Rio Branco, AC – Foi sancionada recentemente uma nova legislação que promete revolucionar o panorama cultural do Brasil e do Acre. A Lei Paulo Gustavo, batizada em homenagem ao talentoso ator e humorista brasileiro, é um marco para a valorização e sustentação da arte e da cultura do país, com profunda significância para os fazedores culturais, que compõem o pulsante coração do nosso patrimônio artístico.
A Lei Paulo Gustavo, que estabelece políticas de incentivo e financiamento à cultura, vem para suprir a necessidade de investimentos no setor, cujos profissionais foram fortemente afetados pela crise da Covid-19. A lei promove uma série de mecanismos de fomento, incluindo fundos de apoio e bolsas para artistas e produtores, além de estabelecer diretrizes para a preservação e promoção do vasto e diverso patrimônio cultural brasileiro.
Os fazedores culturais do Acre, que há anos trabalham para manter viva a chama da nossa história e tradições, são protagonistas desta nova etapa. Músicos, atores, dançarinos, escritores, pintores, artesãos, dentre outros, agora têm à disposição um aparato legal que reconhece e valoriza suas contribuições para a formação da identidade acreana e brasileira. São eles os guardiões de nossa rica diversidade cultural, os quais agora contarão com mais suporte para continuar seu nobre trabalho.
Por todo o Acre, a expectativa é alta. A implantação da Lei Paulo Gustavo significa, sobretudo, o reconhecimento do valor inestimável da cultura e da arte para a sociedade. É o reconhecimento de que nossas tradições, nosso folclore, nossos ritmos e nossos sabores são peças fundamentais para a construção de nossa identidade como povo e como nação.
Para o Acre, a lei trará um impacto ainda maior. Com uma rica diversidade de expressões culturais, que vão desde o artesanato indígena até a música popular, passando pela literatura, pelas artes visuais e pelo teatro, o investimento de R$ 30 milhões servirá não apenas para proteger, mas também para promover o desenvolvimento dessas expressões, valorizando o talento dos fazedores culturais e incentivando a produção artística local.
“O investimento será de mais de 30 milhões. Algo jamais investido na cultura do estado por nenhuma das esferas seja estadual ou municipal”
“Expectativa é que as gestões municipais e estadual joguem limpo, na perspectiva que esses recursos têm caráter emergencial ainda dos impactos causados pela pandemia da covid-19, assim, entendam que os recursos são para atender o setor cultural e que os editais venham com essa finalidade de socorrer a quem produz cultura no estado e no município”, explica Lenine Alencar, ator e ativista cultural.
Por fim, a Lei Paulo Gustavo marca uma nova era para a cultura brasileira e claro a nossa acreana. Uma era de reconhecimento, valorização e investimento. É o começo de um movimento que visa garantir que nossa diversidade cultural seja preservada, que nossos talentos sejam reconhecidos e que nosso patrimônio artístico continue a florescer.
Para o Acre, o que se espera é o momento de ver nossos fazedores culturais prosperarem e a nossa cultura se fortalecer.
O Ministério dos Transportes, a Casa Civil e uma delegação de engenheiros ferroviários da China se reuniram nesta semana para tratar da possível implantação do Corredor Bioceânico Brasil-Peru, que poderá integrar os estados do Acre e Rondônia a uma rota internacional de exportação. A proposta prevê a conexão ferroviária entre o Porto Sul, na Bahia, e o porto de Chancay, no Peru, cruzando o território brasileiro de leste a oeste.
O projeto foi tema de uma visita técnica em Ilhéus (BA), incluindo inspeções na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e no Porto Sul. Segundo o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, a infraestrutura seria responsável por escoar cargas do centro do país, passando por estados como Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre até o Pacífico.
A delegação chinesa estuda a viabilidade do projeto e deve elaborar um novo estudo técnico para avaliar a implantação da ferrovia transcontinental. A iniciativa é considerada uma estratégia para ampliar o comércio entre a América do Sul e a Ásia, encurtando o tempo de transporte marítimo entre os dois continentes em cerca de 10 dias.
A Malha I da Fiol, entre Caetité e Ilhéus, já tem 537 quilômetros em construção e é gerida pela empresa Bamin. O trecho é parte do projeto Fico-Fiol, que integra as ferrovias de Integração Centro-Oeste e Oeste-Leste, com 2,7 mil quilômetros entre Bahia, Goiás e Mato Grosso, incluído no Novo PAC, com previsão de R$ 28,7 bilhões em investimentos.
A comitiva chinesa também visitou pontos de integração entre as ferrovias, como o entroncamento em Mara Rosa (GO) com a Ferrovia Norte-Sul, e deve seguir para o Porto de Santos (SP). A agenda antecede a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, marcada para maio, no âmbito da Celac, onde devem ser aprofundadas as tratativas bilaterais sobre infraestrutura.
A possibilidade de extensão do corredor até o Acre e Rondônia está associada à estratégia de escoamento da produção de grãos e minérios, especialmente para o mercado chinês. Segundo o Ministério dos Transportes, o Brasil exporta cerca de US$ 350 bilhões por ano, sendo a China o principal destino, com destaque para minério de ferro e soja.
A reunião entre representantes do Ministério dos Transportes, da Casa Civil e a delegação chinesa ocorreu em Brasília na terça-feira, 15 de abril de 2025.
Representantes de 12 municípios participantes do Programa Turismo Futuro Brasil reuniram-se durante a WTM Latin America para discutir estratégias de consolidação do turismo sustentável e inclusivo no país. O encontro integra as ações do programa promovido pelo Sebrae em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com apoio técnico da GKS Inteligência Territorial.
O objetivo é estruturar políticas públicas e práticas que melhorem a experiência turística, incluindo aspectos de acessibilidade, governança, inovação, sustentabilidade, marketing e segurança. A atuação em rede tem permitido a troca de experiências e o desenvolvimento de soluções adaptadas a diferentes contextos regionais.
Participam da iniciativa os municípios de Pirenópolis (GO), Bonito (MS), Penedo (AL), São Luís (MA), Recife (PE), Belém (PA), Novo Airão (AM), Curitiba (PR), Bombinhas (SC), Belo Horizonte (MG), Ilhabela (SP) e Paraty (RJ). Ao longo de dois anos, essas cidades passaram por diagnósticos e consultorias para implementação de projetos voltados ao turismo sustentável e acessível.
Segundo o Sebrae, o programa está em fase de reavaliação, que deve ocorrer em maio, com o objetivo de mensurar os avanços em cada dimensão prioritária. A troca de experiências entre os municípios é apontada como um dos pontos centrais da metodologia.
Exemplos locais incluem o uso de sensores para monitoramento do fluxo turístico em Ilhabela (SP), investimentos em infraestrutura e capacitação indígena em Novo Airão (AM) e ações de ordenamento do centro histórico de Paraty (RJ). Em São Luís (MA), destacou-se o esforço de mobilização da sociedade e do setor produtivo.
O Programa Turismo Futuro Brasil contribui para preparar as cidades para o reconhecimento como Destino Turístico Inteligente (DTI), conforme critérios que vêm sendo definidos pelo Ministério do Turismo.
Para o Sebrae, mais do que atender visitantes, o foco da estratégia é melhorar as condições de vida da população local por meio do turismo estruturado e integrado a outras políticas públicas.
O Governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), entregou nesta quinta-feira, 17 de abril, mais de 13 mil quilos de alimentos, além de 300 kits de higiene, 300 kits de limpeza e 68 colchões a comunidades indígenas dos municípios de Feijó e Tarauacá.
A iniciativa foi uma resposta aos impactos causados pelas enchentes e enxurradas registradas nos meses de março e abril, que atingiram plantações e estruturas habitacionais de diversas aldeias. Em Feijó, as comunidades beneficiadas foram Boa União, Novo Paraíso, Paroá Central, Xiná Banu, Nova Aliança, Curralinho e famílias indígenas em tratamento de saúde. Em Tarauacá, os itens foram destinados à Terra Indígena Praia do Carapanã, Aldeia Água Viva e Terra Indígena Igarapé Primavera.
Segundo a SEASDH, as cestas básicas com 25 quilos de alimentos foram armazenadas no galpão da Cageacre e distribuídas com apoio do Polo Básico de Saúde Indígena de Feijó. A destruição de roçados e hortas prejudicou a subsistência de dezenas de famílias. Em Boa União, a avaliação técnica indicou a necessidade de realocação de 32 famílias por instabilidade do solo. Também foram identificadas perdas de pequenos animais e plantações em aldeias como Paroá Central.
Além da ajuda às aldeias, 50 cestas foram destinadas a famílias de alunos da rede estadual de ensino em Feijó. A ação contou com participação da coordenação local da educação, da equipe de saúde indígena e da prefeitura municipal, representada pelo vice-prefeito Juarez Leitão.
A entrega dos itens foi acompanhada por representantes do governo estadual, entre eles a técnica de referência para assuntos indígenas e comunidades tradicionais, Andréia Guedes, e a nutricionista Daiane Alves, responsável pela avaliação das necessidades nutricionais das famílias afetadas.
O município de Feijó concentra a maior população indígena do estado, com mais de 5 mil pessoas. A SEASDH anunciou que outras comunidades também receberão apoio, como a Terra Indígena Katukina/Kaxinawá e áreas solicitadas pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Alto Rio Juruá.
A operação de assistência segue as diretrizes do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).