destruição do planeta.

Confira a programação

  • 15/12 (Início da programação)

9h Encontro Juventudes Amazônidas e Emergência Climática
Local: auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Xapuri/Acre.

20h Abertura oficial da Semana Chico Mendes 2021 com a entrega do Prêmio Chico Mendes de Resistência
21h Show Zum Zum Zum da Amazônia
Local: Em frente ao Memorial Mártires da Floresta, Xapuri/Acre. 

  • 16/12

Encontro Amazônico Terra, Territórios e Emergência Climática

(A partir das 8h, no Salão Paroquial da Igreja São Sebastião)
9h Mesa 1 – A aliança dos povos das florestas e a resistência em defesa da Amazônia (Participação: CNS, CMM, COIAB, CONTAG, ANA-Amazônia, Peru e Bolívia)

–  12h Intervalo para Almoço

– 14h Mesa 2 Amazônia – As ameaças aos territórios e Emergência Climática (Participação: CNS, CMM, COIAB, CONTAG, ANA-Amazônia, Peru e Bolívia)

– 16h Mesa 3 – Amazônia e Bem Viver da Floresta.  (apresentação das Vivências socioprodutiva amazônicas – IPÊ/Memorial Chico Mendes e da Vert)

19h Jantar

20h Atividade Cultural
Local: Memorial dos Mártires da Floresta – Xapuri/Acre.

  • 17/12

Segundo dia do Encontro Amazônico Terra, Territórios e Emergência Climática

(A partir das 8h, no Salão Paroquial da Igreja São Sebastião)

– 8h Mesa 4 – O Desafio da Crise Climática e o Protagonismo das Mulheres na Defesa dos seus Territórios por Justiça Social e Direitos.
Participação Especial dos representação dos territórios Amazônicos

– 12h Intervalo do Almoço

– 14h Mesa 5 – Entre Gerações: O Legado de Chico Mendes e o Futuro da Amazônia

16h Leitura da Carta o Grito da Amazônia

17h Caminhada e visita ao túmulo de Chico Mendes

19h Jantar
Local: Salão Paroquial da Igreja São Sebastião

20h Atividade Cultural: Exibição do filme “Marighella”
Local: Salão Paroquial da Igreja São Sebastião

  • 18/12

10h Ato de Resistência em Defesa da Amazônia
Praça do Centro de Brasiléia/Acre.

20h Peça teatral Vozes da Floresta com a atriz Lucélia Santos
Local: Em frente da casa de Chico Mendes – Xapuri/Acre. 

  • 19/12

8h Torneio de Futebol Chico Mendes
Local: Estádio de Futebol Álvaro Felício Abraão, Xapuri/Acre.

20h Peça teatral Vozes da Floresta com Lucélia Santos
Local: Em frente à casa de Chico Mendes – Xapuri-Acre.

  • 20/12

9h  Grafitaço Chico Mendes Vive, Xapuri/ Acre

19h Legado de Luz, Xapuri/Acre

  • 21/12

9h Encontro de Lideranças da Reserva Chico Mendes
Local: Comunidade Rio Branco, Reserva Extrativista Chico Mendes

  • 22/12

08h Encontro de Lideranças do PAE Cachoeira e Equador

10h Ato Ecumênico e encerramento da Semana Chico Mendes 2021
Local: Colocação Fazendinha no PAE Cachoeira, Xapuri/Acre.

Mais informações em: Instagram @chicomendescomite
Fone: (68) 996089681 / Bruno Pacífico

MEIO AMBIENTE

Acre facilita acesso ao crédito rural para pequenos produtores

Medida busca simplificar a declaração ambiental e agilizar a liberação de crédito para a agricultura familiar no estado

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Em reunião na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), representantes do Legislativo, Executivo e instituições financeiras anunciaram que, na próxima sexta-feira (08), será publicada uma portaria para simplificar o processo de declaração ambiental de pequenos produtores rurais. O objetivo é facilitar a obtenção de crédito junto a bancos, favorecendo o desenvolvimento da agricultura familiar.

A reunião, realizada nesta terça-feira (05), contou com a presença do presidente da Aleac, deputado Luiz Gonzaga, do primeiro-secretário Nicolau Júnior (PP), além de representantes do governo, bancos e autoridades ambientais. O encontro teve como pauta a criação de um mecanismo que permita aos pequenos agricultores comprovarem a regularidade ambiental de suas propriedades rurais consolidadas, de acordo com as normas vigentes, sem a necessidade de documentos adicionais.

O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) ficará responsável por regulamentar a portaria, em parceria com instituições financeiras como o Banco da Amazônia e o Sicredi. Segundo o presidente do Imac, André Hassem, o processo se concentrará na análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para confirmar a conformidade ambiental, reduzindo barreiras para o acesso ao crédito.

Cesário Braga, superintendente do Ministério de Desenvolvimento Agrário da Agricultura Familiar, destacou que a portaria atenderá agricultores que enfrentam dificuldades para comprovar a posse de suas terras e, assim, acessar financiamento. O crédito é visto como um fator essencial para impulsionar o setor e desenvolver a economia rural do Acre.

O secretário estadual de Meio Ambiente, Leonardo, também presente na reunião, assegurou que o governo buscará acelerar os processos de análise e resposta aos agricultores, e que pautas extraordinárias poderão ser convocadas para resolver pendências prioritárias.

A medida é resultado de uma articulação entre a Assembleia Legislativa e o governo do estado, que buscam fortalecer a agricultura familiar, reduzir entraves burocráticos e ampliar o acesso ao crédito para pequenos produtores no Acre.

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MEIO AMBIENTE

Exploração de petróleo na Amazônia gera controvérsias em debate ambiental

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Em entrevista recente, a ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad, expressou sua posição contrária à exploração de petróleo na região amazônica. A ministra, que também preside a COP16, ressaltou a contradição entre explorar combustíveis fósseis em uma área de grande biodiversidade e o compromisso com a preservação ambiental. Ela defendeu que os países amazônicos avancem para uma transição energética que, embora gradual, permita uma redução na dependência de combustíveis fósseis.

A ministra destacou que a preservação da Amazônia é essencial para combater as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável. De acordo com ela, a exploração de petróleo, embora possa trazer ganhos econômicos a curto prazo, compromete ecossistemas vitais e a saúde do planeta. A ministra criticou a ausência de um consenso na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) sobre a redução da exploração de hidrocarbonetos. Segundo Muhamad, a Declaração de Belém, formulada em 2023 pelos países membros, apenas sugere um diálogo sobre a sustentabilidade de setores extrativistas, sem firmar compromissos práticos.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, foi um dos líderes que mais defenderam a transição energética, propondo o fim da exploração de combustíveis fósseis na Amazônia. Em 2023, a Colômbia aderiu ao Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis, que visa reduzir o uso de energias poluentes. Em contraste, o governo brasileiro planeja investir na perfuração de novos poços de petróleo na Margem Equatorial, incluindo a bacia da Foz do Amazonas. O planejamento da Petrobras prevê um investimento de US$ 3,1 bilhões na exploração da região entre 2024 e 2028.

A ministra Muhamad criticou a falta de financiamento internacional para a transição energética e destacou a necessidade de um esforço conjunto entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Apesar dos compromissos estabelecidos na COP15, em Montreal, onde foi prometido o financiamento anual de 20 bilhões de dólares para países em desenvolvimento até 2025, apenas uma fração desses recursos foi efetivamente mobilizada até o momento.

Em um cenário de discussões globais intensas sobre a preservação da Amazônia, a ministra destacou a urgência de ações concretas para frear as mudanças climáticas e pediu um alinhamento dos padrões de produção e consumo aos ciclos naturais, reafirmando o lema da COP16: “Paz com a Natureza”.

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MEIO AMBIENTE

Estudo indica risco alto de contaminação por mercúrio em rios da Amazônia

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Um estudo da organização WWF-Brasil revelou que quatro bacias hidrográficas na Amazônia apresentam níveis elevados de risco de contaminação por mercúrio. Os locais afetados incluem os rios Tapajós, Xingu, Mucajaí e Uraricoera, áreas que abrangem territórios indígenas e estão expostos ao garimpo ilegal. A análise, que utilizou um modelo de probabilidade desenvolvido pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, indica que mais da metade das sub-bacias examinadas possui índices de contaminação acima dos considerados seguros para a saúde pública e ambiental.

De acordo com o estudo, as concentrações de mercúrio aumentam ao longo dos cursos dos rios, sendo mais baixas nas cabeceiras. O mercúrio se acumula na cadeia alimentar, especialmente em peixes, que são uma das principais fontes de alimento para as populações locais, incluindo indígenas.

Vitor Domingues, analista ambiental e participante da pesquisa, afirmou que a ausência de dados amostrais suficientes foi um dos desafios enfrentados, levando à necessidade de projeções com base em dados existentes. Segundo Domingues, as condições de contaminação indicam que a maioria das sub-bacias estudadas não atende aos padrões da legislação ambiental brasileira.

A pesquisa recomenda o fortalecimento de sistemas de monitoramento e a criação de um banco de informações que possa subsidiar ações governamentais para mitigar os impactos da contaminação e proteger a saúde das populações dependentes desses recursos hídricos.

Fonte: Agência Brasil Foto: Sérgio Vale / Vale Comunicação

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