O Família Acolhedora alcança famílias ou indivíduos habilitados e acompanhados pelo serviço de acolhimento familiar. O serviço recebe, voluntariamente em suas casas, por período, crianças e adolescentes em situação de guarda provisória com possibilidade ao retorno à família de origem oferecendo-lhes cuidado integral e convivência familiar e comunitária.
O serviço é gerido pela Prefeitura de Rio Branco e supervisionado pelo Tribunal de Justiça do Acre, por meio Vara da Infância e Juventude. As famílias se encontram duas vezes por ano para dividir as experiências.
“Cada encontro trazemos um tema, às vezes é acolhimento, às vezes é amor, às vezes é desapego, e nesse encontro nós tivemos a ajuda do Corpo de Bombeiros do Acre que nos deu um treinamento sobre primeiros socorros, porque às vezes, a criança ou um adolescente chega em sua residência, e às vezes tem um engasgo, um desmaio. Então para saber como agir, nada melhor do que os bombeiros para nos explicar nesse momento”, explicou o coordenador, Crispim Saraiva.
Em Rio Branco, 7 famílias estão habilitadas a acolher as crianças e 3 estão com crianças sob o acolhimento.
O serviço existe desde 2013 e envolvia apenas 7 famílias que acolhiam de forma voluntária. Por meio de um projeto de lei, o prefeito Tião Bocalom ampliou a possibilidade de acolhimento e um incentivo com aporte financeiro.
Além da ampliação do número de crianças e adolescentes acolhidos para 30 famílias que se dispuserem a fazer parte do serviço, os indivíduos ou as famílias, irão receber o auxílio de um salário mínimo.
“O prefeito viu a importância que era o projeto Família Acolhedora. Ele sabia que quando a família por mais boa vontade que ela tenha, uma criança quando é acolhida, ela gera situações de gastos, aumenta a rotina da família, então ele vendo toda essa necessidade e aí contemplou 30 bolsas para ofertarmos às famílias que essas crianças fossem acolhidas, tanto crianças como os adolescentes”, disse a secretária ds SASDH Suellen Araújo.
A funcionária pública, Márcia Farias, faz parte do grupo de acolhimento há pouco tempo, e já teve experiência importante com este gesto de proteção e amor.
“É uma descoberta no dia a dia que vai apreendendo com a criança, ela já tem os hábitos dela, tem também o teu hábito familiar, mas a gente tem essa junção e vai se descobrindo na verdade.”
O engenheiro agrônomo Fernando Lima e a administradora Raquel Yuri tiveram sete meses de experiência no acolhimento de uma criança que já foi reinserida no seio familiar.
“Tem tanta criança que precisa da nossa ajuda, temos que ser ser empáticos, nos colocar no lugar do outro, se não for com vontade, se não for por amor, é difícil você colocar um estranho dentro da sua casa, você não conhece, você não sabe de onde veio a gente tenta praticar essa empatia”, pontuou Fernando.
“Há um processo de adaptação, depois de dois meses a gente já consegue entrar numa rotina e depois ao processo de desapego, porque ela vai ser reintegrada a família dela. Há um processo de desapego. É um amor sem posse e você sabe que algum momento vai ser melhor para ela naquele momento vir pra sua casa, mas também agora vai ser melhor pra ela, pra criança ela ser reintegrada, a gente tem que estar trabalhando isso diariamente no nosso coração”, ressaltou Raquel.
Quem quiser se cadastrar para acolher uma criança deve procurar o serviço de acolhimento para ter o perfil avaliado.
“Ele vai passar por um curso, por uma investigação, para saber se ele tem condições ou não de acolher essas crianças. Então são vários os requisitos até porque a gente não decide isso só, tudo que se trata em relação às crianças a gente tem o ministério público, a gente tem o conselho tutelar. Tudo é feito da forma mais legal possível”, concluiu a secretária da SASDH.
O governador Gladson Cameli afirmou que o deputado estadual Nicolau Júnior tem “todo o direito de colocar seu nome à disposição” como pré-candidato ao governo do Acre. A declaração foi feita durante entrevista na última segunda-feira (23), quando Gladson reforçou que sua candidata ao governo é a vice-governadora Mailza Assis.
“Nicolau tem todo o direito de colocar seu nome à disposição, como qualquer outro. Mas a minha candidata do coração é a Mailza”, disse o governador, que também confirmou sua intenção de disputar uma vaga ao Senado nas eleições de 2026.
A fala de Gladson ocorre poucos dias após o próprio Nicolau descartar uma candidatura ao governo. O deputado afirmou, em entrevista no dia 6 de junho, que é pré-candidato à reeleição na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e que seu apoio ao governo é para Mailza Assis, que deve assumir o cargo quando Gladson se afastar para concorrer ao Senado.
“Eu sou candidato à reeleição. Faço parte do grupo político, sou um soldado desse grupo e minha candidata ao governo é a vice-governadora Mailza”, declarou Nicolau na ocasião. Ele também destacou que seu foco, no momento, é o trabalho à frente da Aleac e projetos como a caravana pela BR-364, organizada por ele e outros deputados.
O cenário no Progressistas (PP) continua em aberto, mesmo com as sinalizações públicas. Enquanto Gladson reafirma preferência por Mailza, também mantém espaço aberto para que outros aliados do partido se coloquem como opção. Nicolau, por sua vez, mantém o discurso de que seguirá no grupo, mas na disputa pela reeleição ao cargo de deputado estadual.
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, reagiu às declarações do ex-governador Jorge Viana, que classificou a capital acreana como “bregolândia” durante uma entrevista recente. Em resposta, Bocalom defendeu as obras de infraestrutura realizadas pela gestão municipal e reforçou que seu trabalho tem o respaldo da população.
“Dizer que construir viaduto é deixar a cidade ‘brega’ é não entender o que é infraestrutura urbana. Estamos preparando Rio Branco para o futuro. Não é vaidade, é planejamento. É segurança, mobilidade e dignidade para a população”, afirmou o prefeito.
Bocalom também rebateu críticas sobre sua trajetória política e administrativa. “Nunca tive meu nome envolvido em escândalos ou processos. Minha ficha é limpa. Sempre tratei o recurso público com respeito. E é assim que continuamos trabalhando: com transparência, com responsabilidade e com foco em entregar uma cidade melhor para todos”, declarou.
O prefeito lembrou ainda sua atuação anterior como secretário, quando foi indicado na gestão de Jorge Viana. “Fui secretário, sim. Falei do agro, do café, do potencial produtivo do Acre. Na época, diziam que era bobagem. Hoje, até quem criticava está plantando café. Então, não era bobagem. Era visão de futuro”, afirmou.
Bocalom finalizou destacando que sua trajetória política reflete a aprovação popular. “Eu não estou aqui para brigar, estou para trabalhar. E o povo sabe disso. Em Acrelândia, me chamaram de volta depois de dois mandatos. Em Rio Branco, me elegeram duas vezes, e a população, inclusive, me pede para assumir missões maiores. Isso é resposta suficiente. Significa que nosso trabalho é aprovado pelo povo, diferente daqueles que perdem nas urnas ano após ano. Quem governa com seriedade é reconhecido”, concluiu.
O presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior (PP), anunciou, nesta terça-feira, 17 de junho, a realização de uma reunião emergencial com órgãos estaduais para discutir os embargos que impactam produtores rurais, especialmente na região da Reserva Extrativista Chico Mendes.
Durante sessão no plenário da Aleac, que foi suspensa para atender a demanda dos trabalhadores, Nicolau Júnior afirmou que o Parlamento estadual está empenhado em buscar soluções para a crise que afeta diretamente centenas de famílias. “Vamos suspender a nossa sessão e chamar a comissão dos produtores. Essa reunião será feita aqui, dentro do plenário, para que eles possam relatar todos os problemas que estão enfrentando”, declarou.
O parlamentar destacou que a situação envolve tanto competências do governo estadual quanto do governo federal, e que a Aleac está mobilizando os órgãos responsáveis, como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, para tratar das questões sob responsabilidade do estado. “Da parte da Assembleia, tudo que estiver ao nosso alcance, nós vamos fazer. E também vamos cobrar das instituições federais, como IBAMA, ICMBio e INCRA, que assumam suas responsabilidades”, afirmou Nicolau Júnior.
O presidente da Aleac reforçou que a mobilização tem o apoio dos 24 deputados estaduais. Segundo ele, o Parlamento está atuando como espaço de escuta e articulação, cumprindo seu papel institucional. “Estamos aqui ao lado dos trabalhadores, do povo do Acre. Essa é a casa do povo e nós vamos buscar alternativas junto com as instituições”, disse.
Nicolau Júnior também propôs a realização de uma audiência pública no dia 1º de julho, com a presença de representantes dos governos estadual e federal, além de membros da bancada federal, para discutir alternativas que possam viabilizar a regularização das atividades produtivas no estado.
A reunião na Aleac reuniu deputados, produtores rurais e representantes de entidades do setor. Entre as demandas apresentadas, os produtores pedem a suspensão dos embargos e das multas, além da revisão dos limites da Reserva Extrativista Chico Mendes, alegando impactos econômicos e sociais nas comunidades rurais do Acre.