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MEIO AMBIENTE

COP27: Governadores apresentam Carta pela Amazônia; Lula foi convidado especial

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal apresentou,em evento na COP27, a Carta da Amazônia

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O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal apresentou, nesta quarta-feira, 16, em evento na COP27, Egito, a Carta da Amazônia: uma agenda comum de transição climática. O painel contou com Lula como convidado especial, em seu primeiro discurso internacional como presidente eleito do Brasil.

O local estava lotado de jornalistas do mundo todo e de um público ansioso pelo evento que simboliza a volta do Brasil ao cenário internacional como protagonista. Após anos, o país teve um discurso alinhado com a ciência e dando real importância à questão climática mundial. Quis o destino que essa volta fosse em um encontro com governadores do principal bioma na luta contra o desastre ambiental, a Amazônia.

“Não temos que medir esforços para convencer as pessoas que uma árvore em pé vale mais que uma árvore derrubada. Não vamos discutir queimadas e desmatamento só em Brasília, vamos conversar com os prefeitos, ver que recursos são necessários”, disse Lula. Ao receber a Carta compromisso, o presidente eleito garantiu apoio: “Contem com o nosso governo para cuidarmos juntos do meio ambiente, construindo políticas integradas com estados e municípios”.

O governador acreano, Gladson Cameli, reeleito este ano, fez uma fala diplomática e garantindo um trabalho conjunto com o próximo governo Federal. “Coloco-me à disposição para que possamos realizar convênios, parcerias e investimentos que atendam às necessidades da população acreana. Assim como sou o governador de todos os acreanos, o senhor será o presidente de todos os brasileiros”, destacou.

Helder Barbalho, governador do Pará e presidente do Consórcio, declarou que a instituição quer somar forças e energias para mostrar que o Brasil é um país com responsabilidade ambiental e com a questão climática. “Nosso país quer discutir floresta em pé, o nosso país quer discutir floresta viva. Uma floresta que esteja em pé, mas que valorize, prestigie os saberes das comunidades tradicionais e que possa gerar renda”, avaliou Helder Barbalho.

MEIO AMBIENTE

Impacto das queimadas no Acre compromete produção de açaí, buriti e madeira

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As queimadas que atingem o Acre em 2024 estão gerando preocupações sobre a redução na oferta de recursos como açaí, buriti e madeira, fundamentais para a economia local. A professora doutora Sonaira Silva, especialista em queimadas e florestas, da Universidade Federal do Acre (Ufac), alerta que mais de 100 mil hectares já foram consumidos pelo fogo, incluindo aproximadamente 5 mil hectares de floresta nativa.

De acordo com Sonaira, as áreas atingidas pelo fogo podem demorar décadas para se recuperar, e mesmo após 20 anos, muitas delas não conseguem voltar ao seu estado original em termos de número de árvores, biomassa e diversidade de espécies. Esse processo lento de regeneração compromete a sustentabilidade de atividades econômicas que dependem diretamente da floresta.

A professora destaca que áreas de grande importância ecológica, como Pentecoste, Campinarana e a Serra do Divisor, também foram afetadas. Segundo ela, é crucial impedir a entrada do fogo nessas áreas florestais, pois além de prejudicar o meio ambiente, as queimadas também afetam a produção de açaí, buriti e madeira, recursos que sustentam muitas comunidades no estado.

Além dos danos ambientais, as queimadas agravam a qualidade do ar nas áreas urbanas, já que a fumaça é levada pelo vento para dentro das cidades, aumentando os riscos à saúde da população. Sonaira reforça a necessidade de evitar o uso de fogo em atividades de limpeza de terrenos e roçados, uma vez que, mesmo pequenas queimadas, podem se espalhar rapidamente e sair de controle.

Com a economia do Acre fortemente dependente dos recursos florestais, a perda de vegetação nativa representa um desafio significativo. A recuperação dessas áreas será lenta, exigindo a participação ativa de diversos setores, incluindo as comunidades locais, para garantir a proteção e o uso sustentável das florestas.

Foto: Pedro Devanir

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MEIO AMBIENTE

Ministra do Reino Unido visita o Acre e conhece projetos de conservação

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A ministra do Clima pelo Departamento de Segurança Energética e Net Zero do Reino Unido, Kerry McCarthy, visitou o Acre no último final de semana para conhecer projetos de conservação da floresta amazônica. A visita faz parte do Programa REM Acre Fase II, que conta com recursos britânicos destinados à preservação ambiental.

A comitiva liderada pela ministra incluiu equipes técnicas do Instituto de Mudanças Climáticas e do Programa REM. A ministra visitou a Reserva Extrativista Chico Mendes, em Xapuri, um dos principais símbolos da luta pela preservação da Amazônia. Durante a visita, McCarthy observou iniciativas desenvolvidas com o apoio do Reino Unido e do governo do Acre, que visam à sustentabilidade e à preservação ambiental.

Entre os projetos apresentados, destacou-se o pagamento de subsídio de R$ 2,50 por quilo de borracha extraída, como incentivo financeiro às comunidades extrativistas. Esse incentivo faz parte das ações de promoção do desenvolvimento sustentável, beneficiando povos tradicionais que dependem da floresta.

A ministra afirmou que esta foi sua primeira visita ao Acre e destacou a importância do trabalho realizado em parceria entre o governo local e o Reino Unido. Além de proteger o meio ambiente, os projetos visam melhorar as condições de vida das populações que habitam a floresta, mantendo práticas sustentáveis.

O presidente do Instituto de Mudanças Climáticas, Leonardo Carvalho, ressaltou que a parceria com o Reino Unido já existe há muitos anos, sendo o Programa REM um exemplo dos esforços conjuntos entre os dois governos para a conservação da Amazônia.

A ministra também mencionou o interesse em expandir parcerias para outras modalidades de financiamento, como a coalizão LEAF, da qual o Reino Unido faz parte.

Fonte: Agência de Notícias do Acre

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MEIO AMBIENTE

Governo do Acre divulga dados de operações ambientais em 2024

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O governo do Acre, através do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) da Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC), divulgou dados sobre suas operações de combate ao desmatamento e preservação ambiental em 2024. Ao todo, foram realizadas 76 operações integradas, que contaram com a participação de órgãos estaduais e federais como o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Ibama, Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). A operação é chamada de “Protetor dos Biomas” e inclui iniciativas como a “Operação Sine Ignis” (Sem Fogo), que visa o combate a queimadas ilegais.

As ações de fiscalização se concentraram em regiões com maior incidência de desmatamento e queimadas, como o Baixo Acre, Tarauacá-Envira e Vale do Juruá. Foram realizadas 1.284 visitas comunitárias em diferentes áreas do estado. Além disso, o BPA também realizou 140 operações em total, sendo 76 em parceria com outros órgãos, e o restante independentemente.

Os números mostram um esforço significativo de fiscalização, com 5.105,73 hectares de áreas vistoriadas e a aplicação de mais de R$ 8 milhões em multas. A PM do Acre também prendeu 46 infratores em flagrante e autuou 110 pessoas por infrações ambientais.

Foto: Cedida assecom – PM / Agência de Notícias do Acre

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