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Cultura

Estudo arqueológico questiona validade da tese do Marco Temporal

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Reportagem publicada pela plataforma Amazônia Real, com autoria da arqueóloga Bruna Rocha, apresenta argumentos científicos contra a aplicação da tese do Marco Temporal para definir o direito territorial dos povos indígenas no Brasil. A autora destaca evidências arqueológicas que comprovam ocupações humanas indígenas contínuas há pelo menos 12 mil anos na Amazônia, contestando a ideia de que a ocupação válida se limite à data da promulgação da Constituição de 1988.

O texto aponta que os povos indígenas participaram ativamente da transformação ambiental e do desenvolvimento de tecnologias, como a domesticação de alimentos e a produção cerâmica. Essas evidências incluem as chamadas terras pretas de índio, solos antrópicos altamente férteis, e sítios arqueológicos datados de até oito mil anos, como os encontrados no baixo rio Amazonas.

A autora critica trechos do Projeto de Lei 490, como o inciso IV do artigo 16, que permite a perda da terra indígena caso haja “alteração dos traços culturais da comunidade”. A argumentação considera essa exigência baseada em uma visão colonial e desatualizada, desconsiderando a historicidade e as mudanças vividas por esses povos.

A reportagem também menciona que a tese do Marco Temporal ignora os efeitos do regime de tutela imposto pelo Estado brasileiro ao longo do século 20, o que inviabilizava legalmente a atuação dos povos indígenas em disputas territoriais até a redemocratização. Segundo Bruna Rocha, a própria Fundação Nacional do Índio (atualmente Fundação dos Povos Indígenas) emitiu documentos que negavam a presença de indígenas em áreas requeridas para empreendimentos durante o regime militar.

Como exemplo de continuidade histórica de ocupação, o texto cita a aldeia Sawré Muybu, do povo Munduruku, situada sobre um sítio arqueológico datado do ano 1000 d.C., no médio Tapajós (PA), além da cidade de Santarém, no Pará, que apresenta mil anos de ocupação indígena contínua.

A autora conclui que os dados arqueológicos, somados às denúncias constantes de violações de direitos humanos, como as registradas no relatório da Comissão Nacional da Verdade, evidenciam a incompatibilidade do Marco Temporal com a realidade histórica e social dos povos indígenas brasileiros.

Fonte: Amazônia Real – “Marco temporal: a arqueologia também diz não”, por Bruna Rocha (Publicado em 07 de junho de 2023). Link: https://amazoniareal.com.br/marco-temporal-a-arqueologia-tambem-diz-nao

Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real

Cultura

Projeto “Arte na Comunidade” oferece oficinas gratuitas de teatro no bairro Calafate

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O projeto “Manutenção e Expansão da Oficina Permanente de Iniciação Teatral – Arte na Comunidade” está com inscrições abertas para novas turmas de teatro voltadas a crianças e adolescentes a partir de 7 anos. As aulas são gratuitas e acontecem no bairro Calafate, em Rio Branco (AC).

A iniciativa é realizada pelo grupo cultural Arte na Comunidade e conta com apoio da Fundação Elias Mansour (FEM), por meio do Edital de Formação Cultural nº 07/2024, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo Federal.

As oficinas acontecem na Rua Copaíba, nº 299, com duas modalidades: a turma de iniciação teatral – com foco em jogos dramáticos – funciona às segundas, quartas e sextas, das 14h às 17h; já a turma avançada, voltada à montagem de espetáculos, ocorre aos sábados, das 9h às 12h.

As vagas são limitadas. Interessados podem obter mais informações pelo telefone (68) 99603-9098 (Núbia), no Instagram (@nubiaalvesproducao ou @arte_nacomunidade) ou no site www.artenacomunidade.art.br.

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Cultura

15º Esquenta Junino abre temporada 2025 de quadrilhas em Rio Branco

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A 15ª edição do Esquenta Junino foi realizada no domingo, 1º de junho, na Praça da Revolução, em Rio Branco, reunindo centenas de pessoas para o início da temporada junina de 2025. O evento é promovido pela Liga de Quadrilhas Juninas do Acre (Liquajac), em parceria com a Prefeitura de Rio Branco.

Ao todo, nove grupos juninos se apresentaram: Farofa de Capeta (Sena Madureira), Malucos na Roça, Matutos na Roça, Junina Pega-Pega, Escova Elétrica, CL na Roça, Assanhados na Roça, Explode Coração e Sassaricano na Roça, todos de Rio Branco. As apresentações mostraram parte do que está sendo preparado para os festivais juninos deste ano.

A presidente da Liquajac, Francilene dos Santos, ressaltou a importância da data e da valorização dos quadrilheiros. “Só quem é quadrilheiro sabe o valor que a gente tem. Nosso movimento é lindo. Neste dia peço muita paz e união”, declarou.

O presidente da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), Minoru Kinpara, esteve presente no evento e afirmou que o trabalho dos grupos juninos é fundamental para fortalecer a cultura nos bairros. “Quando a gente trabalha junto, governo do Estado e prefeitura de Rio Branco, e, principalmente, com o trabalho de vocês nos bairros, conseguimos transformar a realidade com cultura”, disse.

O Esquenta Junino integra o calendário oficial de eventos culturais de Rio Branco e marca o início das atividades das quadrilhas no ciclo junino acreano. A programação dos festivais seguirá ao longo dos próximos meses com apoio institucional.

Com informações da Liquajac

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Cultura

Espetáculo Eros retorna aos palcos com nova temporada nos dias 7 e 8 de junho na Usina de Arte João Donato

Apresentações ocorrem às 19h15 e trazem reflexões sobre amor, dependência emocional e relações contemporâneas; ingressos à venda na bilheteria.

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A Fluxo Cia de Artes apresenta a 3ª temporada do espetáculo Eros, que volta aos palcos nos dias 7 e 8 de junho, às 19h15, na Usina de Arte João Donato,  em Rio Branco. A obra, que une dança e teatro, chega com novidades no roteiro, figurinos e trilha sonora, prometendo uma experiência ainda mais intensa e reflexiva para o público.

“O espetáculo Eros é uma verdadeira terapia para quem já sofreu por amor. Faz repensar nossos próprios comportamentos dentro de um relacionamento, além de afirmar que, muitas vezes, precisamos de amigos ou de ajuda profissional para curar nossas dores emocionais”, destaca o diretor Dheyvison.

Apresentado pela última vez em junho de 2023, Eros aborda temas como amor, dependência emocional e traição — tanto em relações heterossexuais quanto homossexuais. “A nova temporada traz elementos que tornam a obra “ainda mais impactante e reflexiva”, esclarece Bruno.

Além da apresentação nos palcos, a companhia também se desafiou a produzir um projeto audiovisual independente, disponível no Instagram da Cia (@fluxociadeartes), que complementa o espetáculo.

Inspirado na teoria dos três grandes amores da vida, da pesquisadora Helen Fisher, e na lenda japonesa do Akai Ito — que fala sobre o fio vermelho do destino —, Eros leva ao palco histórias de amor em suas diversas formas. A proposta é conduzir o público a refletir sobre como aprendemos a amar, ser amados e quais padrões repetimos nas relações.

Os ingressos antecipados estão esgotados, mas ainda será possível adquirir entradas na bilheteria da Usina de Arte João Donato no dia do evento, a partir das 18h, com valores de R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira). A classificação indicativa é 16 anos.

Anne Nascimento
Jornalista

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