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Assessoria

Aldeia Apiwtxa em Marechal Thaumaturgo recebe atendimentos do Projeto Cidadão

Atividade foi realizada dentro da Ação Cívico Social (Aciso) do 61º Batalhão de Infantaria e Selva do Exército Brasileiro

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O povo Ashaninka por muito tempo foi conhecido como “Kampa” ou “Kamparia“, termo amplamente utilizado pelos regionais. Mais recentemente, com o processo afirmativo do povo, conseguiram que prevalecesse sua autodenominação, Ashaninka, que significa “seres humanos”.

Felizmente, as raízes colonialistas foram dissipadas e há muito tempo esse debate é considerado ultrapassado, não é mais preciso repetir que os indígenas são seres humanos, iguais aos demais. Contudo, a existência jurídica dos povos tradicionais, que alcance o pleno uso dos direitos que o Estado dispõe, é condição que não pode haver sem a documentação básica.

Julio Manoel Piyãko Ashaninka tem 76 anos e dez filhos, sendo cinco homens e cinco mulheres. Ele foi buscava atendimento para obter o Registro de Nascimento tardio do filho Alex Ashaninka, 25 anos. Com muita dificuldade no uso da língua portuguesa, mas com esforço e com a ajuda dos “parentes” na tradução foi desenrolando até conseguir sair do Projeto Cidadão com a Certidão de Nascimento em mãos. Agora, de fato e de direito, Alex Piyãko Ashaninka existe para a República Federativa do Brasil e pode gozar dos direitos e deveres como cidadão.

Esse foi apenas uma história entre os vários atendimentos que o Projeto Cidadão do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) levou, nesta terça-feira, 28, à Aldeia Apiwtxa, situado às margens do Rio Amônia, no município de Marechal Thaumaturgo. A atividade foi realizada dentro da Ação Cívico Social (Aciso) do Exército Brasileiro, promovida pelo 61º Batalhão de Infantaria e Selva (61º BIS).

O juiz de Direito e diretor do Foro da Comarca de Cruzeiro do Sul Erik Farhat falou sobre a relevância desse tipo de ação para a cidadania dos indígenas. “Essa ação interinstitucional é a essência do sentimento de nação brasileira, reunindo prestação de serviços públicos em prol da cidadania dos povos originários que compõem nossa identidade”.

O Projeto Cidadão do Poder Judiciário foi demandado graças ao levantamento do 61º BIS do Exército Brasileiro, que já estava realizando uma operação na fronteira e viu uma oportunidade de levar além de serviços de saúde, atendimentos jurídicos e de direitos humanos, assim, envolvendo várias outras instituições.

O coronel Gustavo Mathias do 61º BIS falou sobre as dificuldades características da região e da importância da colaboração do Judiciário na união de esforços para os atendimentos na aldeia. “A localização da aldeia é muito afastada, de difícil acesso, contudo também é difícil para os indígenas irem até a cidade mais perto, que no caso é o município de Marechal Thaumaturgo, então quando trazemos essa estrutura envolvendo vários órgãos e conseguimos atender demandas que estavam reprimidas, não só na área de saúde, mas na área de documentação básica, benefícios de políticas públicas. A parceria com o Judiciário foi essencial para auxiliar nessa parte jurídica, de documentação básica, além de orientações com direitos e deveres, que pelo fato de estarem isolados não tem esse conhecimento. Então, tudo isso potencializa para uma atividade bem sucedida”.

O entendimento de Teyãko Wewito da Silva Piyãko, presidente da Associação Apiwtxa, sobre a documentação vai ao encontro da Convenção n° 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre Povos Indígenas, isto é, que as populações indígenas não são obrigadas a aderirem a documentação civil básica. Entretanto, Wewito reconhece sua importância para o acesso dos direitos e benefícios ofertados pelo Estado.

“Se a gente for falar da importância, enquanto povo indígena, na nossa cultura não tem muito essa importância, não tem muito esse valor, pois para nós a presença é o mais forte. Porém, atualmente vivemos numa época que se faz necessário para ter acesso aos benefícios, tanto na questão da saúde, educação e outros. A gente sabe que, hoje em dia, quem não tem um documento, não existe, então, nesse momento, receber essa ação aqui para nós é importante, pois estaremos legalizando todos os Ashaninkas que estão precisando tirar seus documentos, para qualquer tipo de benefício que a gente for acessar. Às vezes pra ir para o município tirar o documento, tem um custo e a gente estar recebendo isso na comunidade minimiza muitas coisas, tanto nos gastos, como também na saúde, de não adoecer lá ou trazer algo pra comunidade”, explicou.

O TJAC, por meio da Corregedoria-Geral da Justiça, editou atos normativos com a finalidade de facilitar a inclusão do nome indígena nas certidões civis (seja de nascimento ou casamento), conforme o artigo 652 do Provimento n. 10/2016  “no assento de nascimento do indígena, integrado ou não, deve ser lançado, a pedido do apresentante, o nome indígena do registrando, de sua livre escolha, não sendo caso de aplicação do art. 55, Parágrafo único, da Lei n. 6.015/73”. Ou seja, a inclusão ou alteração do nome que visa a autoidentificação do indígena pode ser feita administrativamente, por simples requerimento ao Oficial de Registro Civil, que tem o dever de atender o pleito a fim de assegurar à identidade cultural dessa população.

Teyãko Wewito também comentou sobre o fortalecimento da identidade. “Inserir etnia no documento é um reforço na identidade do povo, pois antes os cartórios não aceitavam, havia discriminação, além da dificuldade da língua, mas hoje é um direito conquistado e podemos identificar nosso povo também nos documentos”.

Garantir os direitos fundamentais dos povos originários brasileiros tem sido uma luta frequente da Justiça, por meio de diretrizes do Conselho Nacional de Justiça. O TJAC reforça seu compromisso com os povos originários, seguindo e cumprindo as recomendações, por meio do trabalho jurisdicional, bem como de forma mais ampla nas ações sociais, garantindo cidadania.

Texto e fotos: Elisson Magalhães | Comunicação TJAC

Assessoria

Prefeitura de Rio Branco age rápido e garante reabastecimento de água após acidente por conta da cheia do Rio Acre

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Ton Lindoso, Assessoria

Na manhã deste sábado (15), o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, acompanhou de perto a retomada da operação da Estação de Tratamento de Água (ETA) I, após um incidente causado pelas cheias do Rio Acre — quando balseiros atingiram a balsa, causando o afundamento do flutuante — que comprometeu o abastecimento na capital. Bocalom ressaltou os desafios enfrentados e o esforço da gestão municipal para resolver a crise no menor tempo possível.

Desde as primeiras horas do incidente, as equipes da prefeitura trabalharam intensamente para restabelecer o fornecimento de água. Inicialmente, a produção atingiu 40% da capacidade, e a previsão é que até o período da tarde o volume chegue a 1.400 litros por segundo, suficiente para abastecer toda a cidade. Após essa etapa, será iniciado o processo de distribuição para garantir que todas as regiões de Rio Branco sejam contempladas.

O prefeito também destacou que, até o final de 2024, a gestão municipal já terá investido mais de R$ 200 milhões na infraestrutura hídrica da capital. Segundo ele, os recursos aplicados visam modernizar o sistema de abastecimento e evitar que crises como essa voltem a ocorrer.

A expectativa da prefeitura é que, em até dois dias, o abastecimento esteja normalizado em toda a cidade. “Nosso compromisso é garantir que a população tenha acesso à água com qualidade e sem interrupções. Estamos trabalhando incansavelmente para isso”, afirmou Bocalom.

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Assessoria

Prefeitura de Rio Branco cria abrigo emergencial para animais de áreas sob risco de alagamento

Prefeitura inicia construção de baias para garantir segurança e cuidados veterinários a bichos de estimação de famílias desalojadas

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Diante do risco de uma nova cheia do Rio Acre, a Prefeitura de Rio Branco iniciou a construção de baias no Parque de Exposições para abrigar os animais de famílias que possam ser afetadas. A medida, coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) por meio do Departamento de Controle de Zoonoses (DCZ), prevê a instalação de até 280 baias para garantir um local seguro para os bichos de estimação.

O coordenador do DCZ, Herbert Sampaio, informou que as baias serão tanto individuais quanto coletivas e que os animais receberão assistência contínua. “Começamos hoje a construir as baias, que vão abrigar os animais das famílias desabrigadas pela alagação. Aqui, os animais vão ficar sob a guarda do departamento de controle de zoonoses, assistidos 24 horas pelos agentes e médicos veterinários, garantindo a saúde deles, a manutenção da dieta e a questão hídrica também”, explicou.

A ação faz parte da estratégia da gestão do prefeito Tião Bocalom para atender não apenas a população desalojada, mas também seus bens e animais. O secretário de Saúde, Rennan Biths, reforçou que a prioridade é assegurar condições dignas para todos os afetados. “Nossa preocupação é garantir a dignidade para todos, tanto as pessoas como seus patrimônios, e os animaizinhos também. Nossa missão, e determinação do prefeito Tião Bocalom, é que todos tenham o melhor tratamento possível, com segurança, saúde e dignidade”, afirmou.

O abrigo temporário contará com monitoramento constante e suporte veterinário. A prefeitura alerta que o cenário pode se agravar com a elevação do nível do Rio Acre e orienta que os moradores das áreas de risco fiquem atentos às recomendações da Defesa Civil. “Serão dias difíceis, caso sejamos acometidos por mais uma alagação, mas contamos também com a ajuda e a compreensão de todos; e vamos cuidar dos animaizinhos, né? É a nossa missão, e se Deus quiser esses anjinhos vão ser bem cuidados”, finalizou Herbert Sampaio.

Com informações: Ton Lindoso / Assecom

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Assessoria

Acre vai sediar a 1° ‘Mostra Norte Delas de Cinema’, uma celebração da arte e resistência feminina

O público vai desfrutar de uma programação gratuita e diversificada, que contará com sessões de curtas e longas-metragens, workshops, roda de conversa e o II Diálogos de Mercado.

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ASSESSORIA

Na data em que o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher, a I Mostra Norte Delas de Cinema surge como um tributo à luta feminista e à cultura das mulheres da Região Norte brasileira.

Entre os dias 1 e 5 de abril, o Cine Teatro Recreio, em Rio Branco, no Acre, será palco do evento que promete arrepiar o público e fomentar reflexões e debates sobre as questões de gênero que permeiam nossa sociedade.

Totalmente gratuita, a I Mostra Norte Delas de Cinema vai proporcionar mais que um espaço de exibição, mas um lugar de manifesto feminino, ecoando vozes e estimulando diálogos necessários sobre equidade, cidadania, justiça e direitos humanos.

Além dar visibilidade ao audiovisual feminino, a iniciativa busca promover, disseminar, evidenciar e valorizar a cultura das mulheridades que permeia corpos, mentes, potências, histórias, trajetórias, afetos e amazônias criativas.

A programação gratuita e diversificada contará com sessões de curtas e longas-metragens, workshops, roda de conversa e o II Diálogos de Mercado – evento ao vivo que será transmitido pelo canal da Mostra no Youtube, com as realizadoras, nos dias 26 e 27 de março.

A curadoria dos filmes foi realizada pelas cineastas Rose Farias e Lorena Ortiz. Ao todo, 25 filmes de realizadoras dos sete estados da região Norte foram selecionados, dentre 47 inscritos.

A I Mostra Norte Delas de Cinema é um projeto aprovado em edital da Lei Paulo Gustavo, por intermédio da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil (FGB). A produção conta com a colaboração da Seiva Colab Amazônica – coletivo de mulheres produtoras que visa difundir conteúdos, debates e estéticas do audiovisual no Acre e região Amazônica.

Acompanhe a programação e atualizações nas nossas redes sociais: @seivacolab @mostranortedelasdecinema.

Serviço

Quando: 1 a 5 de abril
Onde: Cine Teatro Recreio, Rio Branco, Acre
Entrada: Gratuita

Contato:
Cecília Monteira – Diretora de Comunicação
(68) 99935-11 90
mostranortedelasdecinema@gmail.com

Redes Sociais:
@seivacolab
@mostranortedelasdecinema

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