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Cultura

Fazedores de Cultura de Rio Branco convocam protesto por direitos culturais e pagamento de projetos

Protesto é pelo não pagamento dos projetos aprovados no edital da Lei Emergencial Paulo Gustavo

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No próximo dia 18 de dezembro, segunda-feira, os Fazedores de Cultura de Rio Branco se reunirão em um ato público em frente à Prefeitura Municipal para defender os Direitos Culturais e exigir o pagamento dos projetos aprovados no edital da Lei Emergencial Paulo Gustavo. O movimento surge em resposta ao corte de recursos do Fundo Municipal de Cultura pela Fundação Municipal Garibaldi Brasil, o que afeta diretamente a vitalidade e a continuidade das atividades culturais na região.

O evento, marcado para as 8 horas da manhã, convoca a presença de artistas, produtores culturais e demais membros da comunidade ligados à cultura, com o intuito de pressionar as autoridades municipais a garantir que o repasse seja realizado, como pactuado com o setor e definido no edital.

Organizado pelo Movimento Cultural, o ato recebe apoio de importantes entidades, incluindo o Conselho Municipal de Políticas Culturais de Rio Branco (CMPC), o Conselho Estadual de Cultura (Concultura) e o Comitê Paulo Gustavo no Acre, além do respaldo da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Acre (ADUFAC).

A pauta do protesto é pelo não pagamento dos projetos aprovados no edital da Lei Emergencial Paulo Gustavo, que representam um suporte essencial para a continuidade das atividades culturais locais. Além disso, o corte de recursos do Fundo Municipal de Cultura tem gerado preocupações significativas sobre o futuro e o desenvolvimento cultural da região.

Os manifestantes pretendem sensibilizar as autoridades municipais para a importância do investimento na cultura como um direito fundamental, além de destacar a necessidade urgente de respeito e valorização dos profissionais e projetos culturais da cidade.

Foto: Juan Diaz

Cultura

Acre participa da Expo Abav com foco em turismo sustentável e negócios

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O Acre marcou presença na 51ª edição da Expo Abav, realizada em Brasília, com a apresentação de suas potencialidades turísticas focadas no ecoturismo, etnoturismo e turismo de base comunitária. O evento, promovido pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), é um dos principais do setor, reunindo representantes nacionais e internacionais do trade turístico.

A Secretaria de Turismo e Empreendedorismo (Sete) do Acre, com o apoio do Programa REM e do Sebrae, organizou um estande para promover o turismo acreano e suas experiências culturais e naturais. Agências e pequenos empreendedores locais participaram do evento, buscando ampliar suas redes de contatos e estabelecer novos negócios.

Victor Pontes, da Ayshawã Travel, que trabalha com etnoturismo e turismo de vivência, destacou a importância do evento para expandir o alcance de seus serviços. “Fizemos contato com agências da Itália, Portugal e Alemanha, tivemos um bom retorno e em breve teremos novidades com o fechamento de contratos”, afirmou.

Além dos negócios, o evento possibilitou a promoção de produtos locais, como o Café Raízes da Floresta, produzido na Reserva Extrativista Chico Mendes, e novas oportunidades para o fortalecimento da cadeia turística do estado.

A Expo Abav, realizada de 26 a 28 de setembro, foi considerada uma oportunidade estratégica para o desenvolvimento do turismo sustentável no Acre, atraindo operadores e agentes de diversos países.

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Cultura

Povos do Juruá: O protagonismo indígena na defesa dos direitos

“Proteger a floresta para nós é proteger a nossa própria vida.”

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O documentário “Povos do Juruá” mergulha na resistência dos povos indígenas da região do Rio Juruá, no Acre, que há décadas enfrentam a pressão para exploração de suas terras e na destruição de suas florestas. Francisco Piyãko, coordenador da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ), é a voz central deste relato, expondo a luta histórica e os desafios contemporâneos vividos por essas comunidades.

A OPIRJ, fundada nos anos 1990, nasceu da urgência de garantir os direitos territoriais dos povos indígenas da região, a partir de movimentos organizados por lideranças indígenas históricas. Piyãko destaca a importância da organização como ferramenta de articulação e resistência: “Graças à nossa coragem, creio que a gente tem um lugar ainda, nem que seja do tamanho da nossa força, mas é um lugar seguro para a gente morar com as nossas crianças.” O documentário revela como a OPIRJ tem sido fundamental para unir as comunidades e fortalecer o diálogo com instituições, em um contexto de décadas de exploração e invisibilidade.

Um dos principais focos do filme é a ameaça crescente dos projetos de infraestrutura que avançam sobre os territórios indígenas sem qualquer consulta prévia, como as estradas de Nueva Itália-Puerto Breu e de Pucallpa, na fronteira com o Peru. “Estamos todos na faixa de fronteira, então é muito difícil ter uma proteção direta do Estado, e se a gente estiver articulado, a gente consegue ajudar o próprio Estado a proteger essas áreas,” afirma Piyãko, referindo-se ao papel crucial da articulação indígena na defesa de suas terras.

Esses projetos, financiados por madeireiras e grupos criminosos, trazem consigo a destruição ambiental, o tráfico de drogas e o desmatamento. Para Piyãko, a construção dessas estradas não serve aos interesses das comunidades locais: “Essa estrada não foi feita para atender nós, o povo da floresta. Isso é para atender interesses externos que até agora não estão claros para nós.”

A produção, dirigida por Arison Jardim e realizada pela Bari Comunicação, com apoio da OPIRJ, da Associação Apiwtxa e a Asociación ProPurús, foi financiada pela Lei Paulo Gustavo, através do Edital No 02 de Apoio às Produções Audiovisuais, da Prefeitura de Cruzeiro do Sul, Acre. Ela revela os desafios atuais dos povos do Juruá, que além de enfrentar a invasão de seus territórios, continuam a lutar pela preservação de sua cultura e modos de vida.

Para Francisco Piyãko, proteger a floresta não é apenas uma questão de território, mas de sobrevivência: “Proteger a floresta para nós é proteger a nossa própria vida.”

Assista a “Povos do Juruá” no canal do Epop, no Youtube

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Assessoria

Alice no País das Maravilhas: Fluxo Cia de Artes anuncia primeiro espetáculo infantil

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Quem nunca quis ser criança para entrar no País de Maravilha e fingir ser Alice que atire a primeira pedra. E com esta ideia na cabeça, a Fluxo Cia de Artes se prepara para o primeiro espetáculo totalmente infantil: Alice no País das Maravilhas. O espetáculo ocorre nos dias 4, 5 e 6 de outubro, na Usina de Arte João Donato.

De acordo com o diretor da Fluxo, Dheyvison Bruno, após a realização de projetos com críticas sociais sobre uso doentio das redes sociais (Espetáculo Usuários) e a dependência emocional e os amores líquidos (Espetáculo Eros) a companhia quis ampliar seu público.

“E desta vez, fazer todo o público ir ao teatro e se divertir assistindo um clássico repleto de personagens cativantes”, ressalta, acrescentando ainda que o grupo já se prepara há pelo menos sete meses apenas para este espetáculo. “Os ensaios para o [espetáculo] Alice [no País das Maravilhas] começaram com laboratórios de teatro ao elenco principal, com a direção de Nubia Alves, e em seguida, eu e Maria Clenilda, a outra coreógrafa, iniciamos a parte coreográfica com os alunos do projeto “Dançando com a Fluxo” que acontece aos domingos no Centro Cultural Thaumaturgo Filho, no Manoel Julião”, explicou Bruno.

A aluna Karoline Garcia diz ter um imenso carinho pelo tema e afirma que, desde que soube que faria o papel de Alice, teve uma mistura de felicidade e um pouco de medo para conseguir chegar ao nível que o papel principal exige.

“Porém, tem sido uma experiência incrível poder dar vida a essa personagem tão querida em uma nova versão, assim como participar de todo o processo da construção desse espetáculo maravilhoso. Estou muito ansiosa para mostrar o que nós conseguimos fazer com essa proposta de Alice”, finalizou.

Anne Nascimento Jornalista

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