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MEIO AMBIENTE

“Chico Mendes é uma bússola que guia nossas ações”: Angela Mendes destaca a atualidade do legado do líder seringueiro

35º aniversário da morte de Chico Mendes: “Valorizar a figura de Chico Mendes é fundamental. Continuar defendendo, zelando e construindo as necessidades do seu povo é essencial.”

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Hoje, 22 de dezembro, marca o 35º aniversário da morte de Chico Mendes, uma figura emblemática na luta pela preservação da Amazônia e pelos direitos dos extrativistas. Em entrevistas que fazem parte de um vídeo lançado pelo Comitê Chico Mendes, Angela Mendes, filha de Chico Mendes e Coordenadora do Comitê, e Raimundão Mendes Barros, companheiro de luta, relembram e defendem o importante legado deixado por esse Patrono Nacional.

Angela Mendes inicia destacando a relevância contemporânea do legado de seu pai. Para ela, a luta de Chico Mendes transcende a proteção das seringueiras e da Amazônia. “Quando meu pai falava sobre sua luta, inicialmente pensava estar lutando para salvar seringueiras, depois pela Amazônia, e no final percebeu que a verdadeira luta era pela humanidade.” Angela ressalta a importância do Comitê Chico Mendes como catalisador do debate sobre questões climáticas, especialmente em meio à crise climática global.

“O Comitê tem o papel crucial como articulador de políticas públicas, mobilizador da sociedade e promotor de soluções progressistas para enfrentar os desafios atuais e futuros,” destaca Angela. O legado de Chico Mendes, segundo ela, não é apenas uma lembrança do passado, mas uma bússola que guia as ações presentes e futuras. “Nossa missão é sonhar com uma Amazônia protegida, com a criação e consolidação de mais territórios de uso coletivo, transformando efetivamente a vida das pessoas que habitam a floresta.”

Angela expressa sua gratidão às pessoas envolvidas no Comitê, reconhecendo a importância vital de suas contribuições. “Agradeço profundamente a essas pessoas, que, desde o início, contribuem com seu empenho e dedicação para manter e defender o legado de Chico.” Ela enfatiza que o Comitê não apenas busca a proteção de territórios, mas também a promoção de soluções e a defesa do bem viver das populações locais.

Raimundão Mendes Barros, companheiro de luta de Chico Mendes, traz à tona a memória do líder seringueiro como um “objeto muito importante”. Ele destaca a trajetória de Chico, vindo de uma categoria escravizada e esquecida pelo poder público, para mostrar seu valor, sabedoria e sensibilidade para as causas da sua categoria e da Amazônia.

“O Chico teve essa qualidade, deixou esse que nós podemos chamar de legado, junto com aquilo que ele construiu junto com o seu povo,” ressalta Raimundão. Ele destaca as conquistas do legado de Chico Mendes, incluindo a garantia da segurança no local de origem e a transformação da categoria seringueira em uma comunidade liberta e cidadã.

Raimundão enfatiza a importância de dar continuidade ao trabalho de Chico Mendes, valorizando sua figura e defendendo sua memória. “Acredito que por tudo isso do qual eu já me referi, por essa qualidade, essa habilidade que junta-se com a qualidade que ele teve, por isso é de fundamental importância que a nova geração dê continuidade a esse trabalho, valorize a figura desse ser humano nascido e criado dentro das florestas.”

Raimundão defende o legado de Chico Mendes, apoiando comunidades carentes, honrando sua memória e promovendo um futuro sustentável.

Ele destaca a necessidade de zelar e construir as necessidades das comunidades ainda carentes, mantendo viva a memória e o nome de Chico Mendes. “Então é de fundamental importância continuar defendendo a memória dele, o nome dele, tudo quanto ele merece, de fundamental importância, que continue defendendo, zelando e construindo as necessidades que o seu povo ainda continua necessitando.”

MEIO AMBIENTE

Queimadas em julho de 2024 já superam total de julho de 2023 no Acre

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Em julho de 2024, o número de focos de queimadas no Acre já supera o total registrado em julho de 2023, mesmo antes do fim do mês. Até o dia 20 de julho de 2024, foram registrados 306 focos de incêndio no estado. Em comparação, julho de 2023 registrou 212 focos durante todo o mês. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O aumento no número de queimadas pode ser atribuído a condições climáticas e atividades humanas.

Além das queimadas, o desmatamento no Acre também apresenta números preocupantes. Até julho de 2024, foram emitidos avisos de desmatamento que totalizam 1.847,75 km² na Amazônia Legal, segundo dados do Projeto DETER do INPE. No mesmo período em 2023, os avisos de desmatamento totalizaram 46,08 km². A combinação de desmatamento e queimadas intensifica os desafios ambientais no estado e demanda ações coordenadas para a preservação das florestas.

Em dados do boletim oferecido pela Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema), do último dia 17, a previsão do tempo para o período de 17 a 23 de julho de 2024 indica chuvas acumuladas de até 15 mm nas regionais do Tarauacá-Envira, Purus e Baixo Acre, com possibilidade de chuvas abaixo do esperado em todas as regiões do estado. O risco de fogo é classificado como médio, alto e crítico em todo o estado, com maior intensidade nas regiões do Juruá e Tarauacá/Envira, de acordo com o boletim da Sema.

De acordo com dados do satélite de referência AQUA Tarde, entre 1º de janeiro e 21 de julho de 2024, o município de Feijó lidera o ranking de focos de queimadas no Acre com 44 focos, seguido de Cruzeiro do Sul com 42 focos e Sena Madureira com 29 focos.

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MEIO AMBIENTE

Na fronteira com o Acre, organizações indígenas do Peru movem ação contra construção de estrada e suas ameaças

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Organizações indígenas do Peru entraram com uma ação contra o Governo Regional de Ucayali para interromper a construção da estrada Nueva Italia – Puerto Breu. A estrada, iniciada sem autorização legal, foi aberta por madeireiros e narcotraficantes, sem estudo de impacto ambiental ou consulta prévia às comunidades afetadas.

A ação foi apresentada pela Organização Regional AIDESEP Ucayali (ORAU) e pela Associação de Comunidades Nativas para o Desenvolvimento Integral de Yurua, Yono e Sharakoiai (ACONADIYSH), com o apoio do Instituto de Defesa Legal (IDL) e da Upper Amazon Conservancy (UAC).

As comunidades indígenas dos distritos de Yurua e Tahuania, na província de Atalaya, manifestaram preocupação com a abertura da estrada, que já resultou no desmatamento de 7.160 hectares, segundo o Ministério do Ambiente. A estrada também ameaça os povos indígenas em situação de isolamento e contato inicial na Reserva Indígena Murunahua.

No Congresso, há iniciativas para formalizar a construção da estrada e declará-la de interesse nacional, como o Projeto de Lei 06960/2023-CR. As comunidades nativas argumentam que essa formalização facilitaria a expansão de atividades criminosas, como o narcotráfico e a extração ilegal de madeira, prejudicando o meio ambiente e as terras indígenas.

A demanda constitucional busca que o Governo Regional de Ucayali suspenda a construção da estrada, citando violações dos direitos coletivos dos povos indígenas, incluindo o direito a um ambiente equilibrado. Estudos indicam que a estrada já causou desmatamento significativo e que sua formalização aumentaria o impacto ambiental e social na região.

A construção da estrada UC-105 também apresenta sérios riscos para as comunidades indígenas no Acre, Brasil, situadas na fronteira. A estrada facilita a entrada de atividades ilícitas na região, resultando em desmatamento, contaminação de corpos d’água e impactos negativos na biodiversidade. Os povos indígenas do Acre, especialmente os Ashaninka do Rio Amônia, enfrentam ameaças diretas devido à proximidade da estrada com seus territórios. A ocupação ilegal e a presença de atividades criminosas aumentam a violência, incluindo assassinatos de líderes indígenas e defensores ambientais.

Historicamente, a estrada tem servido como um corredor para atividades predatórias, como a extração de madeira. Com a reabertura e expansão da UC-105, há um temor de retorno dos conflitos e deslocamentos forçados que marcaram as décadas passadas, agravando a situação dos povos indígenas que já sofreram com invasões e exploração ilegal em suas terras.

Fonte: https://www.idl.org.pe/

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MEIO AMBIENTE

⁠ Julie Messias recebe Cruz do Mérito da Amazônia por atuação exemplar no meio ambiente ⁠

Secretária do Acre é homenageada por Redução Histórica no Desmatamento e Combate às Queimadas

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A secretária Julie Messias recebeu a Cruz do Mérito da Amazônia pelo seu trabalho como gestora pública à frente da pasta ambiental no governo do Acre. A cerimônia de premiação aconteceu durante o evento Ícones da Amazônia, organizado pela Câmara Brasileira de Cultura e Academia de Ciências e Artes, no buffet AFA Jardim, em Rio Branco.

Julie Messias, além de ser secretária do Meio Ambiente, é presidente do Comitê Diretivo do GCF no Brasil e do Fórum de Secretários da Amazônia Legal. Em seu discurso, destacou que a premiação é um reconhecimento não apenas a ela, mas a toda a equipe de governo que trabalha na conservação e preservação ambiental.

Agradeço ao governador Gadson Cameli pela confiança em meu trabalho à frente da Sema, e a todos os demais agentes que atuam integrados à nossa pasta de Meio Ambiente.

O estado do Acre tem obtido resultados, como a redução de 69% no desmatamento e 45% nos focos de queimadas em 2023, conforme relatórios do MapBiomas e do Cigma, respectivamente. Além disso, foi o primeiro estado a ter um projeto aprovado pelo Fundo Amazônia, no valor de aproximadamente R$ 98 milhões. As ações incluem a Rede de Governança Ambiental, mutirões de regularização ambiental e programas como ReflorestAcre, Bioguardião e Água Boa.

Julie Messias enfatizou os desafios atuais, como a seca extrema e a baixa pluviosidade devido aos efeitos prolongados do El Niño, e lançou iniciativas como o Decreto de Emergência Ambiental e a Segunda Fase da Operação Protetor dos Biomas.

A premiação é o reconhecimento pelo trabalho dedicado à proteção ambiental e ao desenvolvimento sustentável da região amazônica.

Com informações Assessoria / Foto: Janine Brasil/Sema

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