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MEIO AMBIENTE

Governo federal libera R$ 15 milhões para combate às queimadas no Acre

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O governo federal anunciou a liberação de R$ 15 milhões para ações de combate às queimadas no Acre. O montante faz parte de um total de R$ 400 milhões que será destinado às regiões afetadas por incêndios florestais em todo o país, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A decisão foi tomada após uma reunião realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, na última quinta-feira (19), com a presença de diversas autoridades.

Participaram do encontro os ministros Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Simone Tebet (Planejamento). O governador do Acre, Gladson Cameli, também esteve presente e afirmou que o valor atenderá às necessidades da capital e de municípios do interior do estado.

Nos primeiros 15 dias de setembro, o Acre registrou 2336 focos de queimadas, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os municípios mais afetados são Feijó, com 630 focos, e Tarauacá, com 415. As queimadas têm se intensificado no estado devido à seca e às práticas de desmatamento.

Durante coletiva de imprensa no Palácio Rio Branco, nesta sexta-feira (20), o governador Gladson Cameli explicou que o valor solicitado faz parte de um esforço conjunto para conter a crise ambiental no estado. Ele também mencionou que o governo federal se comprometeu a analisar novos pedidos de recursos, conforme a evolução da situação.

O governo federal já havia anunciado, por meio de Medida Provisória, a liberação de R$ 514 milhões para o combate aos incêndios florestais em todo o país. Além do apoio financeiro, a medida inclui a mobilização das Forças Armadas e da Força Nacional, que atuarão em áreas críticas de incêndios.

As queimadas no Acre têm gerado impactos significativos no meio ambiente, afetando a qualidade do ar e a saúde da população. A expectativa é que os recursos liberados pelo governo federal ajudem a reduzir os focos de incêndio e a minimizar os danos causados pelas queimadas, especialmente nas áreas mais vulneráveis do estado.

O governador destacou que as ações de combate às queimadas continuarão sendo priorizadas, com o apoio de órgãos estaduais e federais, para enfrentar a crise ambiental que tem se agravado nos últimos meses.

Foto: Sérgio Vale / Vale Comunicação

Assessoria

Comissão Transfronteiriça reforça pedido de paralisação de obra na rodovia UC-105, no Peru

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Em uma reunião de trabalho, a Comissão Transfronteiriça Alto Yuruá/Juruá/Alto Tamaya solicitou que o Governo Regional de Ucayali (GOREU) interrompa imediatamente a construção da rodovia UC-105, próxima a fronteira do Acre com o Peru. A comissão abordou diferentes agendas durante o encontro, destacando a posição contrária ao projeto da rodovia, que, segundo eles, está em andamento de forma ilegal e sem os devidos processos de consulta prévia.

Participaram da reunião líderes de diversas organizações, incluindo ACONADIYSH, ACCY, AACAPPY, ORAU e AIDESEP, do Peru, Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (OPIRJ) e Apiwtxa, do povo Ashaninka, ambas do Brasil, além de especialistas da Upper Amazon Conservancy. O objetivo principal foi exigir a paralisação da construção da rodovia, argumentando que a obra viola os direitos dos povos indígenas estabelecidos pela Lei de Consulta Prévia nº 29785 e pelo Convênio 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A rodovia UC-105 está prevista para passar pela comunidade de Nueva Italia (Tahuania) até Puerto Breu, no Peru. No entanto, conforme relatado pela comissão, o projeto não possui estudos técnicos ou processos de consulta que avaliem os impactos para as comunidades locais. A construção da rodovia beneficiaria atividades como extração de madeira, mineração ilegal e cultivo de folha de coca, ligadas ao narcotráfico, conforme descrito em um documento da Organização Regional AIDESEP Ucayali (ORAU).

A comissão enfatizou a urgência de uma resposta das autoridades competentes para interromper o avanço da rodovia e evitar maiores impactos socioambientais na região, afetando diretamente os direitos dos povos indígenas e o equilíbrio ambiental.

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MEIO AMBIENTE

Prefeitura de Rio Branco investe para modernizar sistema de água em meio à crise hídrica e reforça importância do uso consciente

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Diante dos desafios impostos pela crise hídrica e os extremos climáticos que têm afetado o abastecimento em diversas regiões do país, a Prefeitura de Rio Branco tem intensificado os investimentos no sistema de distribuição de água, buscando garantir qualidade e eficiência no serviço. Com um investimento de R$ 4 milhões em novos equipamentos e a promessa de mais R$ 4,6 milhões em recursos vindos do Governo Federal, a gestão atual reforça o compromisso em assegurar água 24 horas por dia à população.

O prefeito Tião Bocalom destacou a importância da modernização das infraestruturas, que inclui a troca de tubulações antigas e a instalação de novos hidrômetros, além da perfuração de poços artesianos e a construção de lagoas para armazenar água durante o verão. No entanto, ele lembrou que a eficiência do sistema depende também da colaboração de todos.

Além de enfrentarem desperdícios na rede, muitas áreas da cidade sofrem com a baixa pressão da água, que deverá ser resolvida com os novos conjuntos de motores e bombas adquiridos pela prefeitura. Contudo, o desperdício de água e o uso indevido ainda são fatores que impactam diretamente o serviço. Assim, a prefeitura pede que a população use a água de maneira consciente e que todos regularizem o pagamento do consumo, fundamental para manter o sistema sustentável e permitir novos investimentos.

O diretor-presidente do Saerb, Enoque Pereira, reforçou que o atual momento exige responsabilidade compartilhada. “Estamos em um cenário em que a água se torna um bem cada vez mais precioso. Cada um de nós tem o dever de usar com sabedoria, evitando desperdícios e colaborando para que esse recurso vital esteja disponível a todos, de forma justa e eficiente”.

Foto: Evandro Derze/Assecom

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MEIO AMBIENTE

Impacto das queimadas no Acre compromete produção de açaí, buriti e madeira

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As queimadas que atingem o Acre em 2024 estão gerando preocupações sobre a redução na oferta de recursos como açaí, buriti e madeira, fundamentais para a economia local. A professora doutora Sonaira Silva, especialista em queimadas e florestas, da Universidade Federal do Acre (Ufac), alerta que mais de 100 mil hectares já foram consumidos pelo fogo, incluindo aproximadamente 5 mil hectares de floresta nativa.

De acordo com Sonaira, as áreas atingidas pelo fogo podem demorar décadas para se recuperar, e mesmo após 20 anos, muitas delas não conseguem voltar ao seu estado original em termos de número de árvores, biomassa e diversidade de espécies. Esse processo lento de regeneração compromete a sustentabilidade de atividades econômicas que dependem diretamente da floresta.

A professora destaca que áreas de grande importância ecológica, como Pentecoste, Campinarana e a Serra do Divisor, também foram afetadas. Segundo ela, é crucial impedir a entrada do fogo nessas áreas florestais, pois além de prejudicar o meio ambiente, as queimadas também afetam a produção de açaí, buriti e madeira, recursos que sustentam muitas comunidades no estado.

Além dos danos ambientais, as queimadas agravam a qualidade do ar nas áreas urbanas, já que a fumaça é levada pelo vento para dentro das cidades, aumentando os riscos à saúde da população. Sonaira reforça a necessidade de evitar o uso de fogo em atividades de limpeza de terrenos e roçados, uma vez que, mesmo pequenas queimadas, podem se espalhar rapidamente e sair de controle.

Com a economia do Acre fortemente dependente dos recursos florestais, a perda de vegetação nativa representa um desafio significativo. A recuperação dessas áreas será lenta, exigindo a participação ativa de diversos setores, incluindo as comunidades locais, para garantir a proteção e o uso sustentável das florestas.

Foto: Pedro Devanir

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