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MEIO AMBIENTE

Artigo destaca o potencial do Parque Estadual Chandless para Pesquisas

Pesquisa revela diversidade e importância dos insetos aquáticos, reforçando a necessidade de monitoramento para preservação do ecossistema no Acre

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O estudo detalhado sobre o Parque Estadual Chandless (PEC), realizado por Valdemar de Matos Paula e colaboradores, publicado na revista “Research, Society and Development”, oferece uma perspectiva abrangente sobre a entomologia aquática na região do sudoeste da Amazônia. O artigo destaca a diversidade e a importância dos insetos aquáticos encontrados no parque, enfatizando seu papel ecológico e sua relevância como bioindicadores de qualidade ambiental.

A pesquisa adota uma abordagem descritiva, investigando os igarapés em momentos específicos e enfrentando desafios na coleta de dados. A análise revela uma significativa diversidade de famílias de insetos aquáticos no Acre, destacando-se Ephemeroptera, Trichoptera, Odonata, Coleoptera e Hemiptera. Estes insetos desempenham papéis cruciais nos ecossistemas aquáticos, incluindo decomposição de matéria orgânica e manutenção da cadeia alimentar.

Valdemar de Matos Paula ressalta a relevância do estudo para a preservação do PEC, alinhando-se com a visão de uma Amazônia bioeconômica sustentável. A pesquisa contribui para o conhecimento científico sobre o Acre e a Amazônia, incentivando estudos futuros de grande impacto para o estado.

O Parque Estadual Chandless, em Manoel Urbano, no Acre, apesar de sua importância ecológica, enfrenta desafios significativos no que se refere ao monitoramento e entendimento dos seus ecossistemas aquáticos. É mencionado no estudo que, na área do Parque Estadual Chandless, não são realizados estudos de monitoramento dos ecossistemas aquáticos que busquem entender mais profundamente as comunidades biológicas e os parâmetros ambientais da região. Esta lacuna no conhecimento científico ressalta a necessidade crítica de realizar estudos na área, visando a implementação de programas de monitoramento que possam diminuir os danos causados à biodiversidade desses locais.

Esta situação enfatiza a importância de se conduzir pesquisas no Parque Estadual Chandless, especialmente no contexto de preservar a sua biodiversidade única e rica. O estudo de Valdemar de Matos Paula e colaboradores, ao explorar a diversidade de insetos aquáticos do parque, é um passo importante nesse sentido. Ele não apenas contribui para o conhecimento científico sobre a biodiversidade aquática do parque, mas também destaca a necessidade urgente de mais pesquisas e programas de monitoramento que possam efetivamente proteger e conservar o ecossistema único do Parque Estadual Chandless.

O artigo tem como coautores o professor do campus Floresta, José Genivaldo do Vale Moreira, e o professor do curso de Geografia, Rodrigo Otávio Peréa Serrano, ambos orientadores do Cita. Além dos mestrandos Moises Parreiras Pereira, Rodrigo da Gama de Santana, Andesson Oliveira Silva e Flávia Dinah Rodrigues Silva, que é servidora da Secretaria de Meio Ambiente do Acre e atual gestora do parque. O estudo também contou com auxílio do diretor de Pós-Graduação, professor Lisandro Juno.

Confira o estudo: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44679/35695

Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema

MEIO AMBIENTE

Redução de água na Amazônia reflete impactos ambientais e climáticos

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O volume de água na Amazônia apresentou redução de 3,6% em 2024, em comparação à média histórica. Os dados são do projeto MapBiomas, que aponta que o bioma perdeu cobertura hídrica após dois anos seguidos de vazantes severas. A Amazônia concentra mais de 60% da água superficial do Brasil e tem sido impactada por mudanças no uso da terra, desmatamento e eventos climáticos extremos.

Além da Amazônia, o Pantanal foi o bioma mais afetado, com perda de 61% de sua superfície de água em apenas um ano. O país como um todo registrou retração hídrica pelo segundo ano consecutivo. Em 2024, a superfície coberta por água foi de 17,9 milhões de hectares, 2,2% a menos que em 2023. Desde 2022, o Brasil perdeu mais de 900 mil hectares de áreas alagadas, área equivalente a quase duas vezes o tamanho do Distrito Federal.

Outros biomas tiveram variações diferentes. O Pampa também registrou queda, enquanto Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica tiveram aumento de superfície hídrica em 2024. A Caatinga, por exemplo, apresentou os maiores índices dos últimos dez anos.

O coordenador técnico do MapBiomas Água, Juliano Schirmbeck, afirmou que o país enfrenta um período prolongado de déficit hídrico. Segundo ele, a única exceção recente foi o ano de 2022, que ficou acima da média. Schirmbeck observou ainda que os níveis de água não voltaram aos patamares registrados entre 1989 e 1999, período de maior disponibilidade hídrica no Brasil.

O estudo também aponta alterações na natureza da cobertura hídrica. No Cerrado, a maior parte da água registrada atualmente está em corpos artificiais, como represas e reservatórios. Em 1985, 63% da superfície hídrica brasileira era composta por rios, lagos e lagoas naturais. Em 2024, esse índice caiu para 40%.

Segundo o MapBiomas, a redução da água no território brasileiro está relacionada à ocupação desordenada do solo, à expansão do agronegócio e ao desmatamento, somados aos efeitos das mudanças climáticas. O relatório recomenda políticas públicas de gestão da água e ações de adaptação climática, especialmente nas áreas mais vulneráveis.

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MEIO AMBIENTE

Amazônia enfrenta mudanças no sabor e no acesso aos alimentos

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As transformações no clima e os efeitos do mercado estão alterando o modo como a população amazônica se alimenta. Produtos tradicionais estão mais difíceis de encontrar, mais caros ou diferentes do que costumavam ser, e isso afeta diretamente o cotidiano de quem depende desses alimentos para viver.

A castanha, por exemplo, teve o tamanho do ouriço reduzido, possivelmente por causa da seca extrema no Amazonas. O tucumã, fruto essencial para o preparo do x-caboquinho, chegou a custar R$ 200 o quilo, tornando-se inacessível para muitas famílias. O jaraqui, peixe comum nos rios da região, ficou menor e com sabor diferente. São mudanças que, mesmo observadas de forma empírica, refletem a realidade vivida por comunidades inteiras.

Diante desse cenário, algumas pessoas têm buscado alternativas. Há quem substitua o café por chás feitos com ervas locais. No entanto, essas mudanças não são escolhas conscientes de quem deseja diversificar a alimentação, mas sim respostas à falta de acesso a produtos antes comuns. A insegurança alimentar se agrava, especialmente entre aqueles com menor renda, e pratos típicos vão desaparecendo da mesa.

Uma das alternativas levantadas no debate é o fortalecimento da produção local. Antigamente, muitas comunidades produziam o que consumiam, o que ajudava a reduzir a dependência de alimentos de fora. Retomar esse modelo pode ser um caminho, mas exige adaptações. As novas condições climáticas impõem desafios, e qualquer retorno à produção tradicional precisa considerar o uso de práticas agrícolas mais resilientes e sustentáveis.

Garantir alimentação adequada passa por repensar toda a cadeia, do cultivo à distribuição. Valorizar o que é produzido localmente, apoiar técnicas adaptadas às mudanças ambientais e buscar soluções acessíveis para todos são partes fundamentais dessa construção.

Este texto foi elaborado a partir do artigo O sabor da Amazônia está mudando, escrito por Valcléia Lima, superintendente de Desenvolvimento Sustentável da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), e publicado no site ((o))eco em 24 de março de 2025. O artigo original está disponível em: https://oeco.org.br/colunas/o-sabor-da-amazonia-esta-mudando.

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MEIO AMBIENTE

Dia Mundial da Água: estudo revela como as mudanças climáticas estão afetando os rios do Acre

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Neste Dia Mundial da Água, o Epop convida a refletir sobre uma pergunta urgente: o que está acontecendo com os nossos rios?

Para ajudar a responder, trazemos um estudo produzido por pesquisadoras e pesquisadores da Universidade Federal do Acre (UFAC), que analisou os impactos das mudanças climáticas no estado entre os anos de 2023 e 2024. O levantamento mostra que as transformações no clima estão afetando diretamente a vida da população e o equilíbrio dos nossos rios, que são fonte de água, alimento, transporte e cultura.

De acordo com o estudo, o Acre viveu uma sequência de eventos extremos nos últimos dois anos: inundações, estiagens severas, ondas de calor, vendavais e incêndios. Esses fenômenos não são novos, mas estão se tornando mais intensos e frequentes. E isso tem relação direta com o aquecimento global e o uso desordenado dos recursos naturais.

Os rios são os primeiros a dar sinais dessas mudanças. Quando há excesso de chuvas, como aconteceu em Rio Branco, Tarauacá e Brasiléia, os rios transbordam, invadem casas, destroem plantações e espalham doenças. Quando a chuva falta, como em várias regiões da zona rural, a água desaparece, o gado morre de sede, o peixe some e a produção de alimentos é interrompida.

Entre 2023 e 2024, o governo do estado e as prefeituras emitiram 25 decretos de emergência ou calamidade pública por causa desses eventos climáticos. A maioria está ligada a enchentes e secas. O município de Rio Branco foi o mais afetado. Mas a realidade atingiu todas as regiões do Acre, principalmente as que dependem diretamente dos rios para sobreviver.

Além dos impactos materiais, a saúde das pessoas também foi afetada. Com os rios contaminados ou com volume alterado, aumentaram os casos de doenças como diarreias, hepatites, leptospirose e síndromes respiratórias. As ondas de calor também trouxeram riscos, principalmente para crianças e idosos.

O estudo destaca a importância de reconhecer a relação entre as mudanças no clima e a vida dos rios. A floresta amazônica, que ajuda a manter o ciclo da água e o equilíbrio das chuvas, também está sob pressão. A preservação da floresta e o cuidado com os rios precisam ser parte do nosso cotidiano e das políticas públicas.

Neste Dia Mundial da Água, o Epop reforça a importância de falar sobre o tema com seriedade. Entender os efeitos das mudanças climáticas é um passo importante para proteger a água que corre nos nossos rios e, com ela, a vida que depende deles.

O estudo completo está disponível para leitura no site da UFAC e na plataforma ResearchGate:
🔗 Leia o estudo completo

Foto: Sérgio Vale

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