O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Juruá, Isaac Piyãko, divulgou uma nota de esclarecimento nesta segunda-feira (2) para responder às denúncias recentemente veiculadas na imprensa. Em sua manifestação, Piyãko contesta os apontamentos e afirma que os fatos mencionados têm motivação política.
Segundo a nota, não há qualquer condenação judicial contra o gestor. Ele afirma que as denúncias apresentadas carecem de consistência e serão tratadas judicialmente. “Meus advogados já estão buscando acesso ao teor das acusações. Se forem falsas, haverá responsabilização”, afirmou.
Entre os pontos abordados, Piyãko destaca que os contratos firmados pelo DSEI seguem normas legais e passam por fiscalização. Ele também esclarece que não é o responsável direto pelas contratações e que a nomeação questionada na denúncia ocorreu antes do início de sua gestão e já se encontra judicializada.
Outro ponto levantado diz respeito às demissões realizadas, que, segundo o coordenador, ocorreram por critérios técnicos. “As demissões foram técnicas, não políticas”, garantiu.
Sobre a acusação de assédio moral, Isaac Piyãko afirmou que não há sindicância concluída e que denúncias dessa natureza devem ser apuradas com seriedade e responsabilidade.
Em relação às visitas a comunidades indígenas, ele afirma que essas ações fazem parte de seu trabalho institucional e não têm ligação com atividade político-eleitoral. “Visito comunidades como parte do meu trabalho institucional, não por campanha.”
Nomeado para o cargo em 2023 pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, após indicação do senador Sérgio Petecão, Piyãko é ex-prefeito de Marechal Thaumaturgo e indígena do povo Ashaninka. Ele atua na promoção da saúde indígena no Juruá e tem histórico de investimentos em políticas públicas voltadas para ribeirinhos, agricultores familiares e povos originários.
“Sou indígena, filho da floresta, e sigo firme na defesa do nosso povo com dignidade e respeito”, concluiu Piyãko, em sua nota.
Confira a nota completa:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Diante das acusações divulgadas recentemente, esclareço:
1. Não há condenação judicial contra mim. As denúncias são frágeis e politicamente motivadas.
2. Os contratos do DSEI seguem normas legais e são fiscalizados. Não sou responsável direto por contratações.
3. A nomeação questionada é anterior à minha gestão e já está judicializada.
4. As demissões foram técnicas, não políticas.
5. Não há sindicância concluída sobre assédio moral. Denúncias devem ser apuradas com seriedade.
6. Visito comunidades como parte do meu trabalho institucional, não por campanha.
Meus advogados já estão buscando acesso ao teor das acusações. Se forem falsas, haverá responsabilização.
Sou indígena, filho da floresta, e sigo firme na defesa do nosso povo com dignidade e respeito.
Isaac Piyãko
Coordenador do DSEI Alto Juruá